terça-feira, 30 de julho de 2013

Série Cosmos é regravada e apresentada por Neil deGrasse Tyson


Neil deGrasse Tyson está convidando astronautas aspirantes e entusiastas do Universo na jornada virtual de uma vida no trailer de Cosmos: A Spacetime Odyssey.

O documentário em série, de 13 episódios, será lançado no segundo trimestre de 2014, na Fox e na National Geographic americanas, como uma visão moderna da série renomada dos anos 80 de Carl Sagan, Cosmos: A Personal Voyage.

Apresentado pelo astrofísico deGrasse Tyson e produzido pelo criador de Family Guy, Seth MacFarlane, o trailer da série foi lançado na Comic-Con de San Diego.

“Não há um momento mais importante para o Cosmos reaparecer do que agora,” disse MacFarlane em uma declaração. “Eu quero fazer isso tão divertido, tão ostentoso, tão excitante, que as pessoas que não têm interesse em ciências irão assistir, só porque é espetacular.”

A viúva da Sagan, Ann Druyan, também está no projeto como produtora executiva e membro da equipe de roteiristas.

“A série vai explorar como nós descobrimos as leis da natureza e encontramos as nossas coordenadas no espaço e no tempo,” disse a página oficial de programação da Fox. “Ele irá trazer histórias nunca antes contadas de buscas heroicas por conhecimentos, transportar os espectadores para um novo mundo, ao redor do Universo, para uma visão do cosmos na maior escala.”

Não espere um "reboot" do programa de mais de 30 anos de Sagan. A Fox está focando em reinventar a narrativa científica, esperando aumentar o interesse entre uma nova geração de estudantes. Porém, certos conceitos originais terão lugar no novo show, incluindo o Calendário Cósmico e a Nave da Imaginação, prometeu a Fox.

Para se manter atualizado sobre a série e saber mais o que esperar de Cosmos quando ele for lançado, siga o Facebook e o Twitter do programa.


Veja abaixo o trailer lançado na Comic-Con:


"Cometa do século" pode ser destruído pelo Sol, diz astrônomo


As últimas observações feitas do Ison, chamado de "cometa do século", indicam que ele pode ser uma grande decepção. Análise de Ignacio Ferrin, astrônomo da Universidade de Antióquia (Colômbia), conclui que a pedra de gelo tem um "peculiar comportamento" e pode acabar destruída ao se aproximar do Sol.

Descoberto em setembro de 2012 por dois astrônomos russos, o Ison foi chamado de "cometa do século" após algumas previsões que indicavam que ele poderia aparecer tão grande como a Lua Cheia para quem vê da superfície da Terra. Contudo, isso depende de sua passagem pelo Sol.

Ferrin, ao analisar as últimas observações do Ison, descobriu que o brilho do cometa se manteve constante por 132 dias, apesar de ele se aproximar cada vez mais da estrela. Esse dado peculiar pode ser explicado pela falta de água ou se uma superfície de rocha ou outro material esteja impedindo a sublimação da água ou outro volátil para o espaço.

Caso parecido foi o do cometa C/2002 O4 Hönig, que manteve o mesmo brilho durante 52 dias. Após esse período, ele se desintegrou, sem deixar resíduos observáveis.

Os astrônomos não sabem qual é a situação atual do Ison, já que ele está escondido pelo brilho do Sol. Contudo, eles sabem de duas dificuldades que o cometa vai enfrentar. A primeira, a temperatura de 2,7 mil °C ao passar perto da estrela, o suficiente para derreter ferro e chumbo. Além disso, ele entrará no chamado limite de Roche, quando a força gravitacional do Sol poderá partir o núcleo do cometa.


Esses dados indicam que o Ison pode não sobreviver ao encontro. Uma breve janela de observações, entre 7 de outubro e 4 de novembro, pode indicar a situação da pedra de gelo. Contudo, segundo o cientista, as condições de observação serão muito ruins para determinar o destino do cometa. "O futuro do cometa Ison não parece muito brilhante", conclui Ferrin.

Nasa captura 'buraco' gigante na atmosfera do Sol


Uma sonda da Nasa e da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) registrou um buraco gigante na atmosfera solar, na área do polo norte do Sol. A sonda Observatório Solar e Helioscópico (Soho, na sigla em inglês) capturou a imagem do buraco gigantesco no dia 18 de julho.

A Nasa afirma que os buracos, chamados de coronais, são regiões escuras de baixa densidade da camada mais externa da atmosfera solar, chamada de corona. Estes buracos têm pouco material solar, temperaturas mais baixas e, por isso, aparecem mais escuros nas imagens.

