quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Cientistas acham asteroide na órbita de Urano e acreditam em "população"


Astrônomos anunciaram nesta quinta-feira a descoberta do primeiro asteroide troiano de Urano. Segundo os cientistas, 2011 QF99 pode fazer parte de uma população de objetos maior do que esperada e que está presa pela gravidade dos planetas gigantes do Sistema Solar. 

Asteroides troianos são aqueles que dividem a órbita de um planeta - a Terra, inclusive, tem o seu. Astrônomos consideravam que era improvável a presença de um desses objetos na órbita de Urano, já que a gravidade de seus planetas vizinhos deveria desestabilizar e expelir a pedra para os confins do Sistema Solar. 

Antes de descobrir o asteroide, os pesquisadores criaram uma simulação computadorizada do Sistema Solar com os objetos que orbitam a estrela, inclusive os troianos. "Surpreendentemente, nosso modelo prevê que, em qualquer tempo dado, 3% dos objetos dispersos entre Júpiter e Netuno devem coorbitar ou Urano, ou Netuno", diz Mike Alexandersen, líder do estudo publicado na revista especializada Science. 

Segundo os pesquisadores, QF99 foi preso pela órbita do planeta há poucas centenas de milhares de anos e deve escapar em cerca de 1 milhão de anos. "Isto nos conta algo sobre a evolução do Sistema Solar", diz Alexandersen. "Ao estudar o processo pelo qual troianos são capturados temporariamente, podemos entender melhor como objetos migram pela região planetária do Sistema Solar." 

O estudo foi conduzido pela Universidade da Columbia Britânica (Canadá), Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá e o Observatório de Besancon (França). 

Cientista sugere que vida começou em Marte antes de chegar à Terra


Um estudo apresentado em uma conferência científica sugere que a vida pode ter começado em Marte antes de chegar à Terra. A teoria foi apresentada pelo químico Steven Benner, do Instituto de Ciência e Tecnologia de Westheimer (EUA), em na Conferência de Goldschmidt, em Florença, na Itália.

A forma como átomos se juntaram pela primeira vez para formar os três componentes moleculares dos seres vivos - RNA, DNA e proteínas - sempre foi alvo de especulação acadêmica.

As moléculas não são as mais complexas que aparecem na natureza, ainda assim não se sabe como elas surgiram. Acredita-se que o RNA (ácido ribonucleico) foi o primeiro a surgir na Terra, há mais de três bilhões de anos.

Hostil

Uma possibilidade para a formação do RNA a partir de átomos, como carbono, seria o uso de energia (calor ou luz). No entanto, isso produz apenas alcatrão.

Para criação do RNA, os átomos precisam ser alinhados de forma especial em superfícies cristalinas de minerais. Mas esses minerais teriam se dissolvido nos oceanos da Terra naquela época.

Benner diz que esses minerais eram abundantes em Marte. Ele sugere que a vida teria surgido primeiro em Marte, seguindo para a Terra em meteoritos.

Na conferência em Florença, o cientista apresentou resultados sugerindo que minerais que contém elementos como boro e molibdênio são fundamentais na formação da vida a partir dos átomos.

Ele diz que os minerais de boro ajudam na criação de aros de carboidrato, gerando químicos que são posteriormente realinhados pelo molibdênio. Assim surge o RNA. O ambiente da Terra, nos primeiros anos do planeta, seria hostil aos minerais de boro e ao molibdênio.

"É apenas quando o molibdênio se torna altamente oxidado que ele é capaz de influenciar na formação da vida", diz Benner. "Esta forma de molibdênio não existira na Terra quando a vida surgiu, porque há três bilhões de anos a Terra tinha muito pouco oxigênio. Mas Marte tinha bastante."

Segundo ele, isso é "outro sinal que torna mais provável que a vida na Terra tenha chegado por um meteorito que veio de Marte, em vez de surgido no nosso planeta".

Outro fator que reforçaria a tese é o clima seco de Marte, mais propício para o surgimento de vida. "As evidências parecem estar indicando que somos todos marcianos, na verdade, e que a vida veio de Marte à Terra em uma rocha", disse Benner à BBC.


"Por sorte, acabamos aqui - já que a Terra certamente é o melhor entre os dois planetas para sustentar vida. Se nossos hipotéticos ancestrais marcianos tivessem ficado no seu planeta, talvez nós não tivéssemos uma história para contar hoje."

Equipe da USP ajuda a descobrir mais velha estrela 'gêmea' do Sol


Uma equipe de quatro astrônomos da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Observatório Europeu do Sul (ESO), ajudou a descobrir a estrela "gêmea" do Sol mais velha já identificada, com 8,2 bilhões de anos – quase o dobro da idade da nossa estrela, que tem 4,6 bilhões de anos.

A Hipparcos 102152 (ou HIP 102152) fica a 250 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Capricórnio. Para observá-la, foi usado o Very Large Telescope (VLT) do ESO, localizado no norte do Chile, durante 40 noites desde 2011. Além da USP, participaram do trabalho dois cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e dez estrangeiros.

Segundo os pesquisadores, que devem publicar os resultados na revista "Astrophysical Journal Letters", esse astro antigo – que tem temperatura, gravidade e composição química parecidas com as do Sol – oferece a possibilidade de entender como o nosso astro vai envelhecer nos próximos bilhões de anos. Os cientistas confirmaram ainda a idade de outra estrela "gêmea", a 18 Scorpii, que tem 2,9 bilhões de anos, ou seja, bem mais jovem que a nossa.

De acordo com a equipe da USP, as observações sugerem que a HIP 102152 também tem planetas rochosos (como Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) em sua órbita. Além disso, a descoberta apontou níveis muito baixos de lítio na estrela "gêmea", assim como acontece com o Sol, o que demonstra pela primeira vez que astros mais velhos e semelhantes ao nosso perdem esse elemento químico ao longo da vida. Esse "mistério" para a astrofísica já durava 60 anos, e agora começa a ser solucionado, ressaltam os autores, liderados pela americana TalaWanda Monroe, ligada à USP.

Para o pesquisador peruano Jorge Meléndez, que também atua na USP e é coautor do estudo, há décadas os astrônomos buscam estrelas "gêmeas" do Sol, para conhecer melhor a nossa própria, que é responsável pela vida na Terra. Apesar disso, a primeira delas só foi encontrada em 1997 e, desde então, poucas foram identificadas.

Meléndez diz que o objetivo agora, até 2015, é detectar astros ainda mais velhos, e também mais novos, para entender bem a dinâmica de envelhecimento solar. Outra meta é identificar "superterras", com massa entre cinco e dez vezes maiores que a nossa.

A importância do lítio

O lítio é o terceiro elemento da tabela periódica e foi criado durante o Big Bang, ao mesmo tempo que o hidrogênio e o hélio. Há anos, os astrônomos observam que algumas estrelas têm menos lítio que outras. Com a descoberta da HIP 102152, os cientistas viram uma forte relação entre a idade de uma estrela do tipo solar e seu conteúdo de lítio.

O Sol tem hoje apenas 1% da quantidade desse elemento presente na época de sua formação. Segundo o astrofísico boliviano naturalizado suíço Ramiro de la Reza, do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, é raro encontrar uma estrela com tão pouco lítio como o Sol.

"Esse é um elemento leve, muito frágil, que se destrói facilmente por dois fatores: ou ele queima no interior da estrela, onde é muito quente, ou se mistura e dilui com o material da superfície (fotosfera) em contato com o do interior", explica de la Reza, que pesquisa o lítio desde 1975, quando ajudou a estabelecer a medida exata da abundância desse componente no Sol, pela Universidade de Genebra, na Suíça.

À medida que uma estrela envelhece, sua temperatura aumenta, e isso também favorece que o lítio se dissipe. É por isso que esse elemento – que na Terra é usado em baterias de celulares e medicamentos como estabilizadores de humor, pra transtorno bipolar – serve como um indicador de evolução, ou um "termômetro evolutivo", que tem sido um importante instrumento de pesquisa sobre o Universo.

"O lítio é detectado em lugares mais frios, ou jovens. E também já fiz uma pesquisa que apontou que o fato de haver exoplanetas (planetas fora do Sistema Solar) não modifica a quantidade dele, mas esse estudo ainda precisa ser ampliado", destaca o astrofísico boliviano.

Agora, de la Reza investiga o que acontece com o lítio em estrelas com e sem disco em volta. Isso porque o disco influencia na rotação do astro, e a rotação tem impacto direto na quantidade de lítio. O Sol mesmo já teve um disco em torno de si, que formou os planetas – hoje, o que sobrou disso são um cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter e partículas mais além de Netuno (chamadas de Cinturão de Kuiper).

"Era um disco de gás que sumiu em 10 milhões de anos, quando o Sol ainda era uma 'criancinha'. Ele foi embora e só ficou a poeira. Atualmente, esses asteroides colidem entre si e geram uma nova poeira, que é de segunda geração", diz.

Sobre a estrela HIP 102152 ser "gêmea" do Sol, de la Reza diz que não concorda com a palavra.

"Não gosto de chamar de gêmeo, sempre tem alguma diferença. Pode ser do tipo solar, parecida com o Sol, mas nossa estrela é única", destaca.

Adesão do Brasil ao ESO

O ESO é uma organização fundada há 50 anos e formada atualmente por 14 países europeus (Áustria, Bélgica, República Tcheca, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Itália, Holanda, Portugal, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido). Em 2010, o Brasil assinou um acordo de adesão para se tornar o 15° membro, mas a assinatura oficial depende da aprovação do Congresso Nacional, onde o projeto tramita desde fevereiro deste ano.

Ao todo, a proposta deverá passar por quatro comissões da Câmara dos Deputados e três do Senado. Até o momento, ela foi votada apenas na primeira comissão da Câmara.

"Essa é a velocidade normal (de tramitação), mas está avançando. Os políticos precisam entender por que é importante fazer um investimento desse porte na ciência", diz o diretor científico do ESO, o físico brasileiro Claudio Melo.

Segundo ele, esses recursos incluiriam uma taxa de adesão de 130 milhões de euros (R$ 404 milhões), divididos em dez anos, além de uma anuidade proporcional ao Produto Interno Bruto (PIB) do país – o que hoje giraria em torno de R$ 800 mil e, em 2023, chegaria a R$ 40 milhões.

"Toda essa infraestrutura (do ESO) está disponível à comunidade brasileira, e a pesquisa (da USP) mostra que temos nível internacional, como qualquer outro país. Ela é uma maneira de chamar a atenção, não de pressionar (o Congresso)", afirma Melo.

Sobre a diferença entre usar o complexo do ESO para estudos e se tornar membro efetivo, a professora Beatriz Barbuy, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosférias (IAG) da USP, destaca que apenas 2% dos pedidos de países não-membros são aprovados para observação no ESO, o que exige que "o projeto seja tão bom a ponto de ganhar um Nobel ou tenha como primeiro autor um cientista europeu".

"O ESO tem uma política de 'open sky' (céu aberto), em que qualquer um pode pedir tempo para observações, mas os membros têm prioridade. E, a longo prazo, isso muda tudo em termos de política e desenvolvimento científico e tecnológico para o Brasil", completa Melo.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Cientistas encontram provas de água em grãos minerais da Lua


Cientistas encontraram provas de água em grãos minerais da superfície da Lua de origens ainda desconhecidas na profundidade do satélite, informou a Nasa nesta terça-feira.

Os pesquisadores usaram dados coletados pelo Instrumento de Mineralogia (M3) da Nasa a bordo da cápsula Chandrayaan 1, da Organização de Pesquisa Espacial de Índia, e detectaram água magmática, ou seja a originada nas profundezas lunares.

É a primeira detecção desta forma de água a partir de um objeto na órbita da Lua. Estudos anteriores mostraram a existência de água magmática em amostras lunares coletadas pelos astronautas do programa Apollo.

O M3 captou imagens da cratera Bullialdus, causada por um impacto perto da linha equatorial da Lua. A Nasa explicou que os cientistas estão interessados nessa área porque poderiam calculacar melhor o volume de água dentro das rochas devido à localização da cratera e ao tipo de minerais contidos lá.

O pico central da cratera é composto por um tipo de rocha que se forma nas profundezas da crosta lunar e do manto lunar quando o magma fica preso ali.

"Essa rocha, que normalmente fica muito abaixo da superfície, foi escavada desde as profundezas pelo impacto que formou a cratera Bullialdus", explicou Rachel Klima, geóloga planetária no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Maryland.

"Na comparação com o entorno, encontramos na porção central da cratera um volume significativo de hidroxila, uma molécula feita de um átomo de oxigênio e um de hidrogênio, o que prova que as rochas nesta cratera contêm água que se originou muito abaixo da superfície lunar", disse Rachel.

Em 2009, o M3 fez seu primeiro mapa mineralógico da superfície lunar e descobriu moléculas de água nas regiões polares da Lua. Na primeira avaliação os cientistas supuseram que essa água seria uma camada fina formada pelo impacto do vento solar sobre a superfície lunar.

Mas a Bullialdus fica em uma região pouco propícia para o vento solar produzir quantidades significativas de água na superfície.

"As missões da Nasa, como o Prospector Nuclear e o Satélite de Observação e Sensores de Cratera Lunar, e os instrumentos como o M3 coletaram dados cruciais que mudaram radicalmente nossa ideia da existência de água na superfície da Lua", disse Pete Worden, diretor do Centro Ames de Pesquisa da Nasa em Moffett Field, Califórnia.


A detecção de água dentro de uma observação orbital significa que os cientistas podem provar algumas das conclusões de estudos em amostras em um contexto mais amplo, incluindo regiões distantes de onde chegaram as missões Apollo.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Japão adia lançamento de telescópio de observação planetária pela 2ª vez


O Japão adiou nesta terça-feira, pela segunda vez em uma semana, o lançamento do Epsilon-1, foguete que colocaria em órbita o primeiro telescópio espacial de observação planetária remota, informou a Agência Aeroespacial do Japão (JAXA).

