sábado, 20 de julho de 2013

Sonda da Nasa vai tirar foto da Terra a 1,5 bilhão de km


Duas sondas da Nasa, uma que observa Saturno e outra, Mercúrio, estão manobrando para tirar fotos da Terra. A primeira estará a 1,5 bilhão de quilômetros do nosso planeta quando fizer o registro. A agência espacial americana encoraja os entusiastas a acenar para Saturno e compartilhar suas fotos em redes sociais.

O registro de Saturno será feito entre 6h27 e 6h42 (de Brasília) da sexta-feira. A Nasa pede que os fãs de astronomia e o público em geral acenem para o planeta e compartilhem a imagem em uma página da Nasa no Flickr ou no Twitter com a hastag #waveatsaturn.

O registro na verdade será parte de um mosaico de fotos feito pela sonda Cassini que mostrará o sistema de Saturno (planeta e luas) iluminado pelo Sol. Processar a imagem da Terra deve levar alguns dias - enquanto o mosaico todo deverá levar semanas, afirma a Nasa.

No caso da sonda Messenger, que orbita Mercúrio, os cientistas notaram que quando ela ia fazer uma busca por possíveis satélites naturais do planeta, entre 19 e 20 de julho, a Terra deve aparecer nas imagens. Os registros devem ocorrer entre 8h49 e 9h38 e também entre 10h41 e 12h49, em ambos os dias.

Ao contrário da sonda em Saturno, a Messenger deve ser capaz de registrar regiões iluminadas da Terra, incluindo Europa, Oriente Médio e Ásia Central. As imagens feitas de Mercúrio também devem levar alguns dias para serem processadas. Mais informações, em inglês, no site http://saturn.jpl.nasa.gov/waveatsaturn .

Colisão de estrelas cria o equivalente a 10 Luas em ouro


Cientistas registraram uma explosão de raios gama após a colisão de duas estrelas de nêutrons. O resultado do efeito cataclísmico foi a criação de diversos elementos - foi ejetado o equivalente a 100 vezes a massa do Sol em material.

Entre essa gigantesca quantidade de matéria, muito ouro - os cientistas estimam que 10 vezes a massa da Lua do metal. O estudo foi divulgado na revista Astrophysical Journal Letters nesta quarta-feira.

Ao contrário de elementos mais comuns, como carbono ou ferro, o ouro não é criado dentro das estrelas. Para isso, são necessários eventos mais extremos. No caso registrado, duas estrelas de nêutrons - o núcleo que sobrou de duas estrelas que explodiram como supernova - colidiram, o que levou a uma explosão de raios gama. Diversos elementos foram criados, entre eles o metal.

"Nós estimamos que a quantidade de ouro produzida e ejetada durante a colisão das duas estrelas de nêutrons foi grandes como 10 massas lunares", diz o autor principal do artigo, Edo Berger, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian (EUA). A explosão ocorreu a 3,9 bilhões de anos da Terra - uma das mais próximas já registradas - e foi vista pelo satélite Swift, da Nasa, em 3 de junho. Ela durou menos de dois décimos de segundo.


"Parafraseando Carl Sagan, somos todos produtos das estrelas, e nossas joias são produtos de colisões de estrelas", diz Berger.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Apollo 11: nave que levou o homem à Lua foi lançada há 44 anos


Em 16 julho de 1969, deixava a Terra o ônibus espacial da missão que transformou em realidade um dos sonhos mais antigos da humanidade: a chegada do homem à Lua. Há exatos 44 anos, a nave foi lançada do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, na Flórida, na ponta do foguete Saturno V.

Quatro dias depois, o Módulo Lunar pousou próximo ao Mar da Tranquilidade, na superfície do satélite da Terra. O feito, realizado pelo astronauta americano Neil Armstrong seguido do seu colega de missão Buzz Aldrin, no dia 20 de julho daquele ano, ficou marcado na história.

A espaçonave Apollo tinha três partes: o módulo de comando, a única parte que voltou à Terra; o módulo de serviço, que continha propulsor, sistema elétrico, oxigênio e água; e o módulo lunar, utilizado para pousar na Lua. Apesar de ser tripulada por três astronautas, a missão foi dividida de forma que Michael Collins permanecesse no módulo de comando, na órbita lunar, enquanto Buzz Aldrin e Neil Armstrong pousassem na Lua com o Módulo Lunar.

A Apollo 11, projetada pela agência espacial americana (Nasa) foi uma das sete missões - de um total de 17 do Programa Apollo - que conseguiu levar o homem à Lua. Após a Apollo 11, o programa fez outros cinco bem sucedidos desembarques na Lua entre 1969 e 1972. Ao total, 12 homens pisaram na superfície lunar, todos americanos.

