terça-feira, 29 de janeiro de 2013


Nasa recebe pesquisas para melhorar estação espacial


A Agência Espacial Americana abriu oportunidade para pesquisadores de todo o mundo que queiram apresentar propostas de como melhor utilizar a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). As ideias inovadoras podem ser encaminhadas até o final de setembro. Maiores informações estão disponíveis no site da Nasa.

"Essa é uma oportunidade para pesquisadores, inventores e designer de demonstrar novas tecnologias que podem beneficiar os voos espaciais e melhorar a capacidade da estação em explorar o espaço", disse nesta segunda-feira Andrew Clem, membro do gabinete de tecnologia do Programa da Estação Espacial. Segundo ele, a Nasa vai financiar todas as pesquisas dos modelos selecionados e a sua implementação.

Além de projetos para melhorar as atividades dos astronautas no espaço, garantindo a segurança de todas as operações, também serão aceitas iniciativas que tenham como objetivo usar o ambiente sem gravidade para pesquisas científicas que possam resultar em benefícios para a população mundial.

Há 46 anos, astronautas da Apollo 1 morriam presos em cápsula


A caminhada das missões Apollo rumo à Lua começou em 1967 com um passo em falso. Durante um teste de uma cápsula, três astronautas - Gus Grissom, Ed White e Roger Chaffee - morreram devido a um incêndio no equipamento, em 27 de janeiro daquele ano.

O teste ocorreria um mês antes do lançamento que estava programado. Contudo, uma falha deu início ao fogo e as portas da cápsula não se abriram para a saída dos astronautas, que ficaram presos. A primeira Apollo deveria orbitar a Terra por 14 dias para testar o equipamento que levaria o homem à Lua, inclusive o gigantesco foguete Saturn (no caso, o IB, irmão menor do V, que nos impulsionaria ao nosso satélite natural).

Curiosamente, a missão se chamou Apollo 1 apenas após a tragédia. George E. Mueller, administrador para Missões Tripuladas da Nasa na época, foi quem tomou a decisão em homenagem às vítimas. Ele determinou ainda que o próximo lançamento receberia o número 4 - curiosamente, nenhuma missão jamais foi nomeada Apollo 2 ou 3.

O Saturn IB foi testado apenas na Apollo 6 - com falhas no primeiro e terceiro estágios - e somente na missão seguinte é que ele levaria astronautas.

Além da Apollo 1, outras duas grandes tragédias marcaram a conquista espacial americana. A nave Challenger se desintegrou em 28 de janeiro de 1986, pouco mais de um minuto após seu lançamento no Centro Espacial Kennedy. Entre os sete tripulantes que morreram estava Christa McAuliffe, uma professora que fazia parte de um projeto da Nasa para levar a ciência aos estudantes.

A tragédia causou um grande impacto na sociedade americana, o que levou a Nasa a realizar uma revisão em todos os seus sistemas e procedimentos centrada na segurança. No entanto, em fevereiro de 2003, os Estados Unidos enfrentaram outra tragédia espacial, quando os sete tripulantes da nave Columbia morreram no momento em que entravam na atmosfera terrestre.

sábado, 26 de janeiro de 2013


Hubble detecta nuvens de gás que formam estrelas em galáxia vizinha


O telescópio Hubble, da agência espacial americana Nasa, registrou enormes nuvens de gás que entram em colapso e formam novas estrelas na Grande Nuvem de Magalhães, galáxia anã vizinha da Via Láctea, a cerca de 200 mil anos-luz da Terra.

Os astros recém-nascidos, por sua vez, iluminam as nuvens em diferentes cores. A região mostrada na imagem abaixo é chamada LHA 120-N 11. As partes mais brilhantes da foto são denominadas NGC 1769 (no centro) e NGC 1763.

Ainda no meio da imagem, aparece uma mancha escura que encobre grande parte da luz. Essas nuvens de poeira contêm elementos químicos mais pesados e complexos, capazes de formar planetas rochosos como a Terra. Elas se parecem com fumaça e são formadas pelo material expulso por gerações anteriores de estrelas, ao morrerem.

Os dados da foto acima foram identificados pelo professor de astronomia americano Josh Lake, de Connecticut, na competição "Hubble's Hidden Treasures" (Tesouros Escondidos do Hubble, em inglês). O concurso convidou os inscritos a descobrir dados científicos inéditos ao analisar o imenso arquivo do Hubble, e a transformá-los em imagens impressionantes.

Lake ganhou o primeiro prêmio com essa imagem, que contrasta a luz incandescente de hidrogênio e nitrogênio na LHA 120-N 11. O registro combina dados identificados em exposições feitas em luz azul, verde e próximo ao infravermelho.

Segundo os astrônomos, a Grande Nuvem de Magalhães está localizada em uma posição ideal para estudar fenômenos que envolvem a formação de estrelas. Isso porque ela fica suficientemente longe da Via Láctea para não ser ofuscada pelo brilho de corpos celestes próximos ou pela poeira do centro da nossa galáxia. Além disso, está quase de frente para nós, o que facilita a observação.

Erupção solar pode causar tempestade geomagnética na Terra


O observatório solar STEREO detectou uma erupção solar que viaja rumo à Terra a 600 quilômetros por segundo e que pode causar uma tempestade geomagnética, informou nesta quinta-feira a Nasa (agência especial americana).

O Observatório de Relações Terrestres (STEREO), que a Nasa enviou em 2006 para estudar como o fluxo de energia e a matéria solar afeta à Terra, e o Observatório Heliosférico e Solar (SOHO) detectaram a erupção ontem.

Este fenômeno pode enviar partículas solares e alcançar a Terra até três dias depois provocando uma "tempestade geomagnética" que pode afetar as redes elétricas e os sistemas de telecomunicações.

A Nasa explicou que no passado outras ejeções solares com esta velocidade não causaram tempestades geomagnéticas "substanciais", mas deixaram sua marca com auroras visíveis nos pólos.

Nesta ocasião, segundo a Nasa, parece "pouco provável" que a tempestade afete os sistemas elétricos na Terra ou cause interferências nos aparelhos de GPS ou nos satélites de comunicações.

No entanto, recomenda estar pendente da informação do centro de meteorologia espacial da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA) dos Estados Unidos.

O telescópio da Nasa High Resolution Coronal Imager (Hi-C), lançado em 2012 para estudar a coroa do Sol, sua parte mais quente, acaba de descobrir como o Sol acumula e libera energia.

O telescópio foi capaz de captar fios de plasma magnéticos nas camadas exteriores do Sol, o que representa a primeira evidência clara da transferência de energia do campo magnético do Sol a sua coroa, algo que até agora era apenas teoria.

Estas observações ajudarão os cientistas a elaborar melhores prognósticos do clima espacial, já que a evolução do campo magnético na atmosfera solar impulsiona todas as erupções solares, que podem chegar à atmosfera e causar estas tempestades.

Empresa lançará sondas para explorar recursos dos asteroides


A empresa americana Deep Space Industries anunciou esta terça-feira o lançamento, a partir de 2015, de uma frota de sondas para pesquisar e explorar os minerais e outros recursos que os asteroides que viajam nas proximidades da Terra contenham.

"Utilizar os recursos que estão no espaço é a única maneira de poder assegurar um desenvolvimento espacial sustentável", avaliou o diretor da empresa, David Gump.

"Descobrimos mais de 900 novos asteroides que passam perto da Terra a cada ano e estes corpos celestes podem ser tão importantes para as atividades espaciais deste século como foram as jazidas mineradoras de Minnesota para a indústria automobilística de Detroit no século XX", explicou Gump em um comunicado.

A Deep Space Industries começará a avaliar alvos potencialmente promissores para a exploração de minerais com pequenos aparelhos espaciais de 25 quilos, denominados "FireFlies" (vaga-lumes), o primeiro deles com previsão de lançamento em 2015 para missões de duas a seis semanas.

A empresa, em fase de busca de clientes e investidores, trabalha com a Nasa e outras empresas e organizações para identificar os asteroides que representem os objetivos mais promissores.

Estas sondas serão econômicas, afirmou a Deep Space Industries, explicando que serão fabricadas a partir de elementos miniaturizados de satélites a baixo custo, os "satélites cubo", e serão postos em órbita a um preço acessível a bordo de lançadores usados para transportar grandes satélites de comunicações.

"Podemos fazer sondas especiais incríveis de pequeno porte e de baixo custo mais rápido do que nunca", explicou o presidente da empresa, Rick Tumlinson.

A partir de 2016, a empresa começará a lançar sondas mais pesadas, de 32 quilos, as "Dragonflies" (libélulas), capazes de alcançar um asteroide e trazer de volta à Terra amostras de 27 a 68 quilos durante uma viagem de dois a quatro anos, segundo o objetivo.

A Deep Space é a segunda empresa a se lançar na prospecção e na exploração de minerais procedentes de asteroides após a Planetary Resources, criada em abril de 2012 pelo presidente da gigante da internet Google, Larry Page, e pelo cineasta James Cameron.

Em 15 anos, lançaremos sonda para exoplaneta, acredita cientista


Vinte anos atrás, aprendia-se, em sala de aula, que havia nove planetas. Naquela época, só se falava em Sistema Solar. Algum tempo depois, Plutão caiu fora da lista - agora é apenas um planeta-anão. No início deste ano, uma descoberta pode dar trabalho para ser explicada pelos professores no futuro.

Um estudo indica que uma em cada seis estrelas parecidas com o Sol tem planetas do tamanho da Terra , constatados por meio do observatório espacial Kepler, da Nasa, a agência espacial americana. Com a devida análise dos dados, a conclusão foi ainda mais aterradora: existem ao menos 17 bilhões de planetas do tamanho da Terra na Via Láctea e em uma órbita similar à de Mercúrio.

Os detalhes sobre a descoberta foram revelados por Francois Fressin, pesquisador do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, durante uma conferência em Long Beach, na Califórnia, além de serem publicados na revista acadêmica The Astrophysical Journal. Não tardou para surgirem especulações acerca da possibilidade de vida nesses outros planetas. Natalie Batalha, cientista da missão Kepler no Centro de Pesquisa Ames da Nasa, advertiu, porém, em entrevista ao Terra, que esse tipo de afirmação é muito precoce - mas que as novidades são muito relevantes e devem resultar outras importantes descobertas. "Não existe absolutamente nada confirmado em relação a isso (vida fora da Terra). O nosso próximo passo é exatamente provar a necessidade de enviar talvez um telescópio espacial para outro sistema solar para provar a existência de oxigênio ou alguma evidência de vida nesses lugares", revelou Natalie.

A cientista ainda explicou que as revelações foram possíveis por meio do fotômetro do observatório Kepler, o qual mostrou a geometria dos planetas e como eles realizam a órbita. Conforme Natalie, esses "novos" planetas estariam a cerca de quatro anos-luz da Terra. Com base nas tecnologias e distâncias, ela prevê missões a outro sistema solar em menos de 15 anos. "Bastaria mandar (para o espaço) um dispositivo do tamanho de um celular. A tecnologia ainda não existe, mas é algo fácil se for uma prioridade. Já estamos inspirando pessoas", comemorou a cientista.

Já Francois Fressin, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, destacou que é possível a existência de formas de vida extraterrestres por conta de indícios de água líquida nesses planetas de tamanho similar ao da Terra. "Existem até indicações de que eles são rochosos. Não há nada confirmado, mas estamos na direção certa", disse ao Terra Fressin, que, por outro lado, prevê uma missão de robôs a outro sistema solar até o fim deste século.

Além da descoberta de planetas de tamanho similar ao da Terra, pesquisadores amadores do Planethunters.org e voluntários da Universidade de Oxford alegam que encontraram ao menos dois novos planetas por meio do Observatório Kepler. Um planeta foi batizado de PH2B e seria similar a Júpiter, com um grande potencial de possuir vida. Para o pesquisador da Universidade de Oxford Chris Lintott, a novidade é espantosa.

"Há uma obsessão normal em encontrar planetas como a Terra, mas descobrir um planeta como o PH2B é algo bem mais estranho. Se esses planetas tiverem luas do tamanho da Terra, serão mundos com rios, lagos e todos os tipos de habitats. Astrônomos profissionais estão sendo resgatados por voluntários", afirmou Lintott. O site Planet Hunters, esforço colaborativo entre a Universidade de Yale e a Zooniverse, aceita voluntários para analisar os dados do observatório: "O Observatório Kepler é uma das ferramentas mais poderosas para a caça de novos planetas fora do Sistema Solar. Os computadores da equipe do Kepler estão analisando todos os dados, mas nós estamos apostando que alguns planetas só poderão ser detectados pela notável habilidade humana de reconhecimento de padrões".

O Observatório Kepler foi lançado pela Nasa no dia 7 de março de 2009 especialmente para encontrar planetas similares à Terra e permaneceu ativo até o dia 15 de janeiro deste ano. O observatório é parte do programa Discovery, da Nasa, lançado em 1992 com o objetivo de criar projetos de custo mais baixo para melhorar o entendimento do Sistema Solar. A administração localiza-se no Centro de Pesquisa Ames, sediado em Mountain View, na Califórnia.

A missão Kepler deve ser estendida em função de dificuldades de análise e processamento por conta do enorme volume de dados coletados pelo telescópio. Entre outras recentes descobertas, está a revelação de que a Via Láctea é uma galáxia espiral com estrelas, gás, com uma barra central e dois braços espirais, que são chamadas de "ossos internos". Tudo era mais simples quando Plutão ainda era um planeta.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013


Cientistas encontram evidências de um antigo lago em Marte


Uma nave espacial norte-americana que orbita Marte encontrou evidências da existência de um antigo lago de cratera alimentado por águas subterrâneas, o que respalda as teorias de que o planeta vermelho pode ter abrigado vida. A informação foi divulgada pena NASA neste domingo.

Informações obtidas pelo espectrômetro Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) mostram vestígios de carbonato e minerais de argila, geralmente formados na presença de água, na parte inferior da cratera McLaughlin, a 2,2 quilômetros de profundidade.

"Estas novas observações sugerem a formação de carbonatos e argila em um lago alimentado por águas subterrâneas na bacia fechada da cratera", informou a NASA sobre as descobertas, publicadas na edição online da revista Nature Geoscience.

"Algumas pesquisas propõem que o interior da cratera captura na água", disse a agência espacial norte-americana e acrescentou que "na zona subterrânea poderia ter havido ambientes úmidos e potenciais hábitat". "A cratera carece de canais de grande afluência, por isso, o lago era provavelmente alimentado por águas subterrâneas", disseram os cientistas.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013


Curiosity se prepara para primeira perfuração marciana


O rover Curiosity da NASA está se aproximando de uma rocha plana com veias pálidas que podem conter pistas de um passado molhado no Planeta Vermelho. Se a rocha for aprovada pelos engenheiros do rover quando o Curiosity chegar, será a primeira a ser perfurada para o recolhimento de amostras pelo veículo. 

Com o tamanho de um carro, o Curiosity encontra-se dentro da Cratera Gale, investigando se o planeta já teve condições favoráveis para a vida microbiana. O Curiosity aterrissou na cratera há cinco meses para levar a cabo uma missão principal de dois anos. 

"A perfuração de uma rocha para recolha de amostras será a atividade mais difícil da missão desde a aterrissagem. Nunca foi feita em Marte antes," afirma Richard Cook, gestor do projeto MSL (Mars Science Laboratory) do JPL da NASA em Pasadena, no estado americano da Califórnia. "O hardware da broca interage energeticamente com o material marciano que nós não controlamos. Não vamos ficar surpresos se alguns passos do processo não saírem da primeira vez exatamente como planejado." 

A rocha escolhida encontra-se numa área onde o instrumento Mastcam do Curiosity, bem como outras câmaras, revelaram características diversas e inesperadas, incluindo veias, nódulos, camadas cruzadas, um seixo brilhante embebido em arenito e, possivelmente, alguns buracos no chão. 

A rocha escolhida para perfuração tem o nome "John Klein", em homenagem ao ex-vice gestor do projeto John W. Klein, que morreu em 2011. 

O alvo encontra-se num leito rochoso e plano dentro de uma depressão rasa chamada "Yellowknife Bay". O terreno nesta área é diferente do terreno no local de aterrissagem do rover, um antigo leito de rio cerca de 500 metros para Oeste. A equipe científica do Curiosity decidiu este local como primeiro alvo de perfuração porque as observações orbitais mostram terrenos fraturados que arrefecem todas as noites mais lentamente do que terrenos próximos. 

"O sinal orbital nos atraiu aqui, mas o que encontramos quando chegamos foi uma grande surpresa," afirma John Grotzinger, cientista do projecto MSL do Instituto de Tecnologia da Califórnia. "Esta área tinha um tipo de ambiente úmido diferente do que o leito do rio onde pousamos." 

Uma linha de evidência vem da inspeção de veias claras com o laser pulsante do ChemCam, que encontrou níveis elevados de cálcio, enxofre e hidrogênio. 

"Estas veias são provavelmente constituídas por sulfato de cálcio hidratado, como bassinite ou gipsita," afirma Nicolas Mangold, membro da equipa do ChemCam e do Laboratório de Planetologia e Geodinâmica em Nantes, França. "Na Terra, veias como estas requerem água que circula em fraturas." 

Os cientistas têm usado o MAHLI (Mars Hand Lens Imager) do rover para examinar rochas sedimentares na área. Algumas são de arenito, com grãos do tamanho de grãos de pimenta-preta. Um grão tem um brilho interessante, com uma forma que cativou a Internet pois parecia uma "flor de Marte". Outras rochas na área circundante têm siltito, com grãos mais finos do que açúcar de confeiteiro. Estes diferem significativamente do conglomerado de rochas de cascalho na área de aterrissagem. 

"Todas estas rochas são rochas sedimentares, e dizem-nos que Marte tinha ambientes que ativamente depositavam aqui material," acrescenta Aileen Yingst, vice-investigadora principal do MAHLI e do Instituto de Ciências Planetárias em Tucson, Arizona, EUA. "Os diferentes tamanhos dos grãos nos dizem mais as diferentes condições de transporte. 