O sistema realizou "um parada automática de emergência 19 segundos antes do lançamento" devido a um problema com a inclinação do foguete, um novo tipo de projétil de combustível sólido, explicou à Agência Efe uma porta-voz de JAXA.

A agência japonesa investiga agora a causa dessa falha e, até o momento, não possui informações em torno de um possível novo lançamento, acrescentou a fonte.

A última tentativa de lançamento do Epsilon-1, realizada no último dia 22 de agosto, foi adiada após a agência japonesa detectar um problema no circuito elétrico do equipamento de comunicação.

O foguete estava previsto para ser lançado às 13h45 locais (04.45 GMT) desde o Centro Espacial de Uchinoura, na Prefeitura de Kagoshima. No entanto, na ocasião, o projétil não saiu do chão após a contagem regressiva, como mostraram as imagens oferecidas ao vivo pela agência aeroespacial.

Com o lançamento do Epsilon-1, formado por três partes de 24,4 metros de longitude, 2,6 de diâmetro e 91 toneladas, o Japão espera pôr em órbita o telescópio Sprint-A, o primeiro espacial de observação remota de planetas como Vênus, Marte e Júpiter.

"Esse lançamento representará uma revolução na indústria espacial", detalhou Yasuhiro Morita, o encarregado pelo lançamento, em um comunicado publicado pela JAXA, que neste ano celebra seu décimo aniversário.

O último lançamento espacial japonês em direção à Estação Espacial Internacional (ISS) ocorreu no início do mês, com o foguete HII-B e com o objetivo de transportar equipamentos à base, entre eles dois satélites que incorporam a tecnologia desenvolvida por uma empresa espanhola.


Desde 2003, o Japão desenvolve um intenso programa espacial que, baseado em sua tecnologia, prioriza a exploração planetária e a de asteroides.

sábado, 24 de agosto de 2013

Tempestade solar atinge a Terra nesse fim de semana


Na última terça-feira uma nuvem de partículas se desprendeu do Sol e esse filamento, que libera bolhas de gás ionizado pelo espaço, deve chegar à Terra nesse sábado.

A tempestade solar que atingirá o Planeta no fim de semana será intensa e deve provocar efeitos na distribuição de energia elétrica, navegação por satélite e comunicação por ondas curtas. Porém o fenômeno não traz nenhum dano a saúde.

Tudo tem início nas erupções solares, que são explosões na superfície do Sol. A bolha de partículas que se desprende da estrela viaja pelo espaço a uma velocidade de cerca de três milhões de quilômetros por hora. Ela leva entre dois e três dias para chegar até a Terra e quando se encontra com o campo magnético do Planeta resulta na tempestade solar.

A previsão é que o ápice da tempestade solar ocorra nas primeiras horas do sábado. Os satélites de baixa órbita poderão ficar desorientados e precisarão de um reposicionamento. Além disso, GPS e linhas de transmissão de energia também sofrerão com o fenômeno. As auroras boreais também ficam mais intensas com essa atividade, mas elas são mais visíveis nos pólos.

As tempestades solares são eventos normais, que ficam mais intensas em determinadas épocas. O Sol possui um ciclo de atividades de 11 anos e o auge do atual é agora em 2013. A mais intensa de todas, registrada até agora, ocorreu em 1859. Na ocasião foram observadas explosões nas linhas telegráficas.


Veja vídeo desta erupção solar:

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

WISE é reativado para caçar asteroides


O WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) será reavivado no próximo mês com o objetivo de descobrir e caracterizar NEOs (sigla inglesa para "near-Earth objects"), rochas espaciais que podem ser encontradas em órbitas até 45 milhões de km da Terra, em redor do Sol.

A NASA antecipa que o WISE fará uso do seu telescópio de 16 polegadas (40 centímetros) e das câmaras infravermelhas para descobrir cerca de 150 NEOs previamente desconhecidos e caracterizar o tamanho, albedo e propriedades térmicas de outros 2000 - incluindo alguns que podem ser candidatos à recentemente anunciada iniciativa da agência.

"A missão WISE alcançou os seus objetivos e a NEOWISE estendeu a ciência ainda mais na sua pesquisa de asteroides. A NASA apoia-se agora neste histórico de sucessos, o que irá melhorar a nossa capacidade de encontrar asteroides potencialmente perigosos, e apoiar a nossa iniciativa de asteroides," afirma John Grunsfeld, administrador associado da NASA para ciência em Washington, EUA. "A reativação do WISE é um excelente exemplo de como estamos alavancando as capacidades existentes por toda a agência para alcançar o nosso objetivo."

A iniciativa de asteroides da NASA será a primeira missão a identificar, capturar e mover um asteroide. Ela representa uma façanha tecnológica sem precedentes, que irá levar a novas descobertas científicas e a capacidades tecnológicas que ajudarão a proteger o nosso planeta. Esta iniciativa faz parte do plano de enviar seres humanos até um asteroide em 2025.

Lançado em Dezembro de 2009 para procurar o brilho de fontes de calor celeste de asteroides, estrelas e galáxias, o WISE capturou cerca de 7500 imagens por dia durante a sua missão principal, desde Janeiro de 2010 até Fevereiro de 2011. Como parte do projeto chamado NEOWISE, o explorador espacial fez o levantamento mais preciso até à data de NEOs. A NASA desligou a maioria dos componentes eletrônicos do WISE quando completou a sua missão principal.

"Os dados recolhidos pela NEOWISE há dois anos provaram ser uma mina de ouro para a descoberta e caracterização da população de NEOs," afirma Lindley Johnson, executivo do programa NEOWISE da NASA em Washington. "É importante que acumulemos o máximo possível deste tipo de dados enquanto o WISE continua a ser um trunfo viável."

Dado que os asteroides refletem mas não emitem luz visível, os sensores infravermelhos são uma ferramenta poderosa para descobrir, catalogar e compreender a população de asteroides. Dependendo da refletividade de um objeto, ou albedo, uma pequena e clara rocha espacial pode ter a mesma aparência que uma grande e escura. Como resultado, os dados recolhidos com telescópios ópticos usando a luz visível podem ser enganadores.

Durante 2010, a missão NEOWISE observou cerca de 158.000 corpos rochosos, de entre cerca de 600.000 objetos conhecidos. As descobertas incluem 21 cometas, mais de 34.000 asteroides na cintura principal entre Marte e Júpiter, e 135 NEOs.

A missão principal do WISE era varrer todo o céu no infravermelho. Capturou mais de 2,7 milhões de imagens em múltiplos comprimentos de onda infravermelhos e catalogou mais de 560 milhões de objetos no espaço, desde galáxias distantes até asteroides e cometas muito mais perto da Terra.

"A equipe está pronta e após uma verificação rápida, vamos começar a grande velocidade," afirma Amy Mainzer, investigadora principal da missão NEOWISE no JPL da NASA em Pasadena, no estado americano da Califórnia. "A NEOWISE não só nos dá uma melhor compreensão dos asteroides e cometas que estudamos diretamente, como também nos vai ajudar e refinar os nossos conceitos e planos operacionais de missões espaciais futuras de catalogação de objetos próximos da Terra".

