sexta-feira, 31 de maio de 2013

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Asteroide que passará pela Terra nesta sexta tem lua própria


O asteroide 1998 QE2, que se aproximará da Terra nesta sexta-feira, possui uma lua própria. A descoberta foi feita pela Nasa, que divulgou uma sequência de imagens de radar do asteroide obtidas na noite de quarta-feira, quando o asteroide estava a 6 milhões de quilômetros da Terra.

Segundo a agência espacial americana, as imagens de radar indicam que o corpo principal do asteroide tem cerca de 2,7 quilômetros de diâmetro e tem um período de menos de quatro horas de rotação. A lua do asteroide tem cerca de 600 metros de largura.

O asteroide estará mais perto da Terra nesta sexta-feira, às 17h59 de Brasília, disse a Nasa. Este será sua seu sobrevoo mais próximo em mais de dois séculos.

O asteroide 1998 QE2 foi descoberto em 19 de agosto de 1998 por astrônomos do programa de pesquisas de asteroides próximos à Terra no MIT (Massachusetts Institute of Technology), perto de Socorro, Novo México (sudoeste dos EUA).

A Nasa, que considera a busca por asteroides uma alta prioridade, já identificou e indexou mais de 98% dos maiores asteroides, de mais de um quilômetro de diâmetro, que estão nas proximidades da Terra.


Os astrônomos detectaram e catalogaram 9.500 objetos celestes de todos os tamanhos que cruzam perto da Terra, provavelmente um décimo do total.

Projeto de telescópio espacial busca investidores na internet


Empresários norte-americanos criaram uma iniciativa na internet para arrecadar dinheiro de astrônomos amadores que queiram participar do projeto de um telescópio espacial. Dependendo do valor da contribuição, o investidor recebe um retorno diferente.

Por US$ 25 (R$ 53), a pessoa pode usar o telescópio como uma “cabine fotográfica espacial”. Uma foto dela será disposta como um cartaz ao lado do telescópio, fazendo pose para uma foto que mostrará a Terra ao fundo.

Pagamentos a partir de US$ 200 (R$ 422) dão o direito de usar o telescópio espacial para observar corpos celestes, com uma precisão muito superior à que seria possível em qualquer telescópio localizado na Terra.

“Não vamos gastar nosso tempo e recursos para fazer algo se as pessoas não quiserem isso, e a única maneira real de provar que é algo que as pessoas querem é pedir que paguem por isso”, ponderou Eric Anderson, um dos fundadores do projeto, que recebeu o nome de ARKYD.

No entanto, o objetivo principal da empresa, chamada Planetary Resources, é pesquisar asteroides relativamente próximos à Terra que possam ser explorados na extração de metais preciosos ou outros materiais.


A empresa pretende levantar US$ 1 milhão (R$ 2,11 milhões) até o dia 30 de junho e lançar o primeiro telescópio em 2015. Entre os investidores estão os diretores do Google Larry Page (chefe-executivo) e Eric Schmidt (presidente). A campanha para arrecadar recursos entre os astrônomos amadores está hospedada no site Kickstarter.

Curiosity encontra novos indícios da existência de água em Marte


O robô Curiosity da Agência Espacial Americana (Nasa) encontrou novos indícios de que alguma vez houve água em Marte, segundo um estudo que será publicado na sexta-feira na revista Science. O Curiosity, que aterrissou em agosto de 2012 na cratera Gale do planeta vermelho equipado com instrumentos de alta tecnologia, tirou fotos de vários pedregulhos de superfície lisa e redonda, muito similares aos vistos nos leitos dos rios da Terra.

No total, os pesquisadores examinaram 515 pedras e se deram conta que todas tinham a superfície redonda e lisa, como se tivessem viajado longas distâncias pelo leito de um antigo rio. Os pedregulhos oferecem novas pistas sobre o passado de Marte, segundo Morten Bo Madsen, diretor do grupo de pesquisa sobre o planeta vermelho no Instituto Niels Bohr.


Embora hoje Marte seja um planeta árido, os cientistas encontraram provas que a água fluiu por sua superfície há vários milhões de anos. No último mês de março, a Nasa informou que uma análise de uma amostra de rocha recolhida pelo Curiosity revelou que Marte também pode ter abrigado vida microbiana. Os cientistas identificaram enxofre, nitrogênio, hidrogênio, oxigênio, fósforo e carbono, alguns dos ingredientes químicos essenciais para a vida.

Estudo reforça ideia de que Marte teve rios no passado


Um estudo publicado nesta quinta-feira (30) pela prestigiada revista “Science” reforça as evidências de que rochas encontradas em Marte em 2012 são parte de um antigo leito de rio. Os novos dados reforçam uma análise inicial que já indicava a existência de água corrente no passado marciano.

Os vestígios foram encontrados e analisados pelo jipe-robô Curiosity, cujos aparelhos já tinham apontado resultados semelhantes, mas com menos precisão.

“Completamos uma quantificação mais rigorosa dos afloramentos para caracterizar a distribuição de tamanho e a redondeza dos pedregulhos e da areia que formam esses conglomerados”, afirmou a autora do estudo Rebecca Williams, pesquisadora do Instituto de Ciência Planetária em Tucson, no estado americano do Arizona.

“Esses conglomerados são incrivelmente parecidos com os depósitos de leitos de rios da Terra”, completou a especialista.

O cascalho e a areia nos pontos analisados estão distribuídos de uma maneira muito irregular. As camadas com mais areia ou com mais pedras se alternam, e algumas pedras inclusive estão encostadas umas nas outras.

Segundo os cientistas, tudo isso indica que o fluxo foi contínuo durante um tempo indeterminado, mas “certamente mais que semanas ou meses”. A pesquisa concluiu ainda que esse cascalho foi arrastado pela água por alguns quilômetros.


Marte possui uma quantidade considerável de gelo, mas sua atmosfera atual é muito fina para permitir a existência de cursos d’água. O objetivo da missão Curiosity é trazer mais informações sobre as condições do ambiente marciano no passado, e revelar se o planeta já reuniu as condições necessárias para a vida.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Primeiro a caminhar no espaço, cosmonauta russo completa 78 anos


O russo Alexei Leonov, primeiro astronauta a realizar uma caminhada espacial, completa 78 anos nesta quinta-feira. Ele fez sozinho em 1965 o primeiro passeio espacial fora do veículo que o transportava.

O pioneirismo, é claro, não veio sem riscos: no retorno para a cápsula, a diferença de pressão entre o ar da nave e o vácuo do espaço inflou seu traje, impedindo parcialmente os movimentos e estendendo a operação para além do previsto. O retorno à Terra também não foi sem empecilhos, e os cosmonautas - além de Leonov, participava da missão o comandante Pavel Belyayev - tiveram de ser resgatados a quase mil quilômetros de distância do local esperado.

Alexei Arkhipovich Leonov nasceu na União Soviética em 30 de maio de 1934. Poucos anos depois de se formar na escola soviética de pilotos, ele se tornou um dos primeiros 20 cosmonautas escolhidos pelo programas espacial russo. Seu primeiro voo ao espaço foi com a missão Voskhod 2, em 18 de março de 1965. O voo durou ao todo 26 horas e, 90 minutos após o lançamento, Leonov se tornou a primeira pessoa a caminhar no espaço. flutuando livremente fora da cápsula por mais de 10 minutos.