Os buracos coronais são ocorrências típicas do Sol, mas costumam aparecer em outros lugares e com mais frequência em momentos diferentes do ciclo de atividade solar, que dura cerca de 11 anos.

O ciclo de atividade solar atualmente está se encaminhando para o chamado máximo solar, um pico na atividade que deve ocorrer no final de 2013. Durante esta parte do ciclo, o número de buracos coronais diminui. No pico da atividade solar, os campos magnéticos no Sol mudam e novos buracos coronais aparecem perto dos polos.

O número destes buracos então aumenta e eles crescem de tamanho, se estendendo para além dos polos, enquando o ciclo solar volta para o mínimo de atividade novamente. Os buracos são importantes para a compreensão do clima no espaço, pois eles são a fonte de ventos de alta velocidade com partículas solares, que são expelidos do Sol três vezes mais rápido do que os ventos solares vindos de outros lugares.


Ainda não se sabe a causa dos buracos coronais, mas eles estão correlacionados a áreas do Sol onde os campos magnéticos aumentam e sobem, não conseguindo cair de volta para a superfície do Sol, como fazem em outros lugares.

Cargueiro espacial russo se acopla com sucesso à ISS


A nave de carga russa Progress M-20M se acoplou com sucesso à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) menos de seis horas após ter sido lançada a partir da base de Baikonur (Cazaquistão) em uma viagem expressa que se completou em quatro órbitas ao planeta.

A Nasa informou que o cargueiro, que não é tripulado, completou sua manobra automática de atracamento às 23h26 a 418 quilômetros sobre a costa ocidental da América do Sul.

A nave, que se acoplou ao módulo Pirs, que faz parte do segmento russo da ISS, foi posta em órbita por um foguete russo Soyuz-U lançado a partir da base cazaque.

O cargueiro russo transporta à ISS água, oxigênio, alimentos e combustível, além de equipes para os experimentos que os ocupantes da plataforma orbital realizam.

Além disso, a nave de carga transporta para os tripulantes da estação ferramentas que podem servir para reparar os trajes espaciais, depois que a falha em um deles colocou em risco o passeio espacial do astronauta italiano da Agência Espacial Europeia Luca Parmitano.

Um vazamento de água no capacete do astronauta, que continua sendo investigada e não se conhecem as causas, obrigou a suspensão do passeio espacial.

O último cargueiro lançado no final do mês passado de abril, o Progress M-19M, que se desintegrou na sexta-feira passada na atmosfera ao término de sua missão, demorou dois dias para se acoplar à ISS após ter problemas para abrir uma de suas antenas de aproximação.


Os russos Pavel Vinogradov, Aleksandr Misurkin e Fiodor Yurchikhin, os americanos Chris Cassidy e Karen Nyberg, e o italiano Luca Parmitano integram a atual tripulação a bordo da ISS.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Lançanda nova luz sobre os objetos mais brilhantes do Universo


Os quasares estão entre os objetos mais brilhantes, mais antigos, mais distantes e mais poderosos do Universo.

Alimentados por buracos negros supermassivos no centro de galáxias gigantescas, os quasares podem emitir enormes quantidades de energia, até mil vezes a produção total das centenas de bilhões de estrelas de toda a nossa Via Láctea.

Astrofísicos da Universidade de Dartmouth, no estado americano de New Hampshire, escreveram um artigo que será publicado na revista The Astrophysical Journal, que relata descobertas baseadas em observações de 10 quasares. Eles documentaram o imenso poder da radiação quasar, que se estende por muitos milhares de anos-luz, até aos limites da galáxia do quasar.

"Pela primeira vez, somos capazes de ver a real extensão em que estes quasares e os seus buracos negros podem afetar as suas galáxias, e vemos que é limitada apenas pela quantidade de gás na galáxia," afirma Kevin Hainline, associado pós-doutorado de pesquisa em Dartmouth. "A radiação excita o gás por todo o percurso até às margens da galáxia e só pára quando já não existe mais gás."

A radiação libertada por um quasar cobre todo o espectro electromagnético, desde ondas de rádio até micro-ondas a baixas frequências, passando por infravermelho, ultravioleta, raios-X, até raios gama de alta frequência. Um buraco negro central, também chamado núcleo galáctico ativo, pode crescer ao engolir material do gás interestelar circundante, libertando energia no processo. Isto leva à criação do quasar, que emite radiação que ilumina o gás presente em toda a galáxia.

"Se pegarmos nesta poderosa e brilhante fonte de radiação no centro da galáxia e detonarmos o gás com a sua radiação, ele é excitado da mesma forma que o néon nas lâmpadas, produzindo luz," afirma Ryan Hickox, professor assistente do Departamento de Física e Astronomia em Dartmouth. "O gás vai emitir frequências muito específicas de luz que só um quasar pode produzir. Esta luz funciona como um rasto que fomos capazes de usar para seguir o gás excitado pelo buraco negro até grandes distâncias."