Com nova descoberta, Hubble eleva para 14 número de luas em Netuno


O telescópio espacial Hubble descobriu uma nova lua na órbita de Netuno, elevando para 14 o número de satélites naturais ao redor do planeta gigante. A lua, denominada S/2004 N 1, tem diâmetro estimado em pouco mais de 19 quilômetros, o que a torna a menor do sistema netuniano.

Ela é tão pequena e escura que tem o brilho aproximadamente 100 milhões de vezes mais fraco que o menor brilho de uma estrela possível de ser vista a olho nu.

A novidade passou despercebida pela sonda Voyager 2, que cruzou Netuno em 1989 e explorou seus anéis e luas. O satélite foi descoberto em 1º de julho deste ano pelo cientista Mark Showalter, do Seti Institute, da Califórnia, enquanto estudava a região no entorno do planeta. "As luas e arcos orbitam muito rapidamente, então tivemos de inventar uma maneira de seguir seu movimento a fim de descobrir os detalhes do sistema", afirmou o pesquisador.


O método desenvolvido para encontrar essa nova lua envolveu rastrear o movimento de um ponto branco que aparece repetidas vezes em mais de 150 imagens de arquivo de Netuno tiradas pelo Hubble entre 2004 e 2009.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Sistema Solar tem uma cauda parecida com um trevo de quatro folhas


É assumido desde há muito tempo que o nosso Sistema Solar, tal como um cometa, tem uma cauda. Assim como qualquer objeto que se move através de um outro meio, como um meteoro que viaja através da atmosfera da Terra, este faz com que as partículas formem uma corrente que segue atrás.

Mas a cauda da nossa bolha solar, chamada heliosfera, nunca tinha sido realmente observada, até agora.

O IBEX (Interstellar Boundary Explorer), da NASA, traçou os limites da cauda da heliosfera, algo que nunca tinha sido possível. Os cientistas descrevem em grande detalhe esta cauda, chamada heliocauda, num artigo publicado no passado dia 10 de Julho, na revista The Astrophysical Journal. Ao combinar observações dos primeiros três anos de imagens do IBEX, a equipe mapeou uma cauda que mostra uma combinação de partículas em movimento rápido e lento. Existem dois lóbulos de partículas lentas em ambos os lados, partículas mais rápidas acima e abaixo, estando toda a estrutura torcida, uma vez que sofre o empurrar e o puxar dos campos magnéticos exteriores ao Sistema Solar.

"Ao examinar os átomos neutros, o IBEX fez as primeiras observações da heliocauda", afirma David McComas, autor principal do artigo e pesquisador principal para o IBEX no Instituto de Pesquisa do Sudoeste em San Antonio, no estado americano do Texas. "Muitos modelos sugeriram que a heliocauda podia ser desta ou daquela maneira, mas não tínhamos observações para o comprovar. Sempre tivemos que desenhar imagens onde a cauda da heliosfera simplesmente desaparece da página, pois nem podíamos especular como era realmente."

Embora os telescópios já tivessem avistado estas caudas em torno de outras estrelas, tem sido difícil determinar se a nossa também tinha uma. A Pioneer 10 viajava nessa direção depois de passar Netuno em 1983. No entanto, perdeu poder em 2003, antes de chegar à cauda, por isso não temos dados de sondas diretamente na cauda. Vê-la de longe é difícil, porque as partículas na cauda, e por toda a heliosfera, não brilham, por isso não podem ser vistas convencionalmente.

O IBEX, por outro lado, pode mapear estas regiões ao medir partículas neutras criadas por colisões nos limites da heliosfera. Esta técnica baseia-se no fato de que os percursos das partículas neutras não são afetadas pelos campos magnéticos da heliosfera. As partículas viajam numa linha reta desde a colisão até ao IBEX. Consequentemente, a observação do local de origem das partículas neutras descreve o que se passa nestas regiões distantes.

"Usando átomos neutros, o IBEX consegue observar estruturas muito distantes, até mesmo de órbita terrestre," afirma Eric Christian, cientista da missão IBEX no Centro de Voo Espacial Goddard da NASA em Greenbelt, Maryland. "E o IBEX varre todo o céu, por isso nos forneceu os primeiros dados da forma da cauda da heliosfera, uma parte importante da compreensão do nosso lugar e movimento através da Galáxia."

A viagem destes átomos neutros começa anos antes de atingirem os instrumentos do IBEX. O vento solar que sopra para longe da nossa estrela move-se em todas as direções, para além dos planetas mais longínquos, eventualmente abrandando e dobrando-se para trás ao longo da cauda, em resposta à pressão do material interestelar influxo. As partículas juntam-se a uma migração em massa de partículas que se movem para trás desde a fronteira da heliosfera - uma fina camada chamada heliopausa.