Astronautas russos terminam caminhada espacial na plataforma da ISS


Os astronautas russos Aleksandr Misurkin e Fyodor Yurchikhin, dois dos seis tripulantes da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), concluíram nesta quinta-feira uma caminhada, que durou quase seis horas, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.

"Os cosmonautas retornaram à câmara do compartimento de embarque do módulo Pirs", disse um porta-voz do CCVE, citado pela agência Interfax. Misurkin e Yurchikhin desmontaram durante a caminhada equipamentos científicos instalados na parte externa do módulo russo Zvezda.

Eles também revisaram o estado das antenas exteriores por causa de um relatório da Nasa sobre um "objeto voador não identificado" e que era a cobertura de uma antena. No mesmo local montaram uma plataforma de trabalho que fixa os pés dos cosmonautas e deixa as mãos livres para o trabalho.

Misurkin e Yurchikhin retiraram amostras do casco do módulo Poisk, que serão submetidos na Terra a estudos microbiológicos. O objetivo dessas pesquisas é detectar a presença de micro-organismos capazes de corroer os materiais usados na fabricação no casco da ISS.

Esta foi a oitava saída ao espaço exterior de Yurchikhin em sua carreira de cosmonauta, e a terceira experiência de Misurkin. A caminhada espacial foi supervisionada do interior da plataforma por outros quatro tripulantes: o russo Pavel Vinogradov, os americanos Chris Cassidy e Karen Nyberg, e o italiano Luca Parmitano. A ISS tem um custo anual estimado em US$ 100 bilhões e conta com a participação de 16 países.

Astronautas russos começam caminhada espacial


Os cosmonautas russos Aleksandr Misurkin e Fiodor Yurchikhin, dois dos seis tripulantes da Estação Espacial Internacional (ISS), começaram nesta quinta-feira uma caminhada espacial com duração prevista de quase seis horas, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.

Misurkin e Yurchikhin foram ao espaço através do módulo Pirs, disse um porta-voz do CCVE, citado pela agência Interfax.

O plano de trabalho dos dois cosmonautas inclui a desmontagem dos equipamentos científicos instalados na superfície do módulo russo Zvezda. No mesmo lugar, montarão a plataforma de trabalho Yakor (âncora, em russo), que fixa os pés dos cosmonautas e deixa suas mãos livres para trabalhar.

Além disso, Misurkin e Yurchikhin tomarão quatro mostras da superfície do módulo Poisk, que posteriormente, em terra, serão submetidas a estudos microbiológicos. O objetivo das pesquisas é detectar a presença de microorganismos capazes de corroer o material da superfície externa da ISS.

Essa é a oitava viagem ao espaço da carreira de Yurchikhin, e a terceira de seu colega de trabalho. A caminhada espacial é supervisionada do interior da plataforma pelos outros quatro tripulantes: o russo Pavel Vinogradov, os americanos Chris Cassidy e Karen Nyberg, e o italiano Luca Parmitano.


A ISS é um projeto em que participam 16 países e tem custo estimado de US$ 100 bilhões.

Planeta superquente do tamanho da Terra completa órbita em só 8,5 horas


Pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) descobriram um planeta fora do Sistema Solar do tamanho da Terra que cumpre sua órbita completa --o que para nós equivale a um ano-- em estonteantes oito horas e meia, um dos períodos orbitais mais curtos já detectados até hoje.

Batizado de Kepler 78b, o planeta está muito perto de sua estrela. Os cientistas estimam que o raio orbital seja equivalente a só três vezes o raio do seu sol. A temperatura por lá é alta, até 2.760 º C, o que significa que a camada mais superficial do planeta deve ser completamente derretida, tornando-o um grande oceano de lava.

O Kepler 78b foi detectado por meio da luz emitida pelo próprio planeta --é a primeira vez que pesquisadores conseguem fazer isso para um astro desse tamanho.


A descoberta, relatada em estudo no "Astrophysical Journal", foi feita após análise de mais de 150 mil estrelas monitoradas pelo telescópio Kepler, da Nasa. Na semana passada, a agência espacial americana anunciou que desistiu de consertar o aparelho, que sofreu um defeito em seu sistema de orientação.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Imagens revelam jatos de energia de estrelas jovens indo em direção à Terra


Astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) obtiveram imagens detalhadas do material energético que se afasta de uma estrela recém-nascida em uma constelação visível da Terra.

Ao observar o brilho emitido pelas moléculas de monóxido de carbono no objeto chamado Herbig-Haro 46/47, os astrônomos descobriram que o gás ejetado transporta muito mais energia e quantidade de movimento do que se pensava anteriormente. As novas imagens revelaram também um jato anteriormente desconhecido que aponta em uma direção totalmente diferente - se afastando do nosso planeta.

As estrelas jovens são objetos "violentos", que ejetam matéria a velocidades tão elevadas como um milhão de quilômetros por hora. Quando este material choca no gás circundante, faz ele brilhar, criando um objeto Herbig-Haro - pequenas áreas de nebulosidade associados a estrelas recém-nascidas. Um exemplo desse tipo de objetos é o Herbig-Haro 46/47, situado a cerca de 1,4 mil anos-luz de distância da Terra, na constelação austral da Vela.

As novas imagens revelam detalhes em dois jatos, um deslocando-se na direção da Terra e o outro na direção contrária. O jato que está se afastando era praticamente invisível em imagens anteriores, devido ao obscurecimento provocado pelas nuvens de poeira que rodeiam a estrela recém-nascida. O telescópio ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) não só obteve imagens muito mais nítidas que as anteriores, como permitiu ainda aos astrônomos medir a velocidade com que o material brilhante se desloca no espaço.


A nitidez e sensibilidade alcançadas nestas observações ALMA permitiram também à equipe descobrir um componente da corrente de gás, desconhecido anteriormente, que parece ser emitida por uma companheira da jovem estrela de massa mais baixa. Esse jato secundário faz praticamente um ângulo reto com o objeto principal - quando observado da Terra -, e encontra-se aparentemente "escavando" seu próprio buraco na nuvem circundante.

Com brilho 25 mil vezes maior, estrela pode ser vista a olho nu


A Nasa, agência espacial americana, anunciou na última semana a descoberta de uma estrela “nova” dentro da constelação de Delphinus. A Nova Delphini 2013 foi vista pelo astrônomo amador japonês Koichi Itagaki, que vasculhava o céu com um telescópio no dia 14 de agosto.

O astrofísico da UFSCar Gustavo Rojas, doutor em Astronomia, explica que apesar de o termo ‘nova’ ser usado para descrever a estrela, ela já havia sido catalogada. “Trata-se de um sistema binário, ou seja, de duas estrelas. Uma delas é uma ‘anã branca’, uma estrela que já se apagou e que começou a ‘pegar’ matéria de uma outra estrela”, explica. O resultado é o aumento drástico no brilho.

“Como a estrela aumenta muito de brilho, as pessoas começam a notá-la onde antes não se via nada. Por isso antigamente as pessoas achavam que se tratava de uma estrela nova quando, na verdade, ela já havia sido descoberta”, diz Rojas.

