Com brilho 25 mil vezes maior, estrela pode ser vista a olho nu
A Nasa, agência espacial americana, anunciou na última
semana a descoberta de uma estrela “nova” dentro da constelação de Delphinus. A
Nova Delphini 2013 foi vista pelo astrônomo amador japonês Koichi Itagaki, que
vasculhava o céu com um telescópio no dia 14 de agosto.
O astrofísico da UFSCar Gustavo Rojas, doutor em Astronomia,
explica que apesar de o termo ‘nova’ ser usado para descrever a estrela, ela já
havia sido catalogada. “Trata-se de um sistema binário, ou seja, de duas
estrelas. Uma delas é uma ‘anã branca’, uma estrela que já se apagou e que
começou a ‘pegar’ matéria de uma outra estrela”, explica. O resultado é o
aumento drástico no brilho.
“Como a estrela aumenta muito de brilho, as pessoas começam
a notá-la onde antes não se via nada. Por isso antigamente as pessoas achavam
que se tratava de uma estrela nova quando, na verdade, ela já havia sido
descoberta”, diz Rojas.
A estrela, fotografada na última sexta-feira pela internauta
Meire Ruiz, de Itanhaém, no litoral sul de São Paulo, pode ser visto a olho nu.
“Em boas condições é possível observar a estrela no céu, mas provavelmente
apenas por algumas semanas até que ela se apague novamente”, afirma o
astrofísico.
Segundo a Nasa, o brilho aparente da estrela aumentou
repentinamente em 25 mil vezes. Rojas explica que o aparecimento de uma ‘nova’
é relativamente comum. “Surgimento de ‘novas’ acontecem todo o ano, mas
geralmente não são tão brilhantes, nem visíveis a olho nu”, conta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário... (: