Há 46 anos, astronautas da Apollo 1 morriam presos em cápsula
A caminhada das missões Apollo rumo à Lua começou em 1967
com um passo em falso. Durante um teste de uma cápsula, três astronautas - Gus
Grissom, Ed White e Roger Chaffee - morreram devido a um incêndio no
equipamento, em 27 de janeiro daquele ano.
O teste ocorreria um mês antes do lançamento que estava
programado. Contudo, uma falha deu início ao fogo e as portas da cápsula não se
abriram para a saída dos astronautas, que ficaram presos. A primeira Apollo
deveria orbitar a Terra por 14 dias para testar o equipamento que levaria o
homem à Lua, inclusive o gigantesco foguete Saturn (no caso, o IB, irmão menor
do V, que nos impulsionaria ao nosso satélite natural).
Curiosamente, a missão se chamou Apollo 1 apenas após a
tragédia. George E. Mueller, administrador para Missões Tripuladas da Nasa na
época, foi quem tomou a decisão em homenagem às vítimas. Ele determinou ainda
que o próximo lançamento receberia o número 4 - curiosamente, nenhuma missão
jamais foi nomeada Apollo 2 ou 3.
O Saturn IB foi testado apenas na Apollo 6 - com falhas no
primeiro e terceiro estágios - e somente na missão seguinte é que ele levaria
astronautas.
Além da Apollo 1, outras duas grandes tragédias marcaram a
conquista espacial americana. A nave Challenger se desintegrou em 28 de janeiro
de 1986, pouco mais de um minuto após seu lançamento no Centro Espacial
Kennedy. Entre os sete tripulantes que morreram estava Christa McAuliffe, uma
professora que fazia parte de um projeto da Nasa para levar a ciência aos
estudantes.
A tragédia causou um grande impacto na sociedade americana,
o que levou a Nasa a realizar uma revisão em todos os seus sistemas e
procedimentos centrada na segurança. No entanto, em fevereiro de 2003, os
Estados Unidos enfrentaram outra tragédia espacial, quando os sete tripulantes
da nave Columbia morreram no momento em que entravam na atmosfera terrestre.
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