sexta-feira, 8 de março de 2013


Maior telescópio espacial do mundo será aposentado em breve


O observatório espacial Herschel, da agência espacial europeia (ESA, na sigla em inglês), deve se "aposentar" neste mês. O telescópio deve esgotar em breve sua carga de hélio líquido, após mais de três anos estudando o universo.


Com um espelho de 3,5 metros de diâmetro, o Herschel é o telescópio infravermelho mais poderoso já lançado no espaço, e a exaustão de seu suprimento já estava prevista para março de 2013.

A sonda Herschel foi lançada em 14 de maio de 2009. Pioneira, a missão foi a primeira a cobrir do infravermelho à faixa do submilímetro do espectro eletromagnético, tornando possível o estudo de gélidas regiões de gás e poeira antes invisíveis no cosmo e permitindo novas percepções sobre a origem e evolução das estrelas e galáxias.

A fim de realizar observações infravermelhas tão sensíveis, os instrumentos - duas câmeras e um espetrômetro de altíssima resolução - têm de ser resfriados a -271ºC, próximo do zero absoluto. Esses equipamentos ficam localizados no topo de um tanque preenchido com hélio líquido superfluido, dentro de um criostato. Se os instrumentos não estiverem muito frios, o próprio calor deles pode interferir no estudo das fracas radiações infravermelhas dos corpos celestes.

O hélio evapora com o tempo, eventualmente esvaziando o tanque e, assim, determinando a vida científica útil do Herschel. À época do lançamento, o criostato foi cheio até a borda com mais de 2,3 mil litros de hélio líquido, pesando 335 quilos, para os previstos 3 anos de meio de operações no espaço que devem se encerrar nas próximas semanas.

Telescópio registra possível formação de planeta gigante


Astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) acreditam ter feito a primeira observação direta de um protoplaneta - planeta gigante - em formação. O corpo celeste foi encontrado dentro do seu "útero" estelar ainda envolto por um espesso disco de gás e poeira. Se confirmada, essa descoberta ajudará a compreender melhor como se formam os planetas.

O planeta em formação, ainda envolto no disco de material que rodeia a jovem estrela HD100546, foi descoberto por uma equipe internacional liderada por Sascha Quanz, do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (Suíça), que estudava o disco de gás e poeira em torno da estrela, situada a 335 anos-luz de distância da Terra. A estrela HD100546 tem sido muito estudada e foi já sugerida a existência de um planeta gigante situado cerca de sete vezes mais distante da estrela do que a Terra se encontra do Sol.

"Até agora, a formação de planetas tem sido um tópico desenvolvido essencialmente por simulações de computador", diz Sascha Quanz. "Se a nossa descoberta for confirmada como realmente um planeta em formação, então pela primeira vez os cientistas poderão estudar de forma empírica o processo de formação planetária e a interação entre um planeta em formação e o seu meio circundante, desde a fase primordial."

segunda-feira, 4 de março de 2013


Curiosity suspende operações em Marte por problema em computador


 Curiosity, o robô americano enviado a Marte, suspendeu temporariamente suas experiências científicas até a solução de um problema em um computador, informa o site da Nasa neste sábado.

O robô foi colocado em estado de espera esta semana, em uma manobra que reduz ao mínimo sua atividade para preservar os sistemas informáticos enquanto se resolve o problema do mau funcionamento da memória "flash", explicou o Jet Propulsion Laboratory (JPL), em Pasadena, encarregado da missão.

Como a maioria das naves espaciais, Curiosity tem a bordo computadores de emergência que assumem o controle em caso de pane no computador principal. O robô continua em contato com a Terra, destacou o JPL.

Curiosity, o robô mais sofisticado já enviado a outro planeta, leva dez instrumentos científicos a bordo e pousou na cratera Gale em 6 de agosto passado. O objetivo de sua missão de dois anos é determinar se existiu vida microbiana no chamado Planeta Vermelho.

Cápsula Dragon chega à Estação Espacial levando provisões


A cápsula não tripulada "Dragon", propriedade de uma empresa privada, se acoplou neste domingo à Estação Espacial Internacional (ISS) levando 550 quilos de provisões, após superar um problema com seus propulsores, o que provocou um atraso de um dia em sua chegada.

Segundo a agência espacial americana (Nasa), a cápsula, que pertence à companhia americana SpaceX, foi capturada pelo braço robótico da ISS às 10h31 GMT (7h31 de Brasília), para depois se acoplar ao módulo Harmony do laboratório espacial às 13h56 GMT.

Está previsto que a cápsula passe 22 dias acoplada à ISS, em sua segunda missão de um total de 12 previstas em um contrato da SpaceX com a Nasa. O programa prevê que a Dragon volte à Terra em 25 de março e desça com paraquedas sobre o oceano Pacífico perto do litoral da Baixa Califórnia, levando mais de uma tonelada em equipamentos e experimentos.

A bordo da ISS estão atualmente seis tripulantes: os russos Oleg Novitski, Yevgueni Tarelkin e Roman Romanenko, os americanos Kevin Ford e Tom Marshburn, e o canadense Chris Hadfield.

O desenvolvimento da Dragon é um marco para a indústria espacial americana, já que, após o fim da era dos ônibus espaciais da Nasa em 2011, o transporte de carga e tripulantes da ISS ficou nas mãos das naves russas Soyuz.

sexta-feira, 1 de março de 2013


Cientistas descobrem meteorito de 18 kg na Antártica


Uma equipe internacional de cientistas divulgou, nesta quinta-feira, a descoberta de um meteorito de cerca de 18 kg , que teria pertencido a um curso de 425 pedras. As informações são do site Space.