Os quasares são pequenos em comparação com uma galáxia, como um grão de areia numa praia, mas o poder da sua radiação pode se estender até aos limites galáticos e além.

A iluminação do gás pode ter um efeito profundo, já que o gás que é iluminado e aquecido pelo quasar é menos capaz de entrar em colapso sob a sua própria gravidade e formar novas estrelas. Assim, o minúsculo buraco negro central e o seu quasar podem retardar a formação estelar em toda a galáxia e influenciar a forma como esta cresce e muda ao longo do tempo.

"Isto é emocionante porque sabemos, a partir de um número de argumentos diferentes e independentes, que estes quasares têm um efeito profundo nas galáxias onde vivem," afirma Hickox. "Existe muita controvérsia sobre o modo como realmente influenciam a galáxia, mas agora temos um aspecto da interação que se pode alargar à escala de toda a galáxia. Ninguém tinha visto isso antes."

Hickox, Hainline e co-autores basearam as suas conclusões em observações feitas com o SALT (Southern African Large Telescope), o maior telescópio óptico do Hemisfério Sul. As observações foram realizadas usando espectroscopia, na qual a luz é dividida nos comprimentos de onda que a compõem. "Para este tipo particular de experiência, está entre os melhores telescópios do mundo," afirma Hickox.


Também usaram dados do telescópio espacial WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) da NASA, que fotografou todo o céu no infravermelho. Os cientistas usaram observações no infravermelho porque dão uma medida particularmente fiável da produção total de energia do quasar.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Cientistas ligam nº de estrelas em galáxia a sua velocidade de criação


Uma equipe de astrônomos europeus conseguiu relacionar a velocidade em que se encontram estrelas em uma galáxia com seu número total, já que uma intensa geração de astros pode expulsar o gás do qual elas se nutrem para crescer.

O descobrimento foi possível graças às melhores imagens obtidas da galáxia espiral do Escultor, ou NGC 253, a apenas 11,5 milhões de anos-luz do Sistema Solar, nas quais são vistas "esfumaçadas colunas de gás denso e frio fugindo do centro do disco galático", informou hoje o Observatório Europeu do Sul (Eso).

Com o telescópio Alma, situado na região do Atacama (Chile), os especialistas europeus observaram como a formação estelar acelerada pode "arrancar o gás de uma galáxia", produzindo "imagens impactantes que mostram enormes jatos de gás molecular expulsos" a vácuo, como detalha um estudo publicado na revista científica Nature.

"Com a extraordinária resolução e precisão do Alma, podemos ver claramente, e pela primeira vez, concentrações maciças de gás frio expulsas por ondas expansivas de intensa pressão criadas pelas estrelas jovens" afirma Alberto Bolatto, astrônomo da Universidade de Maryland.

"A quantidade de gás que medimos nos dá demonstrações evidentes que algumas galáxias em crescimento lançam mais gás do que absorvem. É possível que estejamos vendo um exemplo atual de algo muito comum que ocorria no universo cedo", acrescentou Bolatto.

Concretamente, os pesquisadores determinaram que estava sendo ejetado gás molecular por uma massa equivalente à de dez vezes a do Sol por ano a uma velocidade de entre 150 mil e 1 milhão de km/h.

A principal consequência disso é que as futuras gerações de estrelas ficam sem o combustível necessário para se formar e crescer. Essa descoberta ajuda a explicar a escassez de galáxias com uma alta densidade de estrelas no universo, algo que causava estranheza à comunidade científica.

Os modelos teóricos criados por computador previam que as galáxias mais antigas e vermelhas deveriam ter muito mais massa e mais estrelas do que se poderia medir na prática.

Nasa divulga foto rara da Terra tirada perto de Saturno


A agência espacial americana divulgou nesta terça-feira uma foto da Terra e da Lua tirada de um ponto de vista inédito, perto de Saturno e de seus anéis, uma imagem única e rara. A foto colorida foi tirada pela sonda Cassini a 1,4 bilhão de quilômetros da Terra, segundo a Nasa.

A esta distância, apesar de os anéis de Saturno serem bem reconhecíveis, a Terra é apenas um pequeno ponto de luz ao fundo. A foto foi tirada em 19 de julho passado.

"Esta é a primeira vez que sabíamos de antemão que a Terra seria fotografada a uma distância interplanetária", afirmou a Nasa. "Também é a primeira vez que a resolução da câmera da Cassini registra a Terra e a Lua como dois objetos distintos", acrescentou.