Quando Leonov tentou retornar à nave, porém, ele encontrou dificuldades. A diferença de pressão entre o ar em seu traje espacial e o vácuo externo causou a expansão da vestimenta, tornando-a tão rígida que ele não conseguia mais mexer os dedos. Ele acabou deixando escapar um pouco do ar e assim conseguiu fechar a escotilha no retorno à Voskhod 2. No total, a primeira caminhada espacial durou mais de 20 minutos.

No procedimento de volta à Terra, o computador interno registrou problemas e a cápsula aterrissou a aproximadamente 965 quilômetros fora da rota prevista, em uma área remota dos montes Urais. Depois de dois dias e uma noite na região selvagem, os cosmonautas foram finalmente resgatados.


Leonov recebeu a medalha de herói da União Soviética graças ao feito e se tornou comandante da equipe de cosmonautas, se focando no ensino de como realizar atividades extraveiculares. Dez anos depois da primeira caminhada espacial, ele voltou a deixar a Terra em 1975 como comandante da missão Soyuz 19 - o primeiro projeto espacial conjunta de Estados Unidos e União Soviética. Seu treinamento incluiu aulas de inglês e visitas a centros espaciais americanos, e suas realizações contribuíram para mudar a percepção ocidental a respeito dos cosmonautas. A cratera Leonov, no lado oculto da Lua, foi nomeada em sua homenagem.

"Dieta" pobre em sódio é chave para estrelas viverem mais, diz estudo


Quanto menor a quantidade de sódio presente em uma estrela, maior é a duração da vida dela, segundo um novo estudo feito pelo Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul (ESO) e publicado na revista "Nature" desta quarta-feira (29).

Os astrônomos analisaram a radiação emitida por um aglomerado de estrelas antigas chamado NGC 6752, que fica na constelação do Pavão, a cerca de 13 mil anos-luz da Terra.

A equipe avaliou duas gerações de astros, e os resultados apontam que a maioria deles simplesmente não atinge um determinado estágio de evolução, porque contêm muito sódio. Nessa última fase, ocorre uma queima de combustível nuclear, e grande parte da massa dos corpos se perde sob a forma de gás e poeira.

O material expelido, então, é usado para formar uma nova geração de estrelas, planetas e até vida orgânica. Segundo os cientistas, esse ciclo de perda de massa e renascimento ajuda a explicar a evolução química do Universo.


O estudo foi conduzido pelo especialista em teorias estelares Simon Campbell e colegas da Universidade Monash, em Melbourne, na Austrália. A equipe espera agora encontrar resultados semelhantes em outros aglomerados estelares e planeja novas observações.

Medição precisa de distância resolve grande mistério astronômico


Os astrônomos resolveram um grande problema na sua compreensão de uma classe de estrelas que sofrem erupções regulares, medindo com precisão a distância de um famoso exemplo do gênero.

Os cientistas usaram o VLBA (Very Long Baseline Array) do NSF (National Science Foundation) e a EVN (European VLBI Network) para localizar com precisão um dos sistemas variáveis mais observados do céu - uma estrela dupla chamada SS Cygni - a 370 anos-luz da Terra. Esta nova medição da distância significa que a explicação para as explosões regulares deste gênero de objeto, que se aplica para pares semelhantes, também se aplica para SS Cygni.

"Este é um dos sistemas mais bem estudados do seu tipo, mas de acordo com a nossa compreensão de como funcionam, não devia ter surtos explosivos," afirma James Miller-Jones, do Centro Internacional para Pesquisa em Radioastronomia de Perth, Austrália, ligado à Universidade Curtin.

SS Cygni, na constelação de Cisne, é uma anã branca densa numa órbita íntima com uma anã vermelha menos massiva. A forte gravidade da anã branca puxa material da sua companheira para um disco giratório. As duas estrelas orbitam-se uma à outra em apenas 6,6 horas. Em média, uma vez a cada 49 dias, uma poderosa explosão ilumina o sistema.

Este tipo de sistema tem o nome de nova anã (ou estrela variável do tipo U Geminorum) e, com base em outros exemplos, os cientistas propuseram que as erupções resultam de alterações no ritmo a que a matéria se move através do disco para a anã branca. Em mais altas taxas de transferência desde a anã vermelha, o disco rotativo mantém-se estável, mas quando a taxa é inferior, o disco torna-se instável e é submetido a uma erupção.

Este mecanismo parecia funcionar para todas as novas anãs à excepção de SS Cygni, com base nas estimativas anteriores da sua distância. Dados recolhidos com o Telescópio Hubble em 1999 e 2004 colocaram SS Cygni a uma distância de cerca de 520 anos-luz.

"Isto foi um problema. A essa distância, SS Cygni teria sido a nova anã mais brilhante do céu, e deveria ter massa suficiente, movendo-se no disco, para manter-se estável sem erupções," afirma Miller-Jones.

A distância mais próxima medida com radiotelescópios significa que o sistema é intrinsecamente menos brilhante, e agora adapta-se às características descritas na explicação padrão para as erupções em novas anãs.

Os astrônomos fizeram a nova medição da distância usando o VLBA e a EVN, sendo que ambos usam radiotelescópios amplamente separados que trabalham como um único telescópio extremamente preciso. Estes sistemas são capazes de fazer as medições mais precisas de posições no céu, disponíveis na Astronomia.

Ao observar SS Cygni quando a Terra está em lados opostos da sua órbita em torno do Sol, os astrônomos podem medir a sutil mudança na posição aparente do objeto no céu, em relação aos objetos de fundo mais distantes. Este efeito, chamado paralaxe, permite aos cientistas medir diretamente a distância de um objeto através da aplicação de simples trigonometria a nível do ensino secundário.

Os radioastrônomos sabem que SS Cygni emite ondas de rádio durante as suas explosões, por isso fizeram as suas observações após receberem relatos de astrônomos amadores de que uma erupção estava ocorrendo. Observaram o objeto durante estes eventos e entre 2010 e 2012.

A diferença nas medições da distância no visível com o Hubble e no rádio pode ter várias causas, dizem os cientistas. As observações no rádio foram feitas contra um fundo de objetos bem além da nossa própria Via Láctea, enquanto as observações do Hubble usaram estrelas da nossa Galáxia como pontos de referência. Os objetos mais distantes proporcionam uma melhor e mais estável referência. As observações no rádio, acrescentam, são também imunes a outras possíveis fontes de erro.


Descoberto em 1896, SS Cygni é um sistema binário popular entre os astrônomos amadores. De acordo com a Associação Americana de Observadores de Estrelas Variáveis, desde a sua descoberta nunca nenhuma erupção deixou de ser observada. Já foram registada quase meio milhão de vezes, e as variações no seu brilho cuidadosamente seguidas, o que o torna num dos objetos mais intensamente estudados do século passado.

Com brinquedos a bordo, nave decola levando três astronautas à ISS


A nave Soyuz TMA-09M com os três astronautas da expedição 37 partiu por volta de 17h32 (horário de Brasília) rumo ao espaço, onde mais tarde o módulo com a tripulação se acoplará à Estação Espacial Internacional (ISS).