Fonte: http://www.astronews.com.br/WebSite/index.php?Page=NewsDetail&Id=1380

Sonda descobre restos de possível rio em solo marciano


Imagens de uma região em Marte com uma estrutura que lembra o curso de um rio foram divulgadas nesta quinta-feira pela sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês). Cientistas acreditam que o local - chamado Reull Vallis - foi formado quando água corrente fluiu por ali, em um passado distante no solo marciano. 

O possível rio cortou um canal através da formação montanhosa Promethei Terra antes de chegar à imensa Bacia de Impacto Hellas, no hemisfério sul do planeta. 

A estrutura sinuosa se estende por quase 1,5 mil quilômetros e é flanqueada por inúmeros afluentes, um dos quais pode ser observado cortando o vale principal em direção ao norte. As imagens divulgadas hoje mostram ainda uma região do Reull Vallis onde o canal descoberto tem quase 7 quilômetros de largura e 300 metros de profundidade. 

Acredita-se que a passagem de detritos e gelo durante o período Amazoniano (a época geológica mais recente de Marte) criou paisagens muito íngremes no Reull Vallis - o que também pode ter ocorrido devido ao fluxo glacial ao longo do canal. Essas estruturas, no entanto, foram formadas muito depois da possibilidade de água em estado líquido ter corrido pela região, o que os cientistas acreditam que ocorreu durante o período Hesperiano, que acabou entre 3,5 bilhões e 1,8 bilhão de anos atrás. 

Fonte: http://www.astronews.com.br/WebSite/index.php?Page=NewsDetail&Id=1379

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013


Telescópio registra brilho de novas estrelas sob camada de poeira


O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) divulgou nesta quarta-feira uma dos melhores registros já feitos de um berçário de novas estrelas brilhantes em meio a uma camada de poeira cósmica. A imagem foi feita pelo telescópio MPG, situado no Observatório de La Silla, no Chile.

No lado esquerdo da imagem aparece a nuvem de poeira, que está ligada ao pequeno grupo de estrelas brilhantes, registrado do lado direito da foto. A poeira cósmica é um berçário onde nascem as novas estrelas.

 "À medida que as estrelas tornam-se mais quentes e brilhantes, a intensa radiação que emitem, assim como os ventos estelares, limpam as nuvens à sua volta, até que finalmente aparecem com todo o brilho", informou o observatório após análise dos dados coletados.

 Segundo o ESO, é provável que o Sol tenha se formado em um berçário de estrelas semelhante ao da imagem, há mais de 4 mil milhões de anos. A nuvem, conhecida como Lupus 3, situa-se a cerca de 600 anos-luz de distância na constelação do Escorpião.

Série de erupções solares pode causar auroras na Terra


Uma erupção no Sol que pode causar o fenômeno conhecido como tempestade geomagnética foi direcionada à Terra e registrada pela Nasa - a agência espacial americana - no último domingo. O distúrbio espacial ocorre quando as erupções solares atingem o campo magnético do planeta por muito tempo e pode causar auroras nas proximidades dos Polos.

No passado, sistemas elétricos foram afetados e instrumentos de navegação sofreram interferência devido a fenômenos semelhantes.

A Nasa garante que é improvável que essa ejeção de massa coronal (CME, na sigla em inglês) tenha velocidade suficiente para causar fortes tempestades geomagnéticas na Terra. O fenômeno é capaz de enviar partículas solares ao espaço e atingir a Terra de um a três dias mais tarde. A erupção atual saiu do Sol com velocidade aproximada de 275 milhas por segundo - número considerado típico nesse tipo de erupção. As erupções solares mais rápidas atingem até dez vezes a velocidade da atual.

 A ejeção de massa coronal difere das erupções solares, que não podem atravessar a atmosfera terrestre e afetar humanos fisicamente, mas - quando estas são muito intensas - podem perturbar a camada atmosférica em que meios de comunicações e estações elétricas funcionam. O fenômeno atual causou apenas fracas interferências, e seus efeitos já passaram.

Sons do espaço gravados pela NASA 

 

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=pf89CWYFb8s

sábado, 12 de janeiro de 2013


Nasa descarta perigo do 'asteroide do juízo final'


Uma rocha espacial popularmente conhecida como "asteroide do juízo final" devido a temores de que pudesse colidir com a Terra dentro de algumas décadas não representa uma ameaça, informou a Nasa após fazer algumas observações do objeto.

O asteroide 99942 Apophis foi escaneado por telescópios ópticos e radares no espaço profundo durante um sobrevoo do corpo celeste esta semana, informou a agência espacial americana (Nasa) em um comunicado.

Batizado com o nome do deus do mal e da escuridão na mitologia egípcia, Apophis despertou temores quando foi detectado pela primeira vez, em 2004.

Os primeiros cálculos sugeriram uma probabilidade de colisão de 2,7% em 2029, a mais alta já registrada em um asteroide, mas este risco foi logo descartado em observações posteriores.

No entanto, permanecia a dúvida sobre uma possibilidade de impacto em 13 de abril de 2036, que a Nasa inicialmente estabeleceu em uma em 45.000 e depois diminuiu para uma em 250.000.

Novas observações demonstram que até mesmo esta remota possibilidade pode ser excluída, informou o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) em um comunicado publicado esta quinta.

"Com os novos dados efetivamente descartamos a possibilidade de um impacto do Apophis com a Terra em 2036", disse Don Yomans, encarregado do programa Near-Earth Object, do JPL.

"A probabilidade de impacto agora é de menos de uma em um milhão, o que nos deixa numa situação confortável para efetivamente descartar um impacto com a Terra em 2036. Nosso interesse no asteroide Apophis será essencialmente científico no futuro previsível", destacou.

A aproximação em 2036 será a maior de um asteroide de seu tamanho, pois Apophis chegará a 31.300 km do nosso planeta, o que significa que passará raspando nas órbitas dos satélites geoestacionários.

Em 15 de fevereiro, o asteroide 2012 DA14 se aproximará ainda mais.

Yeomans disse que o DA14 tem 40 metros de comprimento e passará próximo ao planeta em apenas 27.500 km.

Imagens do Apophis, capturadas esta semana pelo telescópio Herschel, da Agência Espacial Europeia (ESA), mostrou que ele tem 325 metros de comprimento, cerca de um quinto maior do que se pensava anteriormente.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013


Telescópio faz novo registro de imenso aglomerado de estrelas


O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) divulgou nesta quinta-feira uma nova imagem do aglomerado globular 47 Tucanae feita pelo telescópio Vista. O registro pode ajudar a entender como esses enormes grupos de estrelas se formam.