O ângulo pouco comum foi possível graças ao fato de que o Sol estava por trás de Saturno, do ponto de vista da sonda. O planeta bloqueou a maior parte da luz, que, de outro modo, teria sido tão intensa que teria podido danificar o sensor da câmera. A foto foi tirada com uma câmera dos anos 1990 (a sonda Cassini foi lançada em 1997) - nem de perto tão sofisticada quanto os instrumentos ópticos atuais.

"Não se pode ver os continentes ou as pessoas neste retrato da Terra, mas este pequeno ponto azul é um resumo de onde estávamos em 19 de julho", explicou Linda Spilker, cientista da sonda Cassini. "As imagens da sonda Cassini nos recordam que nosso planeta é muito pequeno no Universo", acrescentou.


A nave espacial Cassini foi lançada em 15 de outubro de 1997 para estudar Saturno e seus inúmeros satélites. O aparelho se aproximou do planeta dos anéis em 2004 depois de passar perto de Júpiter.

domingo, 21 de julho de 2013

Sonda da Nasa faz imagem da Terra a 1,5 bilhão de km


A Nasa divulgou as primeiras imagens não tratadas da Terra vista a cerca de 1,5 bilhão de quilômetros. O registro foi feito pela sonda Cassini, que orbita Saturno, e fara parte de um mosaico que mostrará o gigante gasoso e o nosso planeta.


O registro foi feito no dia 19 e chegou à Terra no sábado. Processar a imagem deve levar alguns dias - enquanto o mosaico todo deverá levar semanas, afirma a Nasa.

Marte sofreu perda precoce da maior parte da atmosfera


Quando era um jovem com menos de 500 milhões de anos, Marte sofreu uma catástrofe que desligou seu campo magnético, deixou-o exposto a fortes ventos solares e o fez perder quase toda a sua atmosfera. Essa é a história mais plausível para a infância do planeta, de acordo com as descobertas mais recentes do jipe-robô Curiosity.

A conclusão está em dois estudos publicados hoje na revista "Science", que revelam com precisão inédita a composição do ar em Marte.

Já se desconfiava que o planeta tinha perdido ar no passado, mas ao analisar detalhes na composição de diferentes gases, cientistas se deram conta de que a erosão atmosférica inicial foi muito mais brusca do que se pensava, e só depois se amainou.

Após nascer com uma atmosfera espessa, com pressão centenas de vezes maior que a da Terra, Marte rapidamente perdeu quase todo seu ar e se tornou, talvez, parecido com nosso planeta. A erosão continuou, porém, e hoje o ar marciano é tão rarefeito que sua pressão é de menos de um centésimo daquela na superfície terrestre.

Os cientistas conseguiram deduzir esse histórico de perda de atmosfera porque os átomos mais leves de um gás se concentram no alto da atmosfera, e o vento solar os empurra para fora do planeta com mais facilidade. A proporção de gás argônio com peso atômico 36 para o argônio com peso atômico 40, por exemplo, era maior antes de a atmosfera sofrer erosão.

Cientistas ainda debatem o que pode ter causado essa perda de atmosfera tão brusca, e isso deve ter a ver com o campo magnético do planeta, que dependia de um fluxo de magma em seu interior. Caso esse magma tenha se solidificado, o magnetismo se esvaiu e deixou o planeta exposto ao vento solar, que era mais forte naquela época. Outra hipótese é a de uma grande colisão ter desestabilizado o fluxo de magma.

Para Paul Mahaffy, líder de um dos estudos, impactos com asteroides e cometas podem ter dado conta de afinar a antiga atmosfera marciana.

A missão do Curiosity é investigar a possibilidade de Marte ter tido condições favoráveis à vida no passado, mas ainda não está claro se a história da perda precoce da atmosfera do planeta é notícia boa ou ruim para isso.

Certamente, não é um impeditivo, pois ao menos durante algum tempo a pressão atmosférica do planeta foi adequada para manter água líquida, cujo fluxo deixou sinais em rochas. "A questão é quanto tempo essa água durou", disse Mahaffy à Folha. "É plausível que ela tenha persistido bastante tempo sob uma atmosfera não tão pesada quanto a inicial."

Chris Webster, líder do outro estudo da Nasa que sai hoje, se diz otimista. Mesmo que a atmosfera de Marte tenha sido reduzida a um décimo do tamanho original logo no início, diz, ela ainda teria um valor razoável, e só ao longo do tempo teria sido encolhida para o valor atual.

"Houve um período em que a atmosfera de Marte era similar à nossa, e havia água líquida", diz. "É preciso levar em conta, claro, que a superfície de Marte é muito cruel, com muita radiação ultravioleta, mas abaixo da superfície há a possibilidade de ter havido um monte de ingredientes necessários à vida."