O objeto especial foi encontrado nas proximidades da base belga Princesa Elizabeth, na Antártica. O maior do tipo visto no planeta pesava cerca de 60 toneladas e foi retirado do solo da Namíbia em 1955.

"Representa uma grande descoberta para nós. Não é um achado inesperado apenas pelo peso, mas também porque não é comum encontrar um desses na Antártica", declarou Vinciane Debaille, geologista da Universidade de Bruxelas.

"Se o encontramos assim na Terra, significa que no espaço ele foi muito maior. Nós estudamos meteoritos para compreender melhor como nosso sistema solar é formado e como a Terra se tornou um planeta tão único", completou Debaille.

Meteoritos geralmente são pequenos e dificilmente ultrapassam a atmosfera. No início de fevereiro, porém, um objeto do tipo caiu no céu russo, deixando mais de mil feridos e danificando edifícios.

Multimilionário procura casal para viajar a Marte em 2018


O multimilionário turista espacial Dennis Tito procura dois empregados para o seu novo projeto aeronáutico: uma viagem a Marte em 2018. Tito prefere que os dois funcionários sejam um casal e que já tenham idade avançada, uma vez que os astronautas podem ser expostos a altos níveis de radiação que afetariam sua capacidade reprodutora.

Segundo indicou nesta quarta-feira Taber MacCallum, membro da missão e um dos candidatos, o projeto consiste em uma viagem de ida e volta a Marte, com 501 dias de duração, que representaria um marco na história espacial e aconteceria em 2018, embora possa sofrer atrasos.

Os requisitos de Tito, que se tornou o primeiro turista espacial a visitar a Estação Espacial Internacional, o que ocorreu em 2001, foram pensados para pessoas que terão de conviver em um espaço reduzido durante mais de um ano.

Embora pareça incrível, Tito já tem dois candidatos ao posto: Taber MacCallum e sua esposa, Jane Poynter, que também trabalham no projeto. Apesar disso, o multimilionário deixou claro que a lista de candidatos segue aberta.

MacCallum e Jane são co-fundadores da Paragon Space Development Corporation, uma empresa especializada em sistemas de suporte para as naves espaciais.

Sua experiência os levou a fazerem parte do projeto de Tito, batizado de "Missão América", mas a casualidade quis que também cumprissem os requisitos impostos pelo multimilionário, já que ela tem 50 anos e ele, 49.

"Quando dizemos às pessoas que estamos propondo enviar um homem e uma mulher a Marte, como um casal, as pessoas fazem fila", disse MacCallum, antes de explicar que Tito pretende que a equipe faça parte da primeira viagem da humanidade ao planeta vermelho.

Por fim, os idealizadores do projeto lembram que o prazo de 501 dias em um espaço reduzido não é o único desafio, pois a viagem pode implicar níveis de exposição à radiação superiores aos limites da Nasa, o que multiplicaria as chances de contrair câncer.

Cientistas usam vídeos para achar origem do meteorito da Rússia


Dois cientistas da Universidade de Antióquia, na Colômbia, levaram cerca de uma semana para calcular a origem do meteorito que atingiu Chelyabinsk, na Rússia, e deixou cerca de 1 mil pessoas feridas.


Os pesquisadores usaram um recurso incomum nesse tipo de pesquisa: os inúmeros registros em vídeo da queda. As informações são do site Universe Today.

Jorge Zuluaga e Ignacio Ferrin afirmam ao site que os resultados são preliminares e que já estão aprimorando os cálculos. Eles usaram principalmente dois vídeos: um da Praça da Revolução, em Chelyabinsk, e outro da cidade vizinha de Korkino. Além disso, eles levaram em consideração um buraco feito em um lago congelado e que cientistas locais acreditam ter sido causado pelo meteorito que caiu no dia 15.

Os resultados dos cálculos foram apresentados em um artigo no dia 22 e colocam a pedra espacial na classe Apollo de asteroides. "De acordo com as nossas estimativas, o meteoro de Chelyabinski começou a brilhar mais quando estava entre 32 e 47 quilômetros na atmosfera", escrevem os autores do artigo. "A velocidade prevista por nossa análise estava entre 13 e 19 km/s (relativa à Terra), o que engloba a imagem preferida de 18 km/s assumida por outros pesquisadores."

Determinar a órbita ao redor do Sol não foi uma tarefa fácil, nem teve grande precisão. Os cientistas usaram os dados para "calcular os parâmetros orbitais mais prováveis". Eles então utilizaram um programa da Marinha americana para calcular essa órbita provável e chegaram à conclusão que ele pertenceria à classe Apollo, um grupo de objetos bem conhecido e que cruza a órbita da Terra.

O astrônomos já registraram mais de 240 asteroides Apollo com mais de um quilômetro, mas podem existir mais de 2 mil de tamanhos menores. Os pesquisadores agora farão novos cálculos e não levarão em conta o buraco no lago, já que existiria a possibilidade de ele ter sido feito artificialmente.

O objetivo final dos astrônomos é determinar a órbita da pedra nos últimos 50 anos com grande precisão, o que poderá dizer a posição dela no céu e, comparando com arquivos de imagens de telescópios, se ela foi negligenciada por pesquisadores.