Os aglomerados globulares são agrupamentos esféricos de imensas estrelas que orbitam os núcleos das galáxias - assim como luas orbitam um planeta. O 47 Tucanae está a cerca de 15 mil anos-luz da Terra e possui muitas estrelas que formam sistemas considerados "estranhos" e "interessantes" pelo ESO.

Ele tem 120 anos-luz de dimensão - é tão grande que, mesmo a essa distância, ele tem o tamanho aparente da Lua Cheia no nosso céu. Entre os estranhos objetos do aglomerado, estão fontes de raios-x, estrelas vampiras (que absorvem massa de uma companheira) e pequenos objetos chamados de pulsares de milissegundo (os restos de estrelas mortas e que giram em velocidades altíssimas). Chamam a atenção na imagem diversas estrelas vermelhas.

Curiosamente, o Vista trabalha atualmente registrando as Nuvens de Magalhães - duas galáxias próximas da Via Láctea. Contudo, como o aglomerado estava na frente da Pequena Nuvem, acabou registrado durante o rastreio


Fases da lua no mês de Janeiro de 2013.

 Veja a fase da lua para cada dia do mês de Janeiro do ano de 2013:

  Domingo    Segunda    Terça    Quarta    Quinta    Sexta    Sábado  
  0102030405
06070809101112
13141516171819
20212223242526
2728293031





Micróbios terrestres poderiam resistir em Marte, diz estudo.


Uma resistente bactéria comum na Terra se adaptou de forma surpreendente a condições semelhantes às de Marte, como baixa pressão, frio e grande concentração atmosférica de dióxido de carbono, disseram cientistas, numa descoberta com implicações para a busca de vida extraterrestre.

Essa bactéria, da espécie Serratia liquefaciens, é achada na pele, cabelos e pulmões dos humanos, e também em peixes, sistemas aquáticos, folhas de plantas e raízes. "Ela está presente em uma ampla gama de nichos ecológicos de média temperatura", disse à Reuters o microbiólogo Andrew Schuerger, da Universidade da Flórida.

A Serratia liquefaciens provavelmente evoluiu no nível do mar, então foi surpreendente que pudesse crescer em uma câmara experimental com pressão reduzida a 7 milibares, o que é equivalente à pressão atmosférica marciana, segundo Schuerger. A pressão atmosférica ao nível do mar na Terra é em torno de mil milibares, ou um bar.

"Não tínhamos razão para acreditar que ela seria capaz de crescer a 7 milibares. Ela só foi incluída no estudo porque tínhamos culturas facilmente à mão, e essas espécies foram recuperadas de naves espaciais". Além de ilustrar a preocupação de que micróbios possam contaminar Marte depois de pegar "carona" em naves, o estudo também abre as portas para uma variedade mais ampla de formas de vida com potencial para evoluir por conta própria em outros planetas.

Para sobreviver, no entanto, os micróbios precisariam ser protegidos da agressiva radiação ultravioleta que continuamente bombardeia a superfície de Marte, além de terem acesso a uma fonte de água, carbono orgânico e nitrogênio. Há cinco meses a sonda Curiosity, da Nasa, está em Marte pesquisando as condições químicas e ambientais para a existência atual ou passada de vida microbiana, analisando pedras e camadas no fundo da cratera.


Astrônomos descobrem cinturão de asteroides em torno da estrela Vega


Descoberta sugere existência de planetas orbitando ao redor da estrela. Cinturão foi detectado pelos telescópios Spitzer e Herschel.


Astrônomos detectaram evidências da existência de um cinturão de asteroides ao redor da estrela Vega " a segunda estrela mais brilhante no céu noturno do norte. Os cientistas utilizaram dados do Telescópio Spitzer, da Nasa, e do Telescópio Herschel, da Agência Espacial Europeia.

A descoberta de um cinturão de asteroides torna a estrela semelhante a outra, chamada Fomalhaut. Os dados são consistentes quanto ao fato de as duas estrelas terem no interior de seus sistemas cinturões quentes e, no exterior, cinturões frios, separados por um espaço. Esta estrutura é semelhante à do nosso próprio sistema solar.

Mas, o que está mantendo o espaço entre os cinturões quentes e frios em torno de Vega e Fomalhaut? Os resultados dos estudos sugerem que ele é sustentado por vários planetas.
O cinturão de asteroides do nosso sistema solar, que fica entre Marte e Júpiter, é mantido pela gravidade dos planetas terrestres (aqueles formados principalmente por rochas e metais) e por planetas gigantes (compostos majoritariamente de gás). O mesmo acontece com o Cinturão de Kuiper, que é sustentado por planetas gigantes.

"Nossas descobertas recentes mostram que sistemas com múltiplos planetas são comuns, para além do nosso sistema solar", afirmou Kate Su, astrônoma do Observatório da Universidade do Arizona.

Tanto os cinturões internos quanto os externos de Vega e Fomalhaut contêm mais asteroides do que os cinturões do nosso Sistema Solar. Isso acontece por duas razões. A primeira delas é que ambas as estrelas são muito mais jovens do que a nossa, e elas ainda terão dezenas de milhões de anos a mais para "limpar a casa". Além disso, ambos os sistemas foram formados por uma nuvem de gás e poeira mais sólida do que aquela que formou nosso Sistema Solar.

O espaço entre os cinturões interno e externo para Vega e Fomalhaut também corresponde à distância entre o nosso cinturão de asteroides e o Cinturão de Kuiper. Pela largura, é bastante provável que existam vários planetas, do tamanho de Júpiter ou menores, criando uma zona livre de poeira entre os dois cinturões.

Para os astrônomos da Nasa, esses planetas não permanecerão escondidos por muito tempo. Eles acreditam que, em breve, os corpos celestes serão descobertos pelos telescópios.


Robô Curiosity inaugura ferramenta que 'varre' poeira de rochas de Marte


Escova com cerdas de arame fica na extremidade do braço do jipe. Pedaço de rocha limpo pelo veículo tem dimensão de 47 por 62 milímetros.