Essas condições amenas, porém, estariam com os dias contados, pois o fim do campo magnético de Marte o levaria a continuar a perder atmosfera e pressão.


Em novembro, a Nasa enviará a Marte a sonda Maven, que vai investigar a atual taxa de perda atmosférica.

sábado, 20 de julho de 2013

Um grande salto para a humanidade: primeiro passo na Lua completa 44 anos


Há exatos 44 anos, em 20 de julho de 1969, o astronauta americano Neil Armstrong tornou realidade o sonho mais antigo das civilizações humanas quando se converteu no primeiro homem a caminhar na Lua.

Enquanto 500 milhões de pessoas em torno do mundo esperavam ansiosamente aglomeradas junto a rádios e telas de televisão de imagem borrada, Armstrong desceu a escada do módulo sobre a superfície lunar.

"Este é um pequeno passo para um homem, mas um grande salto para a humanidade", recitou Armstrong com a voz levemente distorcida pela distância e pelos equipamentos de comunicação, uma frase que ficaria gravada para sempre nos livros de história da Terra.

As multidões ovacionaram o momento quando Armstrong foi alcançado por seu companheiro Buzz Aldrin, que descreveu a "magnífica desolação" da paisagem lunar, nunca antes testemunhada em primeiro plano vista da Terra. Apenas 12 terráqueos caminharam desde então pela superfície da Lua, o solitário e misterioso satélite da Terra que alimentou nossos sonhos desde que os primeiros humanos caminharam sobre o planeta.

Em plena Guerra Fria, o programa Apollo foi usado para provar o domínio americano na corrida espacial. Colocar uma bandeira dos Estados Unidos na superfície da Lua em 1969 marcou pontos muitos importantes em relação à União Soviética. O programa Apollo, que tornou possível seis alunissagens bem sucedidas entre 1969 e 1972, começou oito anos antes, em 1961, quando o presidente John F. Kennedy lançou o desafio ao Congresso de levar o homem à Lua ainda naquela década.

"Creio que esta nação deve se comprometer em alcançar a meta, antes de terminar esta década, de aterrissar o homem na Lua e trazê-lo de volta à Terra sem perigo", disse então Kennedy. Foi aí que os EUA desenvolvem o programa Apollo, que transformou-se em uma arma bem sucedida na prova de domínio na corrida espacial que culminou com os passos do americano Neil Armstrong na lua durante a missão Apollo 11, em 1969.

A União Soviética foi a primeira nação a colocar um satélite em órbita, em 1957, com o lançamento do Sputnik e, em 1961, Yuri Gagarin se converteu no primeiro homem a viajar ao espaço. A corrida espacial se converteu no símbolo da batalha da Guerra Fria pelo domínio entre ideologias enfrentadas e poderes mundiais polarizados.

Em 1970, meses depois das alunissagens, o dissidente soviético Andrei Sakharov escreveu, em uma carta aberta ao Kremlin, que a capacidade dos Estados Unidos de colocar um homem na Lua provou a superioridade de uma democracia. Graças à crescente prosperidade dos Estados Unidos e seus êxitos científicos e técnicos, o país colocou rapidamente em marcha o programa Apollo.


Mas a conquista da Lua não foi o único resultado da corrida espacial. Muitos dos avanços tecnológicos que desfrutamos hoje - como a comunicação mundial instantânea, via satélite e o uso de computadores pessoais - foram criados na época durante pesquisas de aprimoramento das missões espaciais.

Nasa tira foto simultânea da Terra e de Saturno e convida todos a 'participar'


A Agência Espacial americana (Nasa) vai tirar nesta sexta-feira uma foto simultânea de Saturno e da Terra e convidou pessoas do mundo todo a "participar" do evento.

A sonda espacial Cassini, situada na órbita de Saturno desde 2004, vai fotografar esse planeta na sexta, entre 21h27 e 21h47 GMT (18h27 e 18h47 de Brasília), no momento em que Saturno será iluminado por trás pelo Sol. O objetivo da operação é contribuir para o estudo da forma dos anéis de poeira de Saturno.

"A Terra terá apenas o tamanho de um pixel visto da Cassini (...) mas isso dá aos habitantes da Terra a oportunidade de ver com o quê seu planeta se parece (visto) de Saturno", explicou Linda Spilker, cientista associada do projeto Cassini do Laboratório da Nasa, em Pasadena, Califórnia.

"E esperamos que vocês participem, saudando Saturno da Terra para que possamos celebrar este momento em particular", completou.