Fyodor Yurchikhin (Rússia), Karen Nyberg (Estados Unidos) e Luca Parmitano (Itália) se juntarão no laboratório espacial ao americano Chris Cassidy e aos russos Pavel Vinogradov, atual comandante da ISS, e Alexsandr Misurkin. O retorno está previsto para meados de novembro.

Seis minutos após a decolagem, dois módulos do foguete que levava a nave já haviam se desprendido com sucesso. Dez minutos após a decolagem, a Soyuz já estava em órbita, em segurança.


Na cabine, as câmeras mostravam um clima de tranquilidade entre os astronautas, que estavam acompanhados de bichos de brinquedo.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Astronautas embarcam para a ISS para fazer pesquisa e solos de guitarra


Pesquisa científica, reparos técnicos e mais solos de guitarra podem ser esperados com a chegada de três novos tripulantes à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Eles embarcam a bordo da nave Soyuz TMA-09M nesta terça-feira. O lançamento ocorre do cosmódromo de Baikonur, no Casaquistão, a 0h31 do dia 29, hora local - 17h31 desta terça-feira, em Brasília.

Compõem a tripulação três dos seis membros das Expedições 36 e 37. São eles: Fyodor Yurchikhin (Rússia), Karen Nyberg (Estados Unidos) e Luca Parmitano (Itália). Na estação, eles se juntam ao americano Chris Cassidy e aos russos Pavel Vinogradov e Alexsandr Misurkin. O retorno está previsto para meados de novembro.

A missão prevê experimentos científicos, testes de novas tecnologias e exploração espacial, com a realização de EVAs (sigla em inglês para atividade extra veicular), quando os astronautas realizam procedimentos do lado de fora da estação. Os tripulantes também testarão uma nova forma de chegar à estação espacial. Em vez de aguardar em órbita por dois dias antes de acoplar na ISS, a nave Soyuz deverá fazê-lo apenas seis horas após o lançamento.

Entre os tripulantes, destaque para o italiano Parmitano, que faz sua estreia no espaço. Se a antiga tripulação já tinha seu “músico” - Chris Hadfield, que tocou uma versão de Space Oddity, de David Bowie - o estreante declarou que, em seus momentos de folga, pretende dedilhar a guitarra e se arriscar no teclado. “Espero não incomodar muito o resto da tripulação, mas isso vai ser divertido”, disse em recente declaração à Nasa.

Fyodor Yurchikhin

O cosmonauta russo de 54 anos é natural de Batumi, na Geórgia - antiga república soviética. Casado e pai de dois filhos, é o comandante da Soyuz. É doutor em engenharia mecânica, com especialização em veículos do espaço aéreo.

Seu ingresso na agência espacial russa ocorreu em 1997, como candidato a cosmonauta - qualificação que recebeu após dois anos de treinamento. Seu primeiro voo ao espaço ocorreu entre 7 e 18 de outubro de 2002, como especialista de missão. O segundo teve duração de 196 dias. Na oportunidade, realizou três EVAs com um total de 18 horas e 44 minutos.

A terceira experiência espacial de Yurchikhin foi realizada em 2010, com dois EVAs que acumularam mais 13 horas. No total, o veterano de três voos espaciais acumula 371 dias no espaço, com cinco EVAs, que somam 32 horas.

Nas tradicionais entrevistas que antecedem lançamentos como esse, Yurchikhin declarou que a missão vai ser de “muitas tarefas”. O objetivo é, principalmente, manutenção de todos os equipamentos da estação. Para tanto, outras EVAs estão programadas, adianta. Em meados de setembro, Yurchikhin se tornará o comandante da Expedição 37.

Karen Nyberg

Natural de Vining, em Minnesota, nos Estados Unidos, Karen Nyberg tem 43 anos, é casada e tem um filho. Como formação principal, é Ph.D. em Engenharia Mecânica pela Universidade do Texas. Seu ingresso na Nasa ocorreu em 1991, atuando em áreas variadas até 1998, quando concluiu seu doutorado e passou a trabalhar como engenheira de sistemas de controle ambiental.

Em 2000, foi selecionada como especialista de missão da agência espacial americana e realizou formação específica por dois anos, sendo designada a exercer funções técnicas no Escritório de Astronautas para Operações na Estação Orbital.

Durante 13 dias, entre maio e junho de 2008, esteve presente no 123º voo espacial da Nasa, a bordo da STS-124 Discovery. Na oportunidade, realizou três EVAs com o objetivo de manter a Estação Espacial Internacional e preparar o braço robótico de um novo módulo japonês.

À Nasa, Karen mostrou-se entusiasmada com os progressos na ISS. Ela lembrou da preparação da estação por 15 anos para que seja utilizada como um laboratório de ciências e disse que, na missão de agora, o principal objetivo será desenvolver ações para garantir esta finalidade.

Luca Parmitano

O astronauta da Agência Espacial Europeia é um estreante no espaço. Natural de Paterno, na Itália, Luca Parmitano tem 36 anos, é casado e pai de duas filhas. Sua formação iniciou na Itália, estendeu-se pelos Estados Unidos e culminou na França, em 2009, com um mestrado em Engenharia Experimental de Ensaios de Voo.

A escolha por Parmitano para a missão ocorreu em 2011, apenas dois anos após ele se tornar um astronauta da ESA. As principais experiências dele são como piloto da Força Aérea da Itália, onde acumula mais de 2 mil horas de voo, qualificado a guiar mais de 20 tipos de aviões e helicópteros.


Em entrevista à Nasa, o italiano disse que quer deixar a mensagem de que astronautas são pessoas normais e que os jovens nunca devem desistir de seus sonhos. Sobre as ações na ISS, ele destaca a contribuição de todos os tripulantes. “Estamos realmente pavimentando a estrada para o futuro, para o bem de toda a humanidade”, acredita.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Asteroide do tamanho de nove navios passa próximo da Terra nesta sexta


Um asteroide deve passar próximo da Terra nesta sexta-feira (31) e ficar no máximo a 5,8 milhões de quilômetros daqui, o equivalente a uma distância de 15 vezes entre o nosso planeta e a Lua.

Apesar de não representar perigo, o 1998 QE2 pode ser um objeto interessante de estudo, entre esta quinta-feira (30) e o dia 9 de junho, para os astrônomos que tiverem um telescópio de radar de pelo menos 70 metros de comprimento. Esse corpo celeste tem 2,7 quilômetros de diâmetro, o tamanho de nove navios transatlânticos Queen Elizabeth 2.

A aproximação máxima do asteroide será às 17h59 (horário de Brasília) desta sexta. Esse será o ponto que ele chegará mais perto de nós pelos próximos dois séculos, pelo menos.

Esse objeto foi descoberto em 19 de agosto de 1998, pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

O cientista Lance Benner, do Laboratório de Propulsão a Jato da agência espacial americana (Nasa), diz que espera obter uma série de imagens de alta resolução do 1998 QE2, o que pode revelar detalhes sobre ele.

"Sempre que um asteroide se aproxima, ele fornece uma importante oportunidade científica para estudá-lo e entender seu tamanho, forma, rotação, características da superfície e origem", explicou.

Monitoramento constante

A Nasa estabeleceu como alta prioridade o monitoramento de asteroides e cometas, e os EUA têm o maior programa de levantamento de objetos próximos à Terra do mundo – uma parceria entre agências governamentais, astrônomos de universidades e institutos de ciência. Até hoje, o país já identificou mais de 98% do total desses corpos conhecidos. E só no ano passado, o orçamento da Nasa para esse fim aumentou de R$ 12 milhões para R$ 40 milhões.