O robô Curiosity, da agência espacial americana (Nasa), usou pela primeira vez em Marte uma ferramenta motorizada que serve para remover poeira da superfície do planeta.

O instrumento é uma escova com cerdas de arame que fica na extremidade do braço do jipe e deve ajudá-lo a analisar a composição química do terreno marciano.

A imagem abaixo, feita com a câmera Mars Hand Lens Imager (Mahli) a uma distância de 25 centímetros, mostra uma área de rocha limpa pela ferramenta, chamada Dust Removal Tool. O veículo a usou no domingo (6), seu 150º dia no planeta vermelho " onde deve completar uma missão de pelo menos dois anos.

O pedaço de rocha "escovado" foi apelidado pelos cientistas de "Ekwir_1". Apesar de parecer grande, a região tem apenas 47 por 62 milímetros, pois a foto foi feita em escala de 1 centímetro.

A ferramenta que "varre" a poeira foi construída pela empresa HoneyBee Robotics, de Nova York. Atualmente, o Curiosity está em um local conhecido como Yellowknife Bay, uma espécie de depressão dentro da Cratera Gale, onde o jipe aterrissou no início de agosto de 2012.


Asteroide Apophis se aproxima esta quarta-feira da Terra sem trazer riscos


O asteroide Apophis, que deve passar raspando pela Terra em 2029 e poderá, eventualmente, atingi-la em 2036, se aproximará do planeta esta quarta-feira a 14,4 milhões de km de distância, informaram astrônomos.

Em um primeiro momento, os cientistas avaliaram em uma em 45, ou seja 2,7%, as possibilidades de uma colisão catastrófica com a Terra em 2029 deste corpo celeste descoberto em 2004 com 270 m de diâmetro, o equivalente ao tamanho de três campos de futebol.

No entanto, novos cálculos feitos em 2009 pela Nasa após um sobrevoo perto de Apophis, cujo nome é inspirado em um demônio da mitologia egípcia, pareceu desmentir este risco, prognosticando sua passagem para 13 de abril de 2009 a 22.208 km da Terra. Trata-se da menor distância já observada em tempos modernos.

A probabilidade de que bata na Terra em 2036 é de uma em 250.000, segundo novos cálculos de Steve Chesley e Paul Chodas, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena (Califórnia), baseados em novas técnicas de análises de dados. Uma estimativa anterior mencionava uma chance em 45.000.

A maior parte dos novos dados que permitiram recalcular a órbita do Apophis provêm das observações efetuadas pelo astrônomo Davi Tholen e sua equipe do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí.

Esta quarta-feira será possível ver Apophis em tempo real pela página Slooh.com a partir da 0h de quinta-feira, acompanhado dos comentários e das respostas às perguntas do público por parte do presidente do Slooh, Patrick Paolucci. O Slooh possui telescópios nas Ilhas Canárias (Espanha) para fazer estas observações.

Galáxia pode ter 17 bilhões de 'Terras', diz estudo.


Até uma em cada seis estrelas pode abrigar em sua órbita um planeta do tamanho da Terra, segundo uma pesquisa divulgada nesta semana. Com base nesse dado, os autores da pesquisa afirmam que pode haver um total de 17 bilhões desses planetas em toda a galáxia.

A pesquisa, divulgada no encontro semestral da Sociedade Astronômica Americana, na Califórnia, foi baseada em análises de possíveis planetas revelados pelo telescópio espacial Kepler.

A equipe responsável pelo Kepler também anunciou 461 novos candidatos a planetas, elevando a 2.740 o número total de planetas já identificados.

Desde seu lançamento, em 2009, o telescópio Kepler vem observando uma parte fixa do céu, captando mais de 150 mil estrelas em seu campo de visão.

Ele detecta a diminuta redução na luz que chega de uma estrela quando um planeta passa em frente a ele, no que é chamado trânsito.

Mas essa é uma medida difícil de se fazer, com a luz total mudando apenas frações de porcentagem. Além disso, nem toda redução se deve a uma estrela.

O astrônomo François Fressin, do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica - que descobriu o primeiro planeta do tamanho da Terra - começou a tentar descobrir não somente quais candidatos detectados pelo Kepler podem não ser planetas, mas também quais planetas podem não ser visíveis ao Kepler.

"Temos que corrigir duas coisas. Primeiro, a lista de candidatos do Kepler é incompleta", disse Fressin à BBC.

"Nós somente vemos os planetas que estão em trânsito pelas suas estrelas hospedeiras, estrelas que por acaso têm um planeta que está bem alinhado para que nós o vejamos. Para cada um deles, há dezenas que não estão nessas condições", explica.

"A segunda grande correção é na lista de candidatos - há alguns que não são planetas verdadeiros transitando sua estrela hospedeira, são outras configurações astrofísicas", diz.

Isso pode incluir, por exemplo, estrelas binárias, nas quais uma estrela orbita outra, bloqueando parte da luz conforme as estrelas "transitam"umas às outras.

"Nós simulamos todas as possíveis configurações em que podíamos pensar - e descobrimos que elas poderiam representar apenas 9,5% dos planetas Kepler, e que todo o resto são planetas genuínos", explicou Fressin.

Os resultados sugerem que 17% das estrelas hospedam um planeta com tamanho até 25% superior ao da Terra, com órbitas fechadas que duram apenas 85 dias ou menos - semelhante ao do planeta Mercúrio.

Isso significa que a galáxia abrigaria ao menos 17 bilhões de planetas do tamanho da Terra.

O estudo divulgado por Fressin foi complementado pelos resultados de uma pesquisa do astrônomo Christopher Burke, do Seti Institute, que anunciou a descoberta de mais 461 candidatos a planetas.

Desse montante, uma fração substancial tem o tamanho da Terra ou não são muito maiores - planetas que até agora vinham sendo particularmente difíceis de serem detectados.

"O que é particularmente interessante é que quatro desses novos planetas - com menos de duas vezes o tamanho da Terra - estão potencialmente na zona habitável, a localização em torno de uma estrela onde poderia potencialmente haver água líquida para sustentar a vida", disse Burke à BBC.