A sonda Messenger, que busca possíveis satélites naturais ao redor do planeta Mercúrio, vai tirar outra foto da Europa, do Oriente Médio e da Ásia Central na sexta e no sábado, às 11h49, 12h38 e 13h41 GMT (8h49, 9h38 e 10h41 de Brasília) cada um desses dias. A Nasa publicará as fotos na semana que vem.

Sonda da Nasa vai tirar foto da Terra a 1,5 bilhão de km


Duas sondas da Nasa, uma que observa Saturno e outra, Mercúrio, estão manobrando para tirar fotos da Terra. A primeira estará a 1,5 bilhão de quilômetros do nosso planeta quando fizer o registro. A agência espacial americana encoraja os entusiastas a acenar para Saturno e compartilhar suas fotos em redes sociais.

O registro de Saturno será feito entre 6h27 e 6h42 (de Brasília) da sexta-feira. A Nasa pede que os fãs de astronomia e o público em geral acenem para o planeta e compartilhem a imagem em uma página da Nasa no Flickr ou no Twitter com a hastag #waveatsaturn.

O registro na verdade será parte de um mosaico de fotos feito pela sonda Cassini que mostrará o sistema de Saturno (planeta e luas) iluminado pelo Sol. Processar a imagem da Terra deve levar alguns dias - enquanto o mosaico todo deverá levar semanas, afirma a Nasa.

No caso da sonda Messenger, que orbita Mercúrio, os cientistas notaram que quando ela ia fazer uma busca por possíveis satélites naturais do planeta, entre 19 e 20 de julho, a Terra deve aparecer nas imagens. Os registros devem ocorrer entre 8h49 e 9h38 e também entre 10h41 e 12h49, em ambos os dias.

Ao contrário da sonda em Saturno, a Messenger deve ser capaz de registrar regiões iluminadas da Terra, incluindo Europa, Oriente Médio e Ásia Central. As imagens feitas de Mercúrio também devem levar alguns dias para serem processadas. Mais informações, em inglês, no site http://saturn.jpl.nasa.gov/waveatsaturn .

Colisão de estrelas cria o equivalente a 10 Luas em ouro


Cientistas registraram uma explosão de raios gama após a colisão de duas estrelas de nêutrons. O resultado do efeito cataclísmico foi a criação de diversos elementos - foi ejetado o equivalente a 100 vezes a massa do Sol em material.

Entre essa gigantesca quantidade de matéria, muito ouro - os cientistas estimam que 10 vezes a massa da Lua do metal. O estudo foi divulgado na revista Astrophysical Journal Letters nesta quarta-feira.

Ao contrário de elementos mais comuns, como carbono ou ferro, o ouro não é criado dentro das estrelas. Para isso, são necessários eventos mais extremos. No caso registrado, duas estrelas de nêutrons - o núcleo que sobrou de duas estrelas que explodiram como supernova - colidiram, o que levou a uma explosão de raios gama. Diversos elementos foram criados, entre eles o metal.

"Nós estimamos que a quantidade de ouro produzida e ejetada durante a colisão das duas estrelas de nêutrons foi grandes como 10 massas lunares", diz o autor principal do artigo, Edo Berger, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian (EUA). A explosão ocorreu a 3,9 bilhões de anos da Terra - uma das mais próximas já registradas - e foi vista pelo satélite Swift, da Nasa, em 3 de junho. Ela durou menos de dois décimos de segundo.


"Parafraseando Carl Sagan, somos todos produtos das estrelas, e nossas joias são produtos de colisões de estrelas", diz Berger.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Apollo 11: nave que levou o homem à Lua foi lançada há 44 anos


Em 16 julho de 1969, deixava a Terra o ônibus espacial da missão que transformou em realidade um dos sonhos mais antigos da humanidade: a chegada do homem à Lua. Há exatos 44 anos, a nave foi lançada do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, na Flórida, na ponta do foguete Saturno V.

Quatro dias depois, o Módulo Lunar pousou próximo ao Mar da Tranquilidade, na superfície do satélite da Terra. O feito, realizado pelo astronauta americano Neil Armstrong seguido do seu colega de missão Buzz Aldrin, no dia 20 de julho daquele ano, ficou marcado na história.

A espaçonave Apollo tinha três partes: o módulo de comando, a única parte que voltou à Terra; o módulo de serviço, que continha propulsor, sistema elétrico, oxigênio e água; e o módulo lunar, utilizado para pousar na Lua. Apesar de ser tripulada por três astronautas, a missão foi dividida de forma que Michael Collins permanecesse no módulo de comando, na órbita lunar, enquanto Buzz Aldrin e Neil Armstrong pousassem na Lua com o Módulo Lunar.