A estrela, fotografada na última sexta-feira pela internauta Meire Ruiz, de Itanhaém, no litoral sul de São Paulo, pode ser visto a olho nu. “Em boas condições é possível observar a estrela no céu, mas provavelmente apenas por algumas semanas até que ela se apague novamente”, afirma o astrofísico.


Segundo a Nasa, o brilho aparente da estrela aumentou repentinamente em 25 mil vezes. Rojas explica que o aparecimento de uma ‘nova’ é relativamente comum. “Surgimento de ‘novas’ acontecem todo o ano, mas geralmente não são tão brilhantes, nem visíveis a olho nu”, conta.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Há 136 anos, descobríamos que Marte tem duas luas


Certa vez, Johannes Kepler, um dos mais importantes nomes da astronomia, propôs que Marte teria duas luas. O motivo: se a Terra tem um satélite natural, e Júpiter tem quatro (conhecidos na época), então Marte, cuja órbita fica no meio do caminho, deve ter dois.

Hoje sabemos que o número de satélites de Júpiter chega às dezenas, mas, por incrível que pareça, Kepler acertou em cheio: Marte tem exatas duas luas. E elas foram descobertas há 136 anos.

Na comunidade científica, a maioria acreditava que Marte não tinha satélites naturais. Asaph Hall, duvidando disso, usou um telescópio do Observatório Naval de Washington. Primeiro, ele encontrou a menor delas: Deimos. Alguns dias depois, em 17 de agosto de 1877, observou pela primeira vez Fobos.

O satélite mais próximo era mais brilhante e dava uma volta no planeta em apenas oito horas - mais rápido que a rotação de Marte. Para se ter ideia, a nossa Lua leva um mês. Esta, Hall chamou de Fobos e a outra, Deimos (na mitologia, filhos do deus romano Marte).

Fobos tem menos de 1% do diâmetro da Lua da Terra. Contudo, como está muito mais perto do planeta, vista da superfície, ela parece ter cerca da metade do tamanho do nosso satélite natural.

Além de pequenas, o comportamento das luas é considerado estranho. No Século 20, descobrimos que Fobos está em queda, até se chocar contra Marte. Em 1971, a sonda Mariner 9 mostro que ambas têm formato de batata. Em 1977, cientistas observaram que a superfície de Fobos era similar às das pedras do Cinturão de Asteroides - e essa deve ser a origem desses satélites naturais, que foram "capturados" pela gravidade do planeta vermelho.


Apesar de todas as descobertas sobre os satélites naturais de Marte, eles ainda têm diversos mistérios. Não sabemos, por exemplo, qual é sua composição nem como eles foram capturados pelo planeta. Cientistas discutem há anos possíveis missões robóticas, alguns até acreditam que eles podem ter a explicação para a evolução dos pequenos corpos. E são apenas duas das cerca de 170 luas do Sistema Solar - que podem guardar muitos outros segredos.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Telescópio da Nasa perde capacidade de descobrir planetas


Após cerca de três meses, a Nasa - a agência espacial americana - desistiu de tentar restaurar a operação do telescópio Kepler de busca por novos planetas.

O equipamento estava desde maio com duas dos quatro rodas de reação - que movimentam e posicionam o Kepler - sem funcionar (ele precisa de pelo menos três).

Segundo a Nasa, a primeira roda parou de funcionar em julho de 2012. Em novembro, o telescópio completou sua missão inicial e começou uma missão estendida que deveria durar quatro anos. Contudo, uma segunda roda falhou em maio deste ano.

No dia 8 deste mês, a missão reavaliou a condição do telescópio e chegou à conclusão de que não era possível recuperar as rodas. Sem três desses equipamentos em funcionamento, o Kepler não consegue a precisão necessária para coletar dados de exoplanetas. Mesmo assim, a Nasa comemora as descobertas feitas - e as que ainda virão dos dados coletados e ainda não explorados.

"No início da missão, ninguém sabia se planetas do tamanho da terra eram abundantes na galáxia. Se eles fossem raros, então deveríamos estar sozinhos", diz William Borucki, investigador-chefe do Centro de Pesquisa Ames, na Califórnia. "Agora, com as observações do Kepler completadas, os dados têm a resposta para a pergunta que inspirou a missão: as Terras em zonas habitáveis de estrelas como nosso Sol são comuns ou raras?"

Apesar de não poder mais caçar planetas, o Kepler ainda pode ser usado para outras pesquisas - pelo menos é o que os engenheiros e cientistas da Nasa estão tentando fazer. No dia 2, a agência espacial pediu por contribuições da comunidade científica para tentar descobrir usos para o telescópio e suas duas rodas.


Nos quatro anos de sua missão primária, o Kepler identificou 135 exoplanetas e 3,5 mil "candidatos". O time do Kepler passa agora a analisar os dados coletados, principalmente em busca dos tão esperados planetas de tamanho similar à Terra em zonas habitáveis.​

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Carioca é candidata a viagem só de ida para o planeta Marte em 2022


Uma viagem só de ida para Marte poderia fazer parte de qualquer filme de ficção científica. Mas, o que seria normal de se ver só nas telonas pode virar realidade daqui a nove anos.

A empresa holandesa Mars One está com inscrições abertas até o dia 31 de agosto para voluntários que desejam se candidatar a uma viagem só de ida ao planeta vermelho em 2022.

Beatriz Roriz, uma estudante carioca de 21 anos, está entre os cerca de 100 mil voluntários inscritos em todo o mundo na disputa por 24 vagas. A brasileira foi uma das quatro escolhidas para participar do documentário de divulgação, o "One Way Astronaut" (Astrounata sem volta) - que explica o projeto em detalhes para aqueles que se dispuserem a morar em Marte.

“Eu hoje estou mais esperançosa de ser selecionada do que no início. Fiz um vídeo de propaganda deles, respondi uma carta e fiquei entre os quatro selecionados no mundo inteiro para fazer esse documentário”, contou Beatriz.

A iniciativa, sem fins lucrativos, foi lançada em abril deste ano. Qualquer pessoa com mais de 18 anos e com inglês fluente ainda pode se candidatar. Após a inscrição, os aspirantes a astronautas passarão por uma triagem feita pela Mars One.

A seleção será feita com base no currículo, carta de intenção e vídeo enviado pelo candidato. Na segunda fase, os candidatos devem apresentar atestado médico e físico e se encontrarão com comitês regionais da missão para entrevistas. Em seguida, cada país votará em um candidato e restarão 24 voluntários, que serão devidamente treinados. Até agora, o site do projeto confirma ter recebido inscrições de mais de 120 países, incluindo Brasil, EUA, China, Rússia, México, Canadá, Colômbia, Argentina e Índia.

‘Big Brother’

Os escolhidos serão divididos em seis viagens só de ida, com quatro passageiros cada, entre 2022 a 2024. A primeira partida está prevista para o segundo semestre de 2022, e chegará ao planeta sete meses depois, já em 2023. A organização aposta na realização de um reality show, em que serão exibidos os treinamentos para viagem, para angariar recursos e financiar boa parte da missão.

Beatriz mora na Zona Oeste do Rio e estuda Ciências Sociais na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ela ficou sabendo do programa através da internet e diz que sempre sonhou em viajar pelo espaço.