Enquanto isto acontece, um fluxo constante de átomos neutros mais lentos, originários de outras partes da Galáxia, viajam pelo Sistema Solar. Quando um destes átomos neutros colide com uma das partículas carregadas mais rápidas, podem trocar um elétron. O resultado pode ser uma partícula carregada mais lenta e um átomo neutro mais rápido. O neutro já não está ligado aos campos magnéticos, e ao invés acelera em linha reta e na direção em que estava apontado nesse momento. Alguns destes viajam durante anos até serem detectados pelo IBEX.

"Ao recolher estes átomos neutros energéticos, o IBEX fornece mapas das partículas carregadas originais," afirma McComas. "As estruturas na heliocauda são invisíveis aos nossos olhos, mas podemos usar este truque para 'fotografar' remotamente as regiões ultraperiféricas da nossa heliosfera."

Os primeiros resultados do IBEX sobre a heliocauda sugeriam originalmente que podia haver uma pequena região de vento solar lento na direção da heliocauda, mas assim que os cientistas recolheram dados suficientes, perceberam que tinham visto apenas parte da imagem. Com base no mapa da heliocauda agora fornecido, alguém olhando diretamente para a cauda vê uma forma parecida com um trevo de quatro folhas. As duas folhas laterais estão repletas de partículas de movimento lento, e as folhas em cima e em baixo com partículas rápidas. Esta forma faz sentido, dado o fato que o Sol nos últimos anos tem enviado os seus ventos velozes perto dos pólos, e ventos mais lentos perto do seu equador - um padrão comum na fase mais recente do seu ciclo de 11 anos de atividade.

No entanto, o trevo de quatro folhas não alinha perfeitamente com o Sol. A forma no geral está ligeiramente inclinada, indicando que à medida que se afasta do Sol e da sua influência magnética, as partículas carregadas começam a ser empurradas para uma nova orientação, alinhando-se com os campos magnéticos da Galáxia local. Os cientistas ainda não sabem o tamanho da cauda.

"A cauda é a nossa pegada na Galáxia, e é excitante que estamos agora começando a compreender a sua estrutura," realça Christian. "O próximo passo é incorporar estas observações nos nossos modelos e começar o processo de realmente entender a nossa heliosfera."


Os cientistas podem testar as suas simulações de computador da heliosfera contra novas observações e melhorar os seus modelos, conforme necessário. Em conjunto, os dados dos instrumentos no espaço e análises em laboratório cá na Terra vão continuar a melhorar a nossa compreensão da cauda tipo-cometa que nos acompanha mais atrás.

Hubble revela pela primeira vez a verdadeira cor de exoplaneta


Astrônomos determinaram pela primeira vez a verdadeira cor de um planeta na órbita de uma estrela diferente do Sol. Se visto por olhos humanos, o planeta conhecido como HD 189733b seria de um profundo azul cobalto - parecido com as cores da Terra quando vista do espaço. As semelhanças, porém, acabam por aí.

Esse planeta extrassolar azul é um gigante gasoso que orbita muito próximo de sua estrela. A atmosfera ali é abrasadora, com uma temperatura que ultrapassa os 1000 ºC, e lá chove vidro - em partículas de silicato condensado carregadas por ventos de 7 mil quilômetros por hora.

À distância de 63 anos-luz da Terra, esse mundo alienígena é um dos exoplanetas mais próximos de nós que pode ser visto cruzando sua estrela. O HD 189733b tem sido intensivamente estudado pelo Hubble e outros telescópios, e astrônomos descobriram que sua atmosfera é muito variável e exótica, com nevoeiros e violentas erupções. Agora, o planeta foi alvo de um estudo que determinou de maneira inédita a cor visível de um exoplaneta.

"Esse planeta foi bem estudado no passado, mas medir sua cor é algo realmente novo - podemos imaginar de verdade como esse planeta seria se fôssemos capazes de vê-lo diretamente", afirmou Frédéric Pont, da Universidade de Exeter, autor do estudo que será publicado na edição de agosto da revista Astrophysical Journal Letters.


A cor azul desse planeta não é derivada do reflexo de um oceano tropical, mas se deve à turbulenta atmosfera que, acreditam os cientistas, está misturada com partículas de silicato que dispersam luz azul. Para determinar como seria o planeta aos olhos humanos, os astrônomos mediram quanta luz era refletida da superfície do HD 189733b - uma propriedade conhecida como "albedo".

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