A Apollo 11, projetada pela agência espacial americana (Nasa) foi uma das sete missões - de um total de 17 do Programa Apollo - que conseguiu levar o homem à Lua. Após a Apollo 11, o programa fez outros cinco bem sucedidos desembarques na Lua entre 1969 e 1972. Ao total, 12 homens pisaram na superfície lunar, todos americanos.

Com nova descoberta, Hubble eleva para 14 número de luas em Netuno


O telescópio espacial Hubble descobriu uma nova lua na órbita de Netuno, elevando para 14 o número de satélites naturais ao redor do planeta gigante. A lua, denominada S/2004 N 1, tem diâmetro estimado em pouco mais de 19 quilômetros, o que a torna a menor do sistema netuniano.

Ela é tão pequena e escura que tem o brilho aproximadamente 100 milhões de vezes mais fraco que o menor brilho de uma estrela possível de ser vista a olho nu.

A novidade passou despercebida pela sonda Voyager 2, que cruzou Netuno em 1989 e explorou seus anéis e luas. O satélite foi descoberto em 1º de julho deste ano pelo cientista Mark Showalter, do Seti Institute, da Califórnia, enquanto estudava a região no entorno do planeta. "As luas e arcos orbitam muito rapidamente, então tivemos de inventar uma maneira de seguir seu movimento a fim de descobrir os detalhes do sistema", afirmou o pesquisador.


O método desenvolvido para encontrar essa nova lua envolveu rastrear o movimento de um ponto branco que aparece repetidas vezes em mais de 150 imagens de arquivo de Netuno tiradas pelo Hubble entre 2004 e 2009.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Sistema Solar tem uma cauda parecida com um trevo de quatro folhas


É assumido desde há muito tempo que o nosso Sistema Solar, tal como um cometa, tem uma cauda. Assim como qualquer objeto que se move através de um outro meio, como um meteoro que viaja através da atmosfera da Terra, este faz com que as partículas formem uma corrente que segue atrás.

Mas a cauda da nossa bolha solar, chamada heliosfera, nunca tinha sido realmente observada, até agora.

O IBEX (Interstellar Boundary Explorer), da NASA, traçou os limites da cauda da heliosfera, algo que nunca tinha sido possível. Os cientistas descrevem em grande detalhe esta cauda, chamada heliocauda, num artigo publicado no passado dia 10 de Julho, na revista The Astrophysical Journal. Ao combinar observações dos primeiros três anos de imagens do IBEX, a equipe mapeou uma cauda que mostra uma combinação de partículas em movimento rápido e lento. Existem dois lóbulos de partículas lentas em ambos os lados, partículas mais rápidas acima e abaixo, estando toda a estrutura torcida, uma vez que sofre o empurrar e o puxar dos campos magnéticos exteriores ao Sistema Solar.

"Ao examinar os átomos neutros, o IBEX fez as primeiras observações da heliocauda", afirma David McComas, autor principal do artigo e pesquisador principal para o IBEX no Instituto de Pesquisa do Sudoeste em San Antonio, no estado americano do Texas. "Muitos modelos sugeriram que a heliocauda podia ser desta ou daquela maneira, mas não tínhamos observações para o comprovar. Sempre tivemos que desenhar imagens onde a cauda da heliosfera simplesmente desaparece da página, pois nem podíamos especular como era realmente."

Embora os telescópios já tivessem avistado estas caudas em torno de outras estrelas, tem sido difícil determinar se a nossa também tinha uma. A Pioneer 10 viajava nessa direção depois de passar Netuno em 1983. No entanto, perdeu poder em 2003, antes de chegar à cauda, por isso não temos dados de sondas diretamente na cauda. Vê-la de longe é difícil, porque as partículas na cauda, e por toda a heliosfera, não brilham, por isso não podem ser vistas convencionalmente.

O IBEX, por outro lado, pode mapear estas regiões ao medir partículas neutras criadas por colisões nos limites da heliosfera. Esta técnica baseia-se no fato de que os percursos das partículas neutras não são afetadas pelos campos magnéticos da heliosfera. As partículas viajam numa linha reta desde a colisão até ao IBEX. Consequentemente, a observação do local de origem das partículas neutras descreve o que se passa nestas regiões distantes.

"Usando átomos neutros, o IBEX consegue observar estruturas muito distantes, até mesmo de órbita terrestre," afirma Eric Christian, cientista da missão IBEX no Centro de Voo Espacial Goddard da NASA em Greenbelt, Maryland. "E o IBEX varre todo o céu, por isso nos forneceu os primeiros dados da forma da cauda da heliosfera, uma parte importante da compreensão do nosso lugar e movimento através da Galáxia."