“Eu acompanho a Mars One pela internet e sempre tive vontade de ser astronauta, mas no Brasil é muito difícil. Colonizar um planeta novo é uma oportunidade única e eu não posso perder”, disse a estudante, acrescentando que sempre teve apoio dos pais, mas, como é filha única, existe receio da parte deles.

“No começo minha mãe ficou super empolgada. Quando viu que era sério, ficou um pouco chateada. Sou filha única. Existe um sentimento de tristeza dos meus pais, já que é uma viagem só de ida, mas eles apoiam. Acho que quem for vai demorar a se adaptar, mas depois será como aqui na Terra, só que em um ambiente controlado. Vamos viver em redomas controladas e com rotinas comuns. Acho que depois de um tempo será como uma comunidade pequena”, afirmou.

O holandês Ernst Daniel Nijboer, co-produtor da Mars One na América Latina, disse que há outros brasileiros inscritos no projeto e ponderou que Beatriz tem boas chances.
“Entrevistei a Beatriz duas vezes. Acho que ela tem grandes chances porque ela é muito determinada. Seus pais estão apoiando bastante e ela tem personalidade para uma menina de 21 anos”, disse.

Os candidatos que pretendem se inscrever pagam uma taxa que, de acordo com os organizadores do Mars One, ajudará a financiar o custo do projeto, orçado em US$ 6 bilhões (ou quase R$ 14 bilhões). O valor da inscrição varia de acordo com o país. Nos EUA a taxa é de US$ 38 (ou cerca de R$ 86), no Brasil o valor é menor - US$ 13 (ou aproximadamente R$ 30).

Ambiente controlado

A energia no planeta vermelho será gerada por painéis solares, a água será reciclada e extraída do solo, os astronautas vão cultivar os alimentos que vão consumir e também contarão com suprimentos de emergência.


Marte é um planeta varrido pelo vento solar. Na Terra, por outro lado, estamos protegidos do vento solar graças a um forte campo magnético. Sem ele, seria muito mais difícil sobreviver. Para minimizar a radiação, os responsáveis pelo projeto vão cobrir com vários metros de terra as cúpulas onde os colonos vão viver. Elas serão cavadas pelos próprios habitantes do local.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Viagem sem volta a Marte já tem mais de 100 mil inscritos


Mais de 100 mil pessoas se inscreveram para uma viagem sem volta à Marte, parte do projeto Mars One, que pretende colonizar o planeta a partir de 2023. A iniciativa é liderada pelo cientista holandês Bas Lansdorp, que participou de uma conferência no último dia 9, via Twitter, para responder perguntas dos candidatos e jornalistas.

Lansdorp, que confirmou o número de inscritos aos principais jornais americanos esta semana, disse que a quantidade de candidatos tende a crescer ainda mais nas próximas semanas.

“Existe um grande número de pessoas que ainda está trabalhando nos próprios perfis, decidindo se pagam ou não pela inscrição ou continuam preparando os vídeos de apresentação, preenchendo os formulários e seus currículos”, explicou Bas em entrevista à rede de TV CNN.

Os candidatos que decidem se inscrever pagam uma taxa que, de acordo com os organizadores do Mars One, ajudará a financiar o custo do projeto, orçado em Us$ 6 bilhões (ou quase R$ 14 bilhões).

O valor da inscrição, que só pode ser feita por quem tem 18 anos ou mais, varia de acordo com o país. Nos EUA a taxa é de US$ 38 (ou cerca de R$ 86), sendo que no México o valor é menor – US$ 15 (ou aproximadamente R$ 34).

Patrocínio

O site oficial do Mars One iniciou no começo do mês a exibição de um documentário – o One Way Astronaut (Astrounata sem volta) – que explica o projeto em detalhes para aqueles que se dispuserem a morar em Marte. No entanto, para assistir ao filme, o internauta também precisa pagar – US$ 2,95 (R$ 6,79) para visualização online ou US$ 4,95 (R$ 11,32) para download.

Todos os valores são justificados como doações para financiar os quase R$ 14 bilhões descritos como necessários para construir as estações para habitação em Marte, além de financiar o custo da própria viagem, que de acordo com o site da missão, levará sete meses e será "o próximo grande passo da humanidade".

Em janeiro, o Mars One divulgou em anúncio oficial do próprio site que o Interplanetary Media Group - empresa que gerencia todos os investimentos de propriedade intelectual e mídia do projeto - também recebeu os primeiros investimentos privados cujo valor não foi divulgado. De acordo com o site da missão, o fundo irá financiar os custos de pesquisa e o processo de seleção do Mars One.

Seleção

Até agora, o site do projeto confirma ter recebido inscrições de mais de 120 países, incluindo o Brasil, EUA, China, Rússia, México, , Canadá, Colômbia, Argentina e Índia.

“O Mars One é uma missão representando toda a humanidade e seu verdadeiro espírito será justificado apenas se pessoas de todo o mundo estiverem representadas. Eu me orgulho de ver exatamente isso acontecendo”, disse Lansdorp em artigo publicado no site do Mars One.

Os futuros astronautas da missão serão escolhidos em 4 etapas.​

Na primeira, a seleção é feita com base no currículo, carta de intenção e vídeo enviado pelo candidato. Na segunda fase, os candidatos devem apresentar atestado médico e físico e se encontrarão com comitês regionais da missão para entrevistas.

Na terceira etapa, o processo passa para o nível nacional, de onde sairá um candidato por país selecionado. Essa etapa será transmitida pela TV e internet em cada país participante e o público desses países decidirá o próprio representante dentre um grupo de 20 a 40 candidatos por nação.


Na etapa final, os candidatos restantes, que precisam se comunicar bem em inglês, participarão de um evento transmitido pela TV em todos os países participantes para selecionar apenas 24 astronautas.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Sol concluirá inversão de campo magnético nos próximos meses


Nos próximos três a quatro meses o campo magnético do Sol completará uma inversão de polaridade, um processo que ocorre dentro de um ciclo de 11 anos que está quase na metade, informou nesta quarta-feira a Nasa (agência espacial americana).

"Esta mudança terá repercussões em todo o Sistema Solar", disse o físico solar Todd Hoeksema, da Universidade de Stanford (Califórnia), em declarações para a agência espacial. A inversão de polaridade - norte e sul trocam de posição - ocorre quando o dínamo magnético interno do Sol se reorganiza.

Durante essa fase, que os físicos denominam máximo solar, as erupções de energia podem aumentar os raios cósmicos e ultravioleta que chegam à Terra, e isto pode interferir nas comunicações de rádio e afetar a temperatura do planeta.

Hoeksema é diretor do observatório Solar Wilcox, de Stanford, um dos poucos observatórios do mundo que estudam os campos magnéticos do Sol e cujos magnetogramas observaram o magnetismo polar da estrela a partir de 1976, desde quando já foram registrados três ciclos.
Phil Scherrer, outro físico solar em Stanford, disse que "os campos magnéticos polares do Sol se debilitam, ficam em zero, e depois emergem novamente com a polaridade oposta. É parte regular do ciclo solar".


