Cientistas usam vídeos para achar origem do meteorito da Rússia
Dois cientistas da Universidade de Antióquia, na Colômbia,
levaram cerca de uma semana para calcular a origem do meteorito que atingiu
Chelyabinsk, na Rússia, e deixou cerca de 1 mil pessoas feridas.
Os pesquisadores usaram um recurso incomum nesse tipo de
pesquisa: os inúmeros registros em vídeo da queda. As informações são do site
Universe Today.
Jorge Zuluaga e Ignacio Ferrin afirmam ao site que os
resultados são preliminares e que já estão aprimorando os cálculos. Eles usaram
principalmente dois vídeos: um da Praça da Revolução, em Chelyabinsk, e outro
da cidade vizinha de Korkino. Além disso, eles levaram em consideração um
buraco feito em um lago congelado e que cientistas locais acreditam ter sido
causado pelo meteorito que caiu no dia 15.
Os resultados dos cálculos foram apresentados em um artigo
no dia 22 e colocam a pedra espacial na classe Apollo de asteroides. "De
acordo com as nossas estimativas, o meteoro de Chelyabinski começou a brilhar
mais quando estava entre 32 e 47 quilômetros na atmosfera", escrevem os
autores do artigo. "A velocidade prevista por nossa análise estava entre
13 e 19 km/s (relativa à Terra), o que engloba a imagem preferida de 18 km/s
assumida por outros pesquisadores."
Determinar a órbita ao redor do Sol não foi uma tarefa
fácil, nem teve grande precisão. Os cientistas usaram os dados para
"calcular os parâmetros orbitais mais prováveis". Eles então
utilizaram um programa da Marinha americana para calcular essa órbita provável
e chegaram à conclusão que ele pertenceria à classe Apollo, um grupo de objetos
bem conhecido e que cruza a órbita da Terra.
O astrônomos já registraram mais de 240 asteroides Apollo
com mais de um quilômetro, mas podem existir mais de 2 mil de tamanhos menores.
Os pesquisadores agora farão novos cálculos e não levarão em conta o buraco no
lago, já que existiria a possibilidade de ele ter sido feito artificialmente.
O objetivo final dos astrônomos é determinar a órbita da
pedra nos últimos 50 anos com grande precisão, o que poderá dizer a posição
dela no céu e, comparando com arquivos de imagens de telescópios, se ela foi
negligenciada por pesquisadores.
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