Em 2016, a Nasa planeja vai lançar uma sonda em direção ao asteroide potencialmente mais perigoso de que se tem notícia, chamado 1999 RQ36, ou 101955 Bennu. A missão Osiris-Rex também planeja fazer reconhecimentos em todos os objetos ameaçadores recém-descobertos. Além de monitorar possíveis ameaças, o aparelho poderá revelar detalhes sobre a origem do Sistema Solar, da água na Terra e das moléculas orgânicas que levaram ao desenvolvimento da vida.


Recentemente, a agência americana anunciou ainda que está desenvolvendo uma missão para identificar, capturar e mudar de rumo um asteroide para exploração humana.

Há 187 anos, nascia astrônomo que descobriu as erupções solares


Em 1º de setembro de 1859, o astrônomo inglês Richard Carrington estava em seu observatório particular, em Redhill, quando observou um fenômeno que mudaria a forma como vemos o Sol. Pelo seu telescópio, o pesquisador notou um forte brilho na nossa estrela, como nunca havia sido visto.

Dias depois, a Terra sofreu aquela que talvez tenha sido a mais poderosa tempestade geomagnética já registrada, e Carrington havia descoberto as erupções solares.

Richard Carrington nasceu em 26 de maio de 1826. Era filho de um cervejeiro abastado que queria que o rebento seguisse a vida religiosa. Contudo, o jovem inglês, após terminar os estudos no Trinity College, acabou por trabalhar no observatório da Universidade de Durham. Em 1852, decepcionado com a incapacidade do local de conseguir novos equipamentos, decidiu largar o emprego e usar o dinheiro da família para comprar um prédio no qual colocou um telescópio de última geração e contratou um assistente.

O observatório particular foi acabado somente em 1854. A princípio, ele se dedicou a catalogar estrelas - trabalho pelo qual recebeu a medalha de ouro da Royal Astronomical Society em 1859. Mas o Sol também ficou na mira de seu telescópio.

O Evento de Carrington

Foi no mesmo ano que recebeu a medalha, mais exatamente em 1º de setembro de 1859, que Carrington fez sua maior descoberta. O britânico coletava dados com seu telescópio. Como não poderia olhar diretamente para o Sol pelas lentes - o que seria extremamente perigoso sem um filtro adequado -, ele projetava a imagem da estrela em uma tela branca. Anotava tudo que podia, principalmente sobre as manchas solares, um de seus objetos de estudo favorito.

Naquele dia, enquanto coletava dados das manchas, ele registrou pontos intensamente brilhantes no Sol. O brilho rapidamente ficou mais intenso, tanto que ele chegou a pensar que havia luz penetrando em algum buraco da tela, mas como os pontos se moveram junto com as manchas solares, ele descobriu que realmente saíam do Sol.

Carrington tentou chamar alguém para que testemunhasse com ele o fenômeno, mas, quando voltou - segundo ele, cerca de 60 segundos depois -, se surpreendeu ao ver que o brilho havia diminuído. O que ele havia visto era uma erupção solar, a primeira e maior já registrada. O que veio a seguir foi ainda mais surpreendente - e ganhou o nome de Evento de Carrington.

Telégrafos em chamas e show nos céus

Cerca de 18 horas depois, o planeta foi atingido por aquela que pode ter sido a maior tempestade eletromagnética já registrada. Agulhas de bússolas "enlouqueceram". Não havia rede elétrica na época - que costuma ser afetada por erupções solares -, mas os operadores de telégrafos sentiram o impacto. A comunicação cessou, alguns deles levaram choques nas máquinas e fagulhas fizeram com que o papel em alguns desses aparelhos pegasse fogo. Conversas trocadas entre os operadores dessas máquinas indicam que elas continuavam funcionando, mesmo sem bateria, somente com a força da tempestade.

No céu, as auroras boreal e austral foram um espetáculo à parte - e chegaram inclusive ao Caribe. Tudo resultado de um gigantesco choque das partículas do Sol com a magnetosfera da Terra. Em Boston, nos Estados Unidos, a imprensa local relata que moradores achavam que ocorria um grande incêndio na cidade, já que o céu estava vermelho. Foi somente quando a cor mudou para verde que os habitantes notaram do que se tratava. Os cientistas então descobriram a relação entre a erupção solar e as auroras e os estranhos eventos que ocorreram no nosso planeta.

Carrington divide a descoberta com Richard Hodgson, que, de forma independente, também avistou e registrou as erupções. Os dois publicaram o relato no mesmo jornal científico, o Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (em inglês).


Com informações da Nasa e da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês).

domingo, 26 de maio de 2013

Estudo prevê empreendimentos comerciais na Lua em 2020


Pesquisadores de várias empresas podem estar vivendo na Lua quando astronautas da agência espacial americana (Nasa) partirem para visitar um asteroide na década de 2020, aponta um novo estudo sobre futuras missões espaciais tripuladas.

A pesquisa feita pela empresa de tecnologia espacial Bigelow Aerospace foi encomendada pela Nasa e mostra "bastante empolgação e interesse de várias empresas" nesses empreendimentos, disse Robert Bigelow, fundador e presidente da companhia, que tem sede em Las Vegas.

Para fazer o estudo da Nasa, a Bigelow Aerospace analisou ​​cerca de 20 empresas, agências espaciais estrangeiras e organizações de pesquisa.
A gama de projetos vai desde pesquisas farmacêuticas na órbita da Terra até missões na superfície da Lua, informou Bigelow em teleconferência na quinta-feira (23), citando um esboço do estudo, que será lançado dentro de algumas semanas.
A Nasa também pretende continuar o programa da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), com visitas de astronautas a um asteroide em 2025, e a Marte cerca de uma década mais tarde.
O orçamento proposto pelo presidente dos EUA, Barack Obama, para o ano fiscal que começa em 1º de outubro é de US$ 105 milhões (R$ 215 milhões) para a Nasa começar a trabalhar na missão de encontrar um pequeno asteroide e reposicioná-lo ao redor da Lua, na intenção de uma futura visita de astronautas.
Mas empresas privadas, como a Bigelow Aerospace, têm mais interesse na própria Lua, disse Bigelow a repórteres durante a teleconferência. O fundador da empresa também não fez segredo sobre sua ambição de adquirir, alugar e operar habitats espaciais infláveis na órbita da Terra e na Lua.
O chefe de operações espaciais da Nasa, William Gerstenmaier, revelou na mesma conferência que "é importante saber que há algum interesse em atividades na Lua e na superfície lunar".

"Podemos tirar proveito do que o setor privado está fazendo" em áreas como transporte espacial, sistemas de suporte à vida e outras tecnologias necessárias para uma viagem além da órbita da ISS, a 400 km, acrescentou.

Nicolau Copérnico, revolucionário da astronomia, morreu há 470 anos


Em 24 de maio de 1543 morreu Nicolau Copérnico, que descreveu o sistema heliocêntrico, segundo o qual o Sol é o centro do sistema solar e a sucessão de dias e noites deve-se à rotação da Terra sobre o próprio eixo.