Um dos quatro planetas, batizado de KOI 172.02, tem apenas uma vez e meia o diâmetro da Terra e orbita uma estrela semelhante ao Sol - no que seria a versão mais próxima já descoberta de uma "gêmea" da Terra.

"É muito animador, porque estamos realmente começando a aumentar a sensibilidade a essas coisas na zona habitável - estamos realmente só chegando à fronteira dos planetas que podem potencialmente ter vida", diz Burke.

William Borucki, um dos líderes da missão do Kepler, se disse "encantado" com os novos resultados.

"A coisa mais importante é a estatística - não encontramos somente uma Terra, mas cem Terras, que é o que veremos com o passar dos anos com a missão Kepler - porque ele foi desenvolvido para encontrar várias Terras", disse.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Como se forma uma Galáxia ?




Uma galáxia é um grande sistema, gravitacionalmente ligado, que consiste de estrelas, remanescentes de estrelas, um meio interestelar de gás e poeira e um importante mas insuficientemente conhecido componente apelidado de matéria escura. A palavra “galáxia” deriva do grego ‘’galaxias’’ (γαλαξίας), literalmente "leitoso", numa referência à nossa galáxia, a Via Láctea. Exemplos de galáxias variam desde as anãs, com até 10 milhões (107) de estrelas, até gigantes com 100 trilhões (1014) de estrelas, todas orbitando o centro de massa da galáxia.
As galáxias contêm quantidades variadas de sistemas e aglomerados estelares e de tipos de nuvens interestelares. Entre esses objetos existe um meio interestelar esparso de gás, poeira e raios cósmicos. A matéria escura parece corresponder a cerca de 90% da massa da maioria das galáxias. Dados observacionais sugerem que podem existir buracos negros supermaciços no centro de muitas, se não todas as galáxias. Acredita-se que eles sejam o impulsionador principal dos núcleos galácticos ativos – região compacta no centro de algumas galáxias que tem uma luminosidade muito maior do que a normal. A Via Láctea parece possuir pelo menos um desses objetos.
As galáxias foram historicamente categorizadas segundo sua forma aparente, usualmente referida como sua morfologia visual. Uma forma comum é a galáxia elíptica, que tem um perfil de luminosidade em forma de elipse. Galáxias espirais têm forma de disco, com braços curvos. Aquelas com formas irregulares ou não usuais são conhecidas como galáxias irregulares e se originam tipicamente da disrupção pela atração gravitacional de galáxias vizinhas. Essas interações entre galáxias, que podem ao final resultar na sua junção, às vezes induzem o aumento significativo de incidentes de formação estelar, levando às galáxias starburst. Galáxias menores que não têm uma estrutura coerente são referidas como galáxias irregulares.
Existem provavelmente mais de 170 bilhões de galáxias no universo observável. Em sua maioria elas possuem de 1 000 a 100 000 parsecs de diâmetro e são separadas por distâncias da ordem de milhões de parsecs. O espaço intergaláctico é preenchido com um gás tênue com uma densidade média de menos de um átomo por metro cúbico. A maior parte das galáxias está organizada numa hierarquia de associações conhecidas como grupos e aglomerados, os quais, por sua vez, formam superaglomerados maiores. Numa escala maior, essas associações são geralmente organizadas em filamentos e muralhas, que são circundados por vazios imensos.

Telescópio Kepler encontra 461 potenciais novos planetas


O telescópio espacial Kepler, da Nasa, descobriu outros 461 potenciais novos planetas, a maioria do tamanho da Terra ou um pouco maior, disseram cientistas nesta segunda-feira. O anúncio eleva a contagem do Kepler para 2.740 candidatos a novos mundos, 105 dos quais foram confirmados.

"Dois anos atrás nós tínhamos cerca de 1,2 mil planetas candidatos. Um ano depois, acrescentamos um número significativo de novos objetos e vimos a tendência de um elevado número de planetas muito pequenos... duas vezes o tamanho da Terra ou maior", disse o astrônomo do Kepler, Christopher Burke, em entrevista coletiva transmitida da Sociedade Astronômica Americana em Long Beach, na Califórnia.

Com o acréscimo de 461 novos candidatos a planeta, coletados em mais de 22 meses de observações do telescópio Kepler, a proliferação de pequenos planetas continua. Os novos alvos incluem o que parece ser um planeta cerca de 1,5 vezes maior do que a Terra circulando sua estrela parecida com o Sol em uma órbita de 242 dias, uma distância onde água líquida, que se acredita ser necessário para a vida, poderia existir em sua superfície.

Em pesquisa semelhante, astrônomos determinaram que cerca de uma em cada seis estrelas parecidas com o Sol tem planetas do tamanho da Terra circulando suas estrelas mais perto do que a órbita de 88 dias de Mercúrio em torno do Sol.

O objetivo da missão Kepler, que começou em 2009, é determinar quantas estrelas na galáxia Via Láctea têm planetas do tamanho da Terra em órbita nas chamadas zonas habitáveis, onde água pode existir em suas superfícies.


Estudante de 15 anos é co-autor de estudo sobre evolução de galáxias


 Um estudante do ensino médio de Estrasburgo (leste da França), de apenas 15 anos, é o co-autor de um estudo de astrofísica publicado nesta semana na capa da prestigiada revista científica britânica Nature.

"Principal autor da publicação, Rodrigo Ibata, trouxe seu filho, Neil Ibata, ao Observatório Astronômico de Estrasburgo, onde trabalha, para que fizesse um estágio sobre a linguagem de programação Python, utilizada para este estudo" sobre a evolução das galáxias ao redor de Andrômeda, disse o CNRS em um comunicado.

"Neil foi o primeiro a colocar em evidência a rotação de um disco de galáxias anãs ao redor da galáxia de Andrômeda no âmbito deste projeto", ressalta o CNRS.

Por sua participação na descoberta, Neil Ibata teve o privilégio de ver seu nome junto ao de seu pai e de outros quinze astrônomos e físicos.

domingo, 6 de janeiro de 2013


Asteróides próximos da Terra


Próximas aproximações de asteróides monitorados pelo Programa NEO (Near Earth Object), da NASA. A unidade de distância LD, sigla de Lunar Distance, equivale a distância entre a Terra e Lua, que é de aproximadamente 384.405 km.