O alcance da influência magnética solar, conhecida como heliosfera, se estende a bilhões de quilômetros além de Plutão, e as sondas Voyager, lançadas em 1977, que agora rondam o umbral do espaço interestelar, captam essa influência.

Descoberto recentemente, planeta rosa tem tamanho similar a Júpiter


Nasa divulgou ilustração do exoplaneta GJ 504b. Ele fica a 57 anos-luz do nosso Sistema Solar.

A Nasa, agência espacial americana, divulgou, nesta quarta-feira (7), uma ilustração que mostra o exoplaneta (planeta fora do Sistema Solar) GJ 504b, descoberto recentemente, de cor rosa. Ele fica a 57 anos-luz da Terra e orbita uma estrela não muito diferente do nosso Sol. O GJ 504 tem o tamanho aproximado de Júpiter, mas massa quatro vezes maior, por ser mais denso. Sua idade é de cerca de 160 milhões de anos, estima a Nasa.

Perseidas terão máxima intensidade na meia-noite de segunda-feira
 

A anual chuva de meteoros das Perseidas, conhecida popularmente como as "lágrimas de San Lorenzo", alcançará sua máxima intensidade na meia-noite do dia 12 de agosto, disse nesta quarta-feira o Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC).

As Perseidas poderão ser vistas com maior intensidade na madrugada de 12 para 13, uma vez que seu ponto radiante, localizável na direção nordeste, saia sobre o horizonte por volta das 23h30 local (18h30, horário de Brasília) nas ilhas Canárias, no Atlântico, segundo informou o IAC em comunicado.

Assim, a Lua estará em fase crescente e será ocultada no momento no qual será possível avistar os meteoros, por isso que o IAC assegura que o satélite natural da Terra "não será um obstáculo para sua observação".

As estrelas cadentes, lembra o centro de pesquisa, são pequenas partículas de pó de diferentes tamanhos, algumas menores que grãos de areia, que são deixadas pelos cometas ao longo de suas órbitas ao redor do Sol.

Quando um cometa se aproxima de regiões interiores do Sistema Solar, seu núcleo, formado por gelo e rochas, se sublima devido à ação da radiação solar e gera as características caudas de pó e gás, e a corrente de partículas resultante se dispersa pela órbita do cometa e é atravessada todos os ano pela Terra em seu percurso ao redor do Sol.

É neste encontro, quando as partículas de pó se desintegram ao entrar em grande velocidade na atmosfera terrestre, onde os conhecidos traços luminosos recebem o nome científico de meteoros, explica o comunicado.

A cada ano, a Terra cruza a órbita do cometa Swift-Tuttle, que passou próximo do Sol pela última vez em 1992.


A chuva de meteoros produzida costuma ter sua máxima atividade entre 12 e 13 de agosto, mas o fenômeno é apreciável em menor intensidade desde a segunda metade de julho até finais de agosto.

Par incomum de nuvens de gás é registrado em galáxia vizinha


Astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) registraram com o uso de telescópio uma intrigante região de formação estelar na Grande Nuvem de Magalhães - uma das galáxias satélite da Via Láctea.

A imagem, divulgada nesta quarta-feira, mostra duas nuvens distintas de gás brilhante: a NGC 2014, em tons de vermelho, e a sua companheira azul, a NGC 2020. Embora muito diferentes, ambas foram esculpidas pelos mesmos ventos estelares fortes ejetados por estrelas recém-nascidas extremamente quentes, que emitem também radiação responsável por fazer brilhar intensamente o gás.

A Grande Nuvem de Magalhães forma novas estrelas ativamente. Algumas das suas regiões de formação estelar podem incluse ser vistas a olho nu, como a famosa Nebulosa da Tarântula. Na imagem, a nuvem de tom rosado (NGC 2014) é brilhante e essencialmente constituída por hidrogênio gasoso, que contém um enxame de estrelas quentes jovens. A radiação energética emitida por essas estrelas produz o característico brilho avermelhado.

Além dessa radiação forte, as estrelas jovens de grande massa produzem igualmente fortes ventos estelares que fazem com que eventualmente o gás em torno delas se disperse e se afaste. À esquerda do enxame principal, uma única estrela muito quente e brilhante parece ter dado inicio a esse processo, criando uma cavidade que se encontra rodeada por uma estrutura semelhante a uma bolha, chamada NGC 2020. A distinta cor azulada desse objeto é também criada por radiação emitida pela estrela quente.

As diferentes cores da NGC 2014 e da NGC 2020 são o resultado tanto da diferente composição química do gás circundante como das temperaturas das estrelas, que fazem com que o gás brilhe. As distâncias entre as estrelas e as respectivas nuvens de gás desempenham também um papel importante nesse processo.


A Grande Nuvem de Magalhães situa-se a apenas cerca de 163 mil anos-luz de distância da nossa galáxia, a Via Láctea - o que, a uma escala cósmica, significa que está muito próxima. Esta proximidade a torna um alvo importante para os astrônomos, já que pode ser estudada com muito mais detalhe do que outros sistemas mais afastados.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Em 1 ano, Curiosity vê indícios de água e vida microbiana no passado de Marte


A sonda Curiosity completa um ano em Marte nesta terça-feira. Em metade do tempo previsto para sua missão principal, o jipe-robô já detectou que o planeta pode ter abrigado vida no passado.

"Os sucessos da nossa Curiosity - aquele dramático pouso um ano atrás e as descobertas científicas desde então - nos levam adiante na exploração espacial, em direção ao envio de humanos para asteroides e para Marte", afirma o diretor da Nasa, Charles Bolden. "Marcas de pneus hoje vão nos levar a pegadas de botas mais tarde".

Entre esses sucessos, quatro descobertas se destacam, de acordo com Duilia Fernandes de Mello, professora associada da Universidade Católica da América, de Washington, e pesquisadora associada do Goddard Space Flight Center, da Nasa: “Inspeção de pedras que parecem ser do leito de um riacho extinto, confirmação de que Marte teve água no passado, análise da composição química das rochas marcianas e confirmação de que Marte já teve condições de abrigar vida microbiana”.

Para esses avanços, a Curiosity coletou 190 gigabits de dados, enviou 36,7 mil imagens completas à Terra, disparou mais de 75 mil vezes seu raio laser, perfurou e coletou material de duas rochas e percorreu mais de 1,6 quilômetros de distância.

Primeiro sucesso

​Em uma missão desse tamanho, até o pouso pode ser considerado uma conquista. Da década de 1960 até hoje, a taxa de sucesso do envio de sondas a Marte fica abaixo de 50%. E a Curiosity não é uma sonda qualquer: o jipe-robô custa US$ 2,5 bilhões, carrega aparato científico delicado e pesa quase 1 tonelada. Mesmo assim, após se desvencilhar da nave que a levou até o planeta vermelho, a representante terrestre atingiu a Cratera de Gale intacta às 2h32 do dia 6 de agosto de 2012.

Depois da viagem de oito meses e 570 milhões de quilômetros da Terra até Marte, o trabalho da sonda estava só começando. Seus objetivos eram claros: analisando o clima, a geologia e a habitabilidade de Marte, constatar se há ou se já houve vida em Marte e coletar o máximo de dados para determinar se será viável uma missão tripulada ao planeta vermelho no futuro.