Até aquele ano, a teoria do geocentrismo, segundo a qual a Terra era o centro do universo, permaneceu incontestada.

Essa visão de mundo baseava-se na obra Almagesto (A Maior Composição Matemática), escrita no século 2º a.C. pelo grego Ptolomeu e que foi aceita como uma verdade por mais de um milênio.

Ptolomeu previu com precisão razoável a posição dos planetas visíveis a olho nu, mas errou ao considerar que a Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno giravam ao redor de uma Terra estacionária. Seu modelo de cosmo correspondia à teoria de Aristóteles, de que o movimento dos corpos era circular e uniforme – uma explicação plenamente compatível com os ensinamentos da Bíblia.

Os gregos foram também os primeiros a afirmar que a Terra é esférica, que ela realiza um movimento de rotação em torno do Sol e que a Lua apenas reflete a luz solar. Eles organizaram vários catálogos de estrelas e afirmaram o heliocentrismo 15 séculos antes de Copérnico. Aristarco de Samos (310-230 a.C.) desenvolveu o primeiro modelo heliocêntrico do Universo, retomado mais tarde pelo astrônomo polonês.

Trabalho incansável para comprovar sua tese

Nascido em Torum, na Polônia, em 1473, Nicolau Copérnico ingressou na Universidade de Cracóvia em 1491 para cursar Medicina, mas estudou também Filosofia, Matemática e Astronomia. Foi para a Itália em 1497 para aprender grego clássico e Direito Canônico em Bolonha. Voltou à Polônia em 1501 e ordenou-se padre, ocupando por um breve período o cargo de cônego da Catedral de Frauenburg. Retornou logo à Itália, onde frequentou as universidades de Pádua e Ferrara.

Depois de aprofundar suas observações astronômicas em Bolonha, voltou em 1506 a Frauenburg, onde construiu um pequeno observatório e começou a estudar o movimento dos corpos celestes. Em 1514, presenteou os amigos mais próximos com o primeiro esboço de seu modelo cosmológico, escrito já em 1507.

Inicialmente, suas ideias não tiveram nenhuma repercussão. Ele buscou incansavelmente, até a morte, uma prova irrefutável para a sua tese. Demorou quase quatro décadas para divulgá-la por temer a reação da Igreja Católica.

"Sol é o centro do universo"

Exatamente em 1543 foi publicado o primeiro dos seis volumes de sua obra Das Revoluções dos Corpos Celestes, que estabeleceu as bases científicas da astronomia moderna. "Todos os planetas – inclusive a Terra – giram em torno do Sol, que é o centro do universo", concluiu. Para Copérnico, a revolução diária do firmamento devia-se ao giro da Terra sobre seu próprio eixo, enquanto o movimento anual resultava do fato de a Terra e os planetas circularem ao redor do Sol.

Como Aristóteles, ele também partia do princípio de que as órbitas planetárias eram esféricas. Seus críticos, porém, não aceitavam a refutação da interpretação bíblica do universo e falta de uma explicação para a rotação terrestre. A Igreja Católica incluiu Das Revoluções dos Corpos Celestes no Índex – a lista dos livros proibidos por heresia. O temor de Copérnico diante da censura eclesiástica não tinha sido infundado: o dogmatismo da igreja era tão forte, que questionar a perfeição divina era uma temeridade.

Quem defendesse as ideias de Copérnico pecava por imprudência. A Igreja Católica e o geocentrismo dominavam o pensamento na Idade Média. As grandes descobertas, porém, começavam a mudar essa visão de mundo. A viagem de circunavegação do globo, capitaneada por Fernão de Magalhães entre 1519 e 1522, comprovara a teoria da esfericidade da Terra, já aceita por muitos matemáticos e astrônomos.

Comprovação definitiva 150 anos depois

Galileo Galilei (1564-1642) foi o primeiro a comprovar o sistema heliocêntrico de Copérnico. Mas, em 1633, sob ameaça de excomunhão e morte pela Santa Inquisição, teve de negar formalmente as suas descobertas. Quase 150 anos após a morte de Copérnico, Isaac Newton (1642-1727) desenvolveu uma base física para a gravitação dos planetas ao redor do Sol. Foi a comprovação definitiva do heliocentrismo.

Apesar de ser irrefutável, a teoria de Copérnico só seria aceita pelo Vaticano em 1835. O papa Gregório 16 admitiu o erro dos seus antecessores. Quase 300 anos após sua publicação, a obra Das Revoluções dos Corpos Celestes foi retirada da lista dos livros censurados pela Santa Sé.


A essa altura, Copérnico não só havia revolucionado a astronomia, como também a ideia que o homem da sua época fazia de si mesmo: um ser feito à imagem e semelhança de Deus e, portanto, centro do universo.

ESO divulga nova imagem para comemorar 15 anos do telescópio VLT


O Observatório Europeu do Sul (ESO) divulgou nesta quinta-feira uma nova imagem para marcar os 15 anos de operação do telescópio VLT (Very Large Telescope, ou telescópio muito grande, em tradução literal), que serão comemorados no sábado. O registro é de uma maternidade estelar chamada de IC 2944.

Em 25 de maio de 1998, o primeiro dos quatro telescópios principais que formam o VLT recebeu sua primeira luz. O VLT, afirma o ESO, é um dos principais instrumentos astronômicos. Para se ter ideia, em 2012 foram mais de 600 artigos científicos com júri de leitura baseados em dados obtidos com o VLT e o VLTI (o interferômetro do telescópio).

Segundo o observatório, o registro dessa maternidade é o melhor já obtido do solo. A nuvem de gás e poeira fica a 6,5 mil anos-luz na constelação do Centauro e é uma nebulosa de emissão - composta basicamente de hidrogênio que brilha devido à radiação das estrelas recém-nascidas. Esses objetos são de grande interesse de astrônomos que tentam entender os mecanismos por trás da formação de estrelas.


As manchas escuras na imagem são glóbulos de Bok. Esses objetos são nuvens de poeira opaca e fria que são opacos na luz visível. Estes, em especial, são glóbulos de Thackeray, que, ao contrário dos demais glóbulos de Bok, que colapsam e formam novas estrelas, sofrem intenso bombardeamento de radiação ultravioleta das jovens estrelas e acabam por ser dilapidados e fragmentados.

quarta-feira, 22 de maio de 2013


Pesquisadores da UFRN anunciam descoberta de "estrela gêmea" do Sol


Pesquisadores da UFRN anunciaram a descoberta da CoRot Sol 1, nome dado à "estrela gêmea" solar. De acordo com os cientistas, a análise do astro ajuda a prever o futuro do Sol, além de dar aos astrônomos a oportunidade de testar as atuais teorias da evolução estelar e solar.

O líder da equipe de pesquisadores, José Dias do Nascimento, explica que a CoRoT Sol 1 é cerca de 2 bilhões de anos mais velho que o Sol, e seu período de rotação é aproximadamente o mesmo da maior estrela do sistema solar. "É a única estrela com essas características que é mais velha do que o Sol", informa o astrônomo. A massa e composição química de ambas é semelhante, conforme o estudo desenvolvido na UFRN. No entanto, ao contrário das outras gêmeas solares, que são relativamente brilhantes, o brilho da CoRoT Sol 1 é 200 vezes mais fraco do que o do Sol.