NomeAproximaçãoDistância (LD*)TamanhoMagnitudeVelocidade (Km/s)
(2011 AC3)04/01/201373.590 m - 200 m22.323.94
(2012 TJ146)04/01/201332.1190 m - 420 m20.78.47
(2012 XD112)05/01/201328.3160 m - 350 m21.111.77
(2012 YQ1)05/01/201341.7170 m - 380 m2115.33
(2012 QO10)05/01/201346.8460 m - 1.0 km18.89.36
(2012 YD7)05/01/201335.133 m - 74 m24.54.99
(2012 BD14)06/01/201366.913 m - 30 m26.55.02
(2012 XZ132)07/01/201320.131 m - 69 m24.77.52
(2005 DD)07/01/201338.8250 m - 550 m20.213.34
(2002 AY1)07/01/201314.8200 m - 450 m20.617.35
99942 Apophis09/01/201337.6270 m19.74.09
(2012 YJ7)10/01/201319.477 m - 170 m22.720.41
(2012 XP111)10/01/201354.252 m - 120 m23.53.86
(2003 YS17)10/01/201363.4130 m - 290 m21.614.7
(2012 XE112)11/01/201347.2190 m - 430 m20.77.76
343098 (2009 DV42)13/01/201375.7530 m - 1.2 km18.510.69
(1999 LS7)13/01/201370.3190 m - 430 m20.714.1
(2012 XF112)14/01/201375290 m - 640 m19.87.96
(2011 KW15)14/01/201339.5320 m - 720 m19.619.88
(2012 UW68)15/01/201318.528 m - 63 m24.92.44
(1999 UR)20/01/201376.5140 m - 310 m21.414.53
(2011 TO)21/01/201333.615 m - 33 m26.36.28
(2005 XV77)25/01/201362.6200 m - 450 m20.611.79
(2012 YL7)25/01/201351.676 m - 170 m22.74.14
349068 (2006 YT13)25/01/201375580 m - 1.3 km18.321.69
(2012 YQ3)26/01/201363.299 m - 220 m22.18.11
(2008 OT7)27/01/201350.510.0 m - 22 m27.113.41
(2011 BY10)28/01/201321.39.4 m - 21 m27.39.4
(2011 UD21)01/02/201342.45.3 m - 12 m28.54.48
(2012 YN6)01/02/201320.9120 m - 260 m21.86.9
230111 (2001 BE10)02/02/201374.2420 m - 940 m1910.83
177049 (2003 EE16)02/02/201357.1290 m - 650 m19.823.53
(2008 SW11)03/02/201373.9160 m - 350 m21.117.41
(2003 BN4)04/02/201327.431 m - 70 m24.63.22
(1999 HA2)05/02/201358790 m - 1.8 km17.615.08
(2002 LY1)08/02/201328.8120 m - 270 m21.712.98
3752 Camillo12/02/201357.52.1 km - 4.7 km15.528.82
(2012 US9)13/02/201363130 m - 280 m21.67.98
(2008 CQ116)14/02/201375.550 m - 110 m23.615.72
(2006 DD1)14/02/201336.613 m - 29 m26.520.14
(2005 RZ2)15/02/201331.560 m - 130 m23.27.38
(2012 DA14)15/02/20130.0935 m - 79 m24.47.78
(1999 VF22)15/02/201356.6210 m - 470 m20.529.76
137805 (1999 YK5)15/02/201349.11.3 km - 2.9 km16.620.21
(2008 DG17)16/02/201336.8300 m - 670 m19.723.24
153460 (2001 RN)20/02/201360.6370 m - 820 m19.317.72
(2012 HN1)24/02/20136911 m - 24 m274.51
(2009 AV)25/02/201359.7640 m - 1.4 km18.124.54
(2012 TF53)25/02/201339.1170 m - 370 m216.44
(2003 BB21)28/02/201354.9180 m - 410 m20.812.54
(2012 WH)04/03/201361.322 m - 49 m25.43.09
(2007 EK)04/03/201358.43.7 m - 8.4 m29.312.84
(2012 RJ15)06/03/201363.151 m - 110 m23.613.89
(2011 EC12)09/03/20137118 m - 41 m25.810.93
(2007 EP88)10/03/201355.5530 m - 1.2 km18.530.03
(2012 BD14)12/03/201366.913 m - 30 m26.55.45
(2000 ED14)12/03/201358.3200 m - 440 m20.622.47
(2012 SX49)13/03/201357.215 m - 34 m26.24.56
(2009 SC15)13/03/201331.7140 m - 310 m21.44.83
(2005 ES70)14/03/201322.150 m - 110 m23.612.06
(2007 EO88)18/03/20134.414 m - 31 m26.410.65
(2012 VO6)18/03/201341.9150 m - 340 m21.212.66
325102 (2008 EY5)20/03/201332.4250 m - 570 m20.112.27
7888 (1993 UC)20/03/2013492.3 km - 5.2 km15.321.88
(2002 JW15)20/03/201360.7270 m - 600 m208.18
(2006 GX2)20/03/201337.4190 m - 420 m20.712.85
(2010 SE)20/03/201328.535 m - 79 m24.413.16
(2008 EQ7)20/03/201371.381 m - 180 m22.62.68
(2005 XY4)20/03/201341.753 m - 120 m23.522.75
(2011 EW16)21/03/201368.971 m - 160 m22.913.79
(2012 FK15)22/03/201331.913 m - 30 m26.512.89
(2012 FM35)23/03/201334.59.9 m - 22 m27.25.81
(2003 FY6)23/03/20132190 m - 200 m22.413.25
(2008 SE85)25/03/201339.6330 m - 730 m19.622.7
(2005 EF)26/03/201369200 m - 450 m20.611.6
(2006 KY86)27/03/201375.6310 m - 700 m19.612.96
96315 (1997 AP10)28/03/201345.91.1 km - 2.5 km16.919.68
(2007 UH)29/03/201377110 m - 240 m2210.08
(1998 KG3)29/03/201350.495 m - 210 m22.23.08
(2012 EH5)01/04/201359.938 m - 84 m24.28.73
Tabela atualizada diariamente. O diâmetro é estimado com base na magnitude absoluta do objeto.