A viagem destes átomos neutros começa anos antes de atingirem os instrumentos do IBEX. O vento solar que sopra para longe da nossa estrela move-se em todas as direções, para além dos planetas mais longínquos, eventualmente abrandando e dobrando-se para trás ao longo da cauda, em resposta à pressão do material interestelar influxo. As partículas juntam-se a uma migração em massa de partículas que se movem para trás desde a fronteira da heliosfera - uma fina camada chamada heliopausa.

Enquanto isto acontece, um fluxo constante de átomos neutros mais lentos, originários de outras partes da Galáxia, viajam pelo Sistema Solar. Quando um destes átomos neutros colide com uma das partículas carregadas mais rápidas, podem trocar um elétron. O resultado pode ser uma partícula carregada mais lenta e um átomo neutro mais rápido. O neutro já não está ligado aos campos magnéticos, e ao invés acelera em linha reta e na direção em que estava apontado nesse momento. Alguns destes viajam durante anos até serem detectados pelo IBEX.

"Ao recolher estes átomos neutros energéticos, o IBEX fornece mapas das partículas carregadas originais," afirma McComas. "As estruturas na heliocauda são invisíveis aos nossos olhos, mas podemos usar este truque para 'fotografar' remotamente as regiões ultraperiféricas da nossa heliosfera."

Os primeiros resultados do IBEX sobre a heliocauda sugeriam originalmente que podia haver uma pequena região de vento solar lento na direção da heliocauda, mas assim que os cientistas recolheram dados suficientes, perceberam que tinham visto apenas parte da imagem. Com base no mapa da heliocauda agora fornecido, alguém olhando diretamente para a cauda vê uma forma parecida com um trevo de quatro folhas. As duas folhas laterais estão repletas de partículas de movimento lento, e as folhas em cima e em baixo com partículas rápidas. Esta forma faz sentido, dado o fato que o Sol nos últimos anos tem enviado os seus ventos velozes perto dos pólos, e ventos mais lentos perto do seu equador - um padrão comum na fase mais recente do seu ciclo de 11 anos de atividade.

No entanto, o trevo de quatro folhas não alinha perfeitamente com o Sol. A forma no geral está ligeiramente inclinada, indicando que à medida que se afasta do Sol e da sua influência magnética, as partículas carregadas começam a ser empurradas para uma nova orientação, alinhando-se com os campos magnéticos da Galáxia local. Os cientistas ainda não sabem o tamanho da cauda.

"A cauda é a nossa pegada na Galáxia, e é excitante que estamos agora começando a compreender a sua estrutura," realça Christian. "O próximo passo é incorporar estas observações nos nossos modelos e começar o processo de realmente entender a nossa heliosfera."


Os cientistas podem testar as suas simulações de computador da heliosfera contra novas observações e melhorar os seus modelos, conforme necessário. Em conjunto, os dados dos instrumentos no espaço e análises em laboratório cá na Terra vão continuar a melhorar a nossa compreensão da cauda tipo-cometa que nos acompanha mais atrás.

Hubble revela pela primeira vez a verdadeira cor de exoplaneta


Astrônomos determinaram pela primeira vez a verdadeira cor de um planeta na órbita de uma estrela diferente do Sol. Se visto por olhos humanos, o planeta conhecido como HD 189733b seria de um profundo azul cobalto - parecido com as cores da Terra quando vista do espaço. As semelhanças, porém, acabam por aí.

Esse planeta extrassolar azul é um gigante gasoso que orbita muito próximo de sua estrela. A atmosfera ali é abrasadora, com uma temperatura que ultrapassa os 1000 ºC, e lá chove vidro - em partículas de silicato condensado carregadas por ventos de 7 mil quilômetros por hora.

À distância de 63 anos-luz da Terra, esse mundo alienígena é um dos exoplanetas mais próximos de nós que pode ser visto cruzando sua estrela. O HD 189733b tem sido intensivamente estudado pelo Hubble e outros telescópios, e astrônomos descobriram que sua atmosfera é muito variável e exótica, com nevoeiros e violentas erupções. Agora, o planeta foi alvo de um estudo que determinou de maneira inédita a cor visível de um exoplaneta.

"Esse planeta foi bem estudado no passado, mas medir sua cor é algo realmente novo - podemos imaginar de verdade como esse planeta seria se fôssemos capazes de vê-lo diretamente", afirmou Frédéric Pont, da Universidade de Exeter, autor do estudo que será publicado na edição de agosto da revista Astrophysical Journal Letters.


A cor azul desse planeta não é derivada do reflexo de um oceano tropical, mas se deve à turbulenta atmosfera que, acreditam os cientistas, está misturada com partículas de silicato que dispersam luz azul. Para determinar como seria o planeta aos olhos humanos, os astrônomos mediram quanta luz era refletida da superfície do HD 189733b - uma propriedade conhecida como "albedo".

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