O fato de a estrela gêmea estar em um estágio ligeiramente mais evoluído que o Sol será utilizado para análises sobre o futuro do Sistema Solar. "Em 2 bilhões de anos, na idade que o Sol terá a idade atual da gêmea solar CoRoT Sol 1, a radiação emitida pelo Sol deve aumentar e tornar a superfície da Terra tão quente que a água líquida não poderá mais existir lá em seu estado natural", comenta Nascimento. As informações analisadas pela equipe foram captadas por uma satélite CoRoT, lançado em 2006 e operado do Havaí, nos Estados Unidos.

O astrônomo pondera que determinar a idade de uma estrela é, provavelmente, um dos aspectos mais difíceis da analise, porém espectros de alta qualidade podem ajudar a determinar as idades estelares. O grande espelho de 8,2 metros e a precisão do telescópio Subaru foram essenciais para tornar possível a realização do estudo dos espectros da estrela gêmea.

Satélite captou 530 mil estrelas

A equipe planeja usar o Subaru para continuar a investigação sobre novas estrelas similares ao Sol. "Nos últimos 30 anos, apenas cinco estrelas foram descobertas", informa José Dias do Nascimento. De acordo com o astrônomo, o satélite forneceu a observação de 230 mil estrelas. Usando um método criado na própria UFRN, foram escolhidas as candidatas a gêmea.

"Sobraram 500 estrelas e, dessas, pedimos para observar 30. Analisamos quatro e duas se apresentaram muito parecidas com o Sol, com a diferença que em uma delas o espectro não ficou bom e na outra fico excelente, muito parecido com o Sol. Isso tornou a descoberta ainda mais preciosa", detalha Nascimento, que continuará a investigação. "Agora vamos atacar outras estrelas. Queremos achar a estrela gêmea dois, três e daí por diante".

Pesquisa e descoberta

O anúncio da estrela gêmea solar foi feito na última sexta-feira (17). A descoberta faz parte do artigo intitulado “"The Future of the Sun: An Evolved Solar Twin Revealed by CoRoT", que está aceito para publicação e sairá em breve na revista "Astrophysical Journal Letters" (ApJL).

A equipe de cientistas responsável pela descoberta é composta por José Dias do Nascimento, da UFRN, que lidera o grupo; Jefferson Soares Costa e Matthieu Castro, também da UFRN; Yochi Takeda, do Observatório Astronômico Nacional do Japão (NAOJ); Gustavo Porto de Mello, do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Jorge Melendéz, da Universidade de São Paulo (USP).

Robô Curiosity perfura seu segundo poço em Marte


O robô americano Curiosity perfurou seu segundo poço em uma rocha marciana para recolher uma amostra que será analisada posteriormente por instrumentos a bordo, informou a Nasa.

Curiosity fez, em 19 de maio, um buraco de 1,6 cm de diâmetro e 6,6 cm de profundidade em uma rocha batizada de Cumberland, com a ajuda da broca que possui na extremidade de seu braço, explicou o Laboratório de Propulsão a jato (JPL) da Nasa.

Os materiais de dentro da rocha serão transferidos para o laboratório do robô nos próximos dias, acrescentou a instituição.

Em fevereiro, o robô conseguiu recolher a primeira amostra do interior de uma rocha sedimentária fora da Terra. A partir da sua análise, a Nasa determinou que Marte já foi um ambiente adequado para a existência de micro-organismos, incluindo água com um PH não tão ácido.

A rocha Cumberland se parece com a primeira rocha em que o Curiosity perfurou um poço em fevereiro, batizada de John Klein, em memória de um ex-chefe da missão. Cumberland está a 2,75 metros do oeste de John Klein, afirmou o Laboratório, que comanda a missão.

O robô, que tem seis rodas, pesa 900 quilos e tem 10 instrumentos científicos a bordo, é o mais sofisticado enviado até agora ao planeta vermelho.

Curiosity foi enviado em agosto do ano passado para a cratera Gale para ficar por pelo menos dois anos, a fim de determinar se o planeta pode ter abrigado vida no passado. Desde a sua chegada, o robô só explorou 700 metros do solo marciano.

Em breve, o equipamento partirá para o monte Sharp, que tem 5.500 metros de altura e fica no centro da cratera. O monte está a oito quilômetros de onde o robô está agora. Com uma velocidade máxima de 0,15 km/h, Curiosity deve levar vários meses para chegar ao seu destino final.

Tempestade solar extrema pode causar apagões generalizados na Terra


Se uma tempestade solar extrema a caminho da Terra atingi-la de determinada maneira, é possível que coloque em risco redes elétricas interconectadas ao redor do mundo.

Além de criar auroras - austrais e boreais -, esses fenômenos podem provocar a interrupção ou mau funcionamento de uma ampla gama de serviços que utilizam a fundamental energia elétrica, de acordo com especialistas ouvidos na edição deste ano da Electrical Infrastructure Security Summit (Cúpula sobre Segurança na Infraestrutura Elétrica, em tradução livre). As informações são do portal Space.com.

'O que (uma tempestade solar) pode fazer - ainda que não cause uma queda de energia em escala continental - é causar um apagão regional', afirmou o pesquisador Daniel Baker. 'Imagine algo como, por exemplo, a supertempestade Sandy. Imagine aquele tipo de tempestade severa - porém causando apagões regionais por semanas. Viver sem energia elétrica realmente afeta toda a nossa sociedade de forma notável.'

Quando o Sol atingir o ápice de seu ciclo de 11 anos em 2013, os cientistas esperam que áreas ativas da estrela - conhecidas como manchas solares - entrem em erupção, arremessando fluxos de partículas carregadas no Sistema Solar. Tempestades relativamente menores também podem criar blecautes temporários em rádios e perturbar a navegação GPS.

Isso não significa, porém, que todas as erupções solares vão impactar a Terra. A maior parte das chamadas ejeções de massa coronal não são voltadas ao nosso planeta; em vez disso, são disparadas sem causar danos a outras partes do Sistema Solar. Ainda assim, aproximadamente uma vez por século, de acordo com Baker, uma tempestade solar extrema causa impacto terrestre.

domingo, 19 de maio de 2013


'Cometa pode matar toda a vida': há 103 anos, Halley apavorou a Terra


O cometa Halley é um velho conhecido da humanidade - há milênios vemos ele passar periodicamente pelos céus do nosso planeta. Em 1910, mais uma passagem estava prevista e os jornais anunciavam que a pedra de gelo e gás poderia resultar em um espetáculo nos céus do planeta.

Mas, então, cientistas calcularam que poderíamos passar pela cauda do cometa. E o pânico começou quando descobriram que a cauda do Halley tinha um gás mortífero: o cianogênio. E a passagem da Terra pelo gás venenoso ocorreria no dia 18 de maio daquele ano.

'Cometa pode matar toda a vida na Terra, diz cientista'. Foi assim que o jornal San Francisco Call anunciou a opinião do astrônomo francês Camille Flammarion, em fevereiro de 1910. Nem mesmo o grande The New York Times escapou. O jornal escreveu em uma de suas edições que o professor 'é da opinião de que o gás cianogênio poderia impregnar a atmosfera e possivelmente extinguir toda a vida do planeta'.