Na Terra, angústia. Imediatamente após o pouso, dezenas de cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, na Califórnia, aguardavam em silêncio o anúncio de que a sonda havia descido com segurança. Em imagens transmitidas pela agência, ouviram-se os gritos que eclodiram pela sala ante a confirmação. Braços para o alto, choro, pulos na cadeira, abraços. “Oh god”, disse um. “Vamos ver até onde a Curiosity vai nos levar”, falou outro.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Cientista diz que há 3,5 bilhões de anos era possível beber água em Marte


Há 3,5 bilhões de anos, os seres humanos poderiam ter bebido água do planeta Marte e vivido ali por muito tempo, afirmou neste domingo o cientista da Nasa Joahn Grotzinger.

Em declarações ao jornal La Tercera, Grotzinger destacou que um ano depois que o robô Curiosity chegou com sucesso ao planeta vermelho, "descobriu que é um meio ambiente similar à Terra, em que se os seres humanos teriam estado há 3,5 bilhões de anos e poderiam ter enchido um copo de água e provavelmente bebê-la".

O investigador indicou que o passo mais importante até agora foi descobrir, a partir da análise de rochas no planeta, que existiu um meio ambiente propício para a vida e que persistiu por centenas ou milhares de anos.

O cientista americano ressalta que nesta terça-feira o robô completará um ano em Marte - planeta que é circundado por dois satélites-, onde em poucos meses conseguiu várias das metas propostas na missão de dois anos: caracterizar a água e a atmosfera e achar meio ambientes que no passado puderam suportar a vida.

Desde então, se transformou na missão mais popular da agência espacial americana. Tem uma conta com mais de 1,3 milhão de seguidores no Twitter e o Curiosity foi postulado como personagem do ano pela revista Time.

"Foi um ano muito bom. Pudemos aterrissar, que era algo sobre o qual todos estávamos nervosos e depois de oito meses conseguimos a meta primária da missão: que a água não era ácida como as missões anteriores detectaram, mas tinha um PH (potencial hidrogênio) neutro", disse.

Grotzinger afirmou que embora Marte tenha perdido umidade e hoje seja um deserto frio, as análises do Curiosity mostram que "pôde ser um local onde microorganismos teriam vivido facilmente".

O cientista explica que o robô realiza atualmente sua viagem mais longa na superfície de Marte. O trajeto foi iniciado em 4 de julho e deverá percorrer oito quilômetros rumo ao monte Sharp, uma montanha de 5.500 metros, em um deslocamento que poderá durar entre sete e nove meses.

"Será uma longa viagem, nos deteremos em algumas ocasiões para fazer medições, mas estamos comprometidos em dirigir ao monte o mais rápido possível", comentou.

O cientista explicou que a ideia original da viagem era aterrisar próximo de sua base, no centro da cratera Gale, pois as imagens do planeta tomadas desde a órbita mostram camadas e camadas no terreno que falam de diferentes idades geológicas, além de cores de minerais que poderia ter água.


Grotzinger, chefe da missão do Curiosity, acredita que nessa zona do planeta Marte, o quarto planeta do sistema solar mais próximo ao sol, há mais possibilidades de encontrar meio ambientes habitáveis.

domingo, 4 de agosto de 2013

Curiosity completa um ano em Marte; veja vídeo de seu trajeto


A agência espacial americana (Nasa) divulgou um vídeo que mostra, em dois minutos, o trajeto percorrido pelo robô Curiosity durante um ano de exploração em Marte. As imagens foram liberadas nesta sexta-feira (2).

O robô está prestes a completar um ano no planeta vermelho - ele pousou no dia 5 de agosto de 2012. Desde então, cumpriu seu principal objetivo científico, de acordo com a agência espacial: identificar evidências de que Marte teve condições de abrigar vida no passado.

O Curiosity já enviou mais de 70 mil imagens e 190 gigabits de informações para a Terra; já lançou mais de 75 mil raios laser na superfície marciana, para analisar e explorar o planeta; já coletou amostras de ao menos duas rochas e já percorreu mais de 1,5 km no planeta vermelho.

O "laboratório móvel", como é chamado pela Nasa, também está realizando estudos que no futuro vão ajudar os seres humanos a concretizar explorações planetárias.


"As marcas do veículo de hoje vão levar à pegadas de botas no futuro", disse o diretor da Nasa, Charles Bolden, em nota lançada pela instituição. "O sucesso do Curiosity - do pouso dramático, há um ano atrás, até as descobertas científicas - nos fazem pensar em futuras expedições, inclusive em enviar humanos para um asteróide e para Marte", afirmou.


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Premier russo ameaça demitir chefe de agência espacial após falhas


O primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, publicou esta sexta-feira uma reprimenda oficial ao diretor da agência espacial russa, Roscosmos, na qual o adverte para o risco de ser demitido, depois de uma série de constrangedoras falhas no lançamento de foguetes.

A reprimenda oficial representa, sobretudo, um alerta ao diretor da Roscosmos, Vladimir Popovkin, de que ele poderá ser demitido caso não corrija as falhas na execução de seu trabalho.

"O chefe da agência espacial federal, Vladimir Popovkin, precisa receber uma reprimenda por executar inadequadamente suas tarefas profissionais", destacou o documento, assinado por Medvedev, e divulgado pelo governo russo.

Em 2 de julho, a Rússia sofreu um de seus piores reveses espaciais dos últimos anos, quando um foguete Proton-M, levando a bordo um satélite de navegação, explodiu logo após o lançamento no cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.

O fracasso ocorreu depois que uma série de lançamentos não tripulados mal executados nos últimos dois anos mancharam seriamente a reputação do programa espacial russo.

Após a aposentadoria dos ônibus espaciais americanos, a Rússia é hoje o único país capaz de transportar humanos para a Estação Espacial Internacional (ISS) e de lá de volta para a Terra.

Popovkin, ex-funcionário do Ministério da Defesa, é o encarregado principal da Roscosmos desde abril de 2011.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

ESA publica novas evidências da presença de água em Marte


A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) divulgou nesta quinta-feira novas imagens de uma cratera de Marte na qual se observam mais evidências de uma presença anterior de água no planeta vermelho.

As fotografias foram tiradas em janeiro pela sonda europeia Mars Express, em funcionamento desde 2003, e mostram o que foram as áreas montanhosas de Marte, uma região alguns graus ao sul do equador do planeta.

Nas fotografias se distingue uma cratera de 34 quilômetros de diâmetro com vários blocos de pedra que, segundo a ESA, se formaram com a sedimentação de partículas dissolvidas em água depois de uma inundação, deixando assim uma forma "caótica".

Outras evidências da presença de líquido nesta região são a marca de um pequeno e sinuoso rio, assim como vários deslizamentos de terra que poderiam ter sido formados pela presença de água que teria debilitado as paredes da cratera.


No entanto, não apenas a água teria intervindo na orografia desta região mas também erupções vulcânicas, como demonstram as cinzas que cobrem a parte esquerda da cratera.