A publicação nova-iorquina, contudo, alertava que outros cientistas discordavam do francês, já que os gases de um cometa são muito rarefeitos e que o cianogênio poderia, ao entrar em contato com o nitrogênio e dióxido de carbono da atmosfera terrestre, se desfazer. Além disso, o jornal dizia que o planeta já havia passado pela cauda de um cometa anteriormente e nada de anormal foi notado, exceto uma abundante chuva de meteoros.

Além disso, como todo bom apocalipse, aquele também teve gente que lucrou com o medo dos outros. Apareceram nas ruas 'pílulas anticometa', máscaras de gás e até guarda-chuvas de proteção contra cometa. Crianças em Chicago pediam para ficar em casa com medo do gás. Fazendeiros do Wisconsin tiraram o para-raios de seus celeiros com medo de atrair a pedra. Organizações distribuíam panfletos que orientavam as pessoas a fecharem suas janelas para que o cianogênio não entrasse.

Em um caso curioso, relatado pelo Los Angeles Herald, um homem do Estado americano do Arizona entrou em pânico porque a cauda do cometa estaria 'sufocando' ele. O homem teve que ser trancado na prisão da cidade de Carter. Segundo o jornal, o americano dizia que a cauda perseguia ele.

Apesar disso, cientistas tentaram acalmar a população ao garantir que não havia nenhum risco e a passagem seria, no máximo, um belo espetáculo. Para os não apocalípticos, o Halley foi sim um grande espetáculo. A venda de telescópios disparou. Hotéis lançaram pacotes especiais nas grandes cidades para quem quisesse ver de suas coberturas. O presidente americano William Howard Taft foi ao observatório da Marinha para dar uma espiada, e saiu de lá impressionado com o que viu.

O Halley passou e ninguém morreu por causa dele. E o espetáculo foi atrapalhado pela Lua, mas, por outro lado, o New York Times relata que no dia 18 de maio, entre 22h30 e 23h30, no horário local, até uma chuva de meteoros foi vista, quando diversos 'flashes' cortaram o céu.

A pedra de gelo e gás
O cometa Halley é visto há eras pela humanidade. Em 1066, ele passou cinco meses antes de Harold II, o último rei anglo-saxão da Grã-Bretanha, perder o controle do país para os normandos. Em 1301, Giotto viu o cometa e se inspirou nele para pintar a estrela de Belém da Cappella degli Scrovegni, na Itália. Ao longo da história, chineses, babilônios, japoneses e islâmicos também relataram vistas do Halley.

Foi um matemático de Oxford que calculou que ele passaria em ciclos fixos pela Terra e, por isso, deu nome ao cometa: Edmond Halley (1646-1742).

Com informações dos sites dos jornais The Independent e The Guardian.

Asteroide de 2,7 km passa perto da Terra neste mês

Um asteroide com 2,7 quilômetros de comprimento vai passar próximo à Terra no dia 31 de maio, anunciaram nesta sexta-feira investigadores ao site Space.com. O corpo celeste, denominado 1998 QE2, não representa uma ameaça para o planeta e deve passar a uma distância de 5,8 milhões de quilômetros da Terra.

A aproximação do asteroide à Terra será examinada por dois grandes telescópios - o observatório Goldstone, na Califórnia, e o radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico. O asteroide 1998 QE2 foi descoberto em agosto de 1998 por astrônomos do projeto Lincoln Near-Earth Asteroid Research (Linear), do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

O nome do asteroide vem da organização Centro de Planetas Menores, em Cambridge, que o nomeia de acordo com um sistema alfanumérico que demonstra a data em que o corpo celeste foi descoberto.

sábado, 18 de maio de 2013


Novo método de caça planetária faz primeira descoberta


A detecção de mundos alienígenas constitui um desafio considerável porque são pequenos, tênues e estão perto das suas estrelas. As duas técnicas mais prolíficas para encontrar exoplanetas são o método de velocidade radial (observando a oscilação de estrelas) e o método de trânsito (diminuição do brilho de uma estrela devido à passagem de um planeta em frente).

Uma equipe da Universidade de Telavive e do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica (CfA) descobriu um exoplaneta usando um novo método que se baseia na teoria especial da relatividade de Einstein.

"Estamos à procura de efeitos muito sutis. Precisávamos de medições de alta qualidade de brilhos estelares, com precisões de apenas algumas partes por milhão," afirma David Latham, membro da equipa do CfA.

"Isto foi possível graças aos requintados dados que a NASA recolhe com a sonda Kepler," afirma Simchon Faigler, autor principal da Universidade de Telavive em Israel.

Embora o Kepler tenha sido concebido para encontrar planetas em trânsito, este planeta não foi identificado usando o método de trânsito. Em vez disso, foi descoberto usando uma técnica proposta pela primeira vez por Avi Loeb do CfA e seu colega Scott Gaudi (agora na Universidade Estatal de Ohio, EUA) em 2003 (coincidentemente, desenvolveram a sua teoria enquanto visitavam o Instituto de Estudos Avançados de Princeton, onde Einstein trabalhou).

O novo método procura três pequenos efeitos que ocorrem simultaneamente à medida que um planeta orbita a estrela. O efeito de "beaming" de Einstein faz com que a estrela aumente de brilho quando se move na nossa direção, puxada pelo planeta, e diminua quando se afasta. O aumento de brilho deriva da acumulação de fótons em energia, bem como da concentração de luz na direção do movimento da estrela devido a efeitos relativísticos.

"Esta é a primeira vez que este aspecto da teoria da relatividade de Einstein foi usado para descobrir um planeta," afirma o co-autor Tsevi Mazeh da Universidade de Telavive.

A equipe também procurou sinais de que a estrela foi "esticada" pelas marés gravitacionais do planeta em órbita. A estrela parece mais brilhante quando a observamos de lado, devido à mais visível área de superfície, e mais tênue quando vista de cima/baixo. O terceiro pequeno efeito foi devido à luz estelar refletida pelo próprio planeta.

Assim que o novo planeta foi identificado, foi confirmado por Latham usando observações de velocidade radial recolhidas pelo espectrógrafo TRES no Observatório Whipple no estado americano do Arizona, e por Lev Tal-Or (Universidade de Telavive) usando o espectrógrafo SOPHIE do Observatório Alta-Provença, na França. Um olhar mais atento aos dados do Kepler também mostrou que o planeta transita a sua estrela, proporcionando confirmação adicional.

"O planeta de Einstein," formalmente conhecido como Kepler-76b, é um "Júpiter quente" que orbita a sua estrela a cada 1,5 dias. O seu diâmetro é aproximadamente 25% maior que o de Júpiter e tem o dobro da massa. Orbita uma estrela do tipo-F localizada a 2000 anos-luz da Terra na direção da constelação de Cisne.

O planeta sofre de acoplamento de maré, mostrando sempre a mesma face à estrela, tal como a Lua à Terra. Como resultado, Kepler-76b ferve a uma temperatura de aproximadamente 1982º C.

Curiosamente, a equipe encontrou fortes indícios de que o planeta tem ventos extremamente rápidos que transportam o calor em seu redor. Como resultado, o ponto mais quente de Kepler-76b não é o ponto subestelar ("meio-dia"), mas numa localização a 16.000 km de distância. Este efeito apenas foi observado anteriormente uma vez, em HD 189733b, e apenas no infravermelho com o Telescópio Espacial Spitzer. Esta é a primeira vez que as observações ópticas mostraram evidências de correntes de vento em ação.

Embora o novo método não consiga encontrar mundos tipo-Terra usando a tecnologia atual, oferece aos astrônomos uma oportunidade única de descoberta. Ao contrário das pesquisas com o método de velocidade radial, não requer espectros de alta precisão. E ao contrário dos trânsitos, não requer um alinhamento preciso do planeta e da estrela, a partir do ponto de vista da Terra.

"Cada técnica de caça planetária tem os seus pontos fortes e fracos. E cada técnica nova que acrescentamos ao arsenal permite-nos estudar planetas em novos regimes," afirma Avi Loeb do CfA.

Kepler-76b foi identificado pelo algoritmo BEER (cuja sigla significa "relativistic BEaming, Ellipsoidal, and Reflection/emission modulations"). O BEER foi desenvolvido pelo Professor Tsevi Mazeh e pelo estudante Simchon Faigler, da Universida de Telavive em Israel.

O artigo que apresenta esta descoberta foi aceite para publicação na revista The Astrophysical Journal e está disponível online.

É estranho sentir o peso da língua, diz astronauta após retorno à Terra


Após retornar à Terra, o astronauta canadense Chris Hadfield, que faz sucesso nas redes sociais, compartilhou algumas imagens e a sensação de sentir novamente a força gravitacional do planeta após cinco meses no espaço. "É estranho falar e sentir o peso de meus lábios e língua! Tonto também - iria falhar em qualquer teste de sobriedade", escreveu em seu perfil no Twitter.

"Voos espaciais são um bom modelo de aceleração do envelhecimento. Hoje, Chris se sente como um velho! Às vezes, ele embaralha os pés quando caminha, sente dor nas costas, tem dificuldade em caminhar por esquinas e às vezes bate nos cantos das paredes" diz em nota divulgada na quarta-feira Raffi Kuyumjian, médico chefe da Agência Espacial Canadense (CSA, na sigla em inglês) e cirurgião do voo de Hadfield.

Segundo o médico, Hadfield pode não sentir, mas os ossos do quadril e das costas não estão tão densos como antes do voo, já que normalmente os astronautas perdem até 1,5% da densidade óssea em microgravidade.

"Isso é similar, mas não tão severo quanto a osteoporose que afeta os idosos, já que Chris provavelmente irá recuperar a maior parte da densidade óssea perdida em cerca de um ano", diz o especialista, que explica que cientistas usam os astronautas para estudar esses efeitos e fazem experimentos para descobrir como tratar melhor esses problemas que afetam nossa população.

O astronauta, que promete divulgar mais imagens que não conseguiu mostrar durante a estadia na estação espacial, também postou fotos de exames que fez após o retorno. "Como o corpo controla a pressão sanguínea? Um espantalho em uma mesa inclinada para medir como", brinca o canadense.

quinta-feira, 16 de maio de 2013


Falha técnica para telescópio de buscas de exoplanetas Kepler


O telescópio espacial Kepler, utilizado pela Nasa para a busca de exoplanetas, está paralisado por um problema técnico devido a uma roda defeituosa, que poderia por um fim antecipado à sua missão de quatro anos, disseram nesta quarta-feira cientistas da agência espacial americana.

A missão de US$ 600 milhões foi lançada em 2009 para a busca de planetas fora do Sistema Solar. Até o momento, Kepler encontrou 2,7 mil candidatos, inclusive um punhado de planetas que poderiam ser habitáveis porque não são nem frios, nem quentes demais.

O problema foi detectado quando uma roda de reação que permite ao telescópio apontar para uma direção deixou de funcionar, disse John Grunsfeld, encarregado da divisão de ciência da agência espacial americana, durante entrevista coletiva por telefone.

"Não estamos prontos para dar a missão por finalizada", disse Grunsfeld, acrescentando que os cientistas ainda estão tentando decifrar como fazer a roda funcionar novamente.

O problema foi detectado nesta terça-feira, quando o telescópio entrou em um modo de segurança pré-programado que acontece "se o observatório tem problemas para saber para onde deveria apontar", disse Grunsfeld.

Os cientistas previam que um problema assim poderia acontecer, já que as rodas têm uma vida útil limitada e uma delas tinha se quebrado em julho passado.

A Nasa não voltou a ativar esta roda desde então e a nave precisa de um mínimo de três rodas para funcionar da forma que deveria.

Charles Sobeck, gerente de projetos do centro de pesquisas Ames da Nasa, na Califórnia, disse haver indícios de uma "falha interna na roda" e que os especialistas levarão algumas semanas para decidir quais são os próximos passos a dar.

Enquanto a Nasa decide o que fazer, se reduzirá o consumo de combustível da nave espacial, estacionando-a no espaço a 64 milhões de quilômetros da Terra.​

quarta-feira, 15 de maio de 2013


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Telescópio registra brilho de novas estrelas na constelação de Órion


Imagem divulgada nesta quarta-feira pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) mostra as nuvens cósmicas na constelação de Órion, no que parece ser uma fita flamejante no céu.

O bilho laranja representa a radiação emitida pelos grãos de poeira, em comprimentos de onda longos demais para poderem ser vistos com o olho humano. A imagem foi obtida pelo telescópio Atacama Pathfinder Experiment (Apex), instalado no Chile.

As nuvens de gás e poeira interestelar são a matéria prima a partir da qual as estrelas se formam. A imagem mostra apenas uma parte do complexo maior conhecido como Nuvem Molecular de Órion, na constelação de Órion. Esta região, que apresenta uma mistura de nebulosas brilhantes, estrelas quentes jovens e nuvens de poeira fria, tem uma dimensão de centenas de anos-luz e situa-se a cerca de 1.350 anos-luz de distância da Terra.

A enorme nuvem brilhante que se vê na imagem, em cima e à direita, é conhecida Nebulosa de Órion, também chamada Messier 42. Pode ser vista a olho nu, aparecendo como a ligeiramente tremida "estrela" do meio na espada de Órion. A Nebulosa de Órion é a região mais brilhante de uma enorme maternidade estelar onde novas estrelas estão se formando, sendo também o local mais perto da Terra onde se formam estrelas de grande massa.

Os astrônomos utilizaram estes e outros dados do Apex, assim como imagens do Observatório Espacial Herschel, para procurar protoestrelas na região de Órion - uma fase inicial da formação estelar. Até agora foi possível identificar 15 objetos que são muito mais brilhantes nos comprimentos de onda longos do que nos curtos. Estes raros objetos recém descobertos estão provavelmente entre as protoestrelas mais jovens encontradas até agora, o que ajuda os astrônomos a aproximarem-se mais do momento em que uma estrela começa a se formar.

Sol tem três grandes erupções em 24 horas


O Sol teve na segunda-feira sua mais forte erupção em 2013 e a terceira de grandes dimensões em 24 horas, segundo astrônomos. A explosões ocorreram no lado do Sol que não está de frente para a Terra, o que protege o planeta, já que as partículas liberadas pelo Sol não devem atingir a nosso planeta.

Quando direcionadas à Terra, as partículas liberadas pelo Sol nesses eventos podem afetar sistemas de comunicação, redes de transmissão de energia e gerar intensas auroras no céu.

As erupções colocaram em alerta cientistas responsáveis por duas estruturas artificiais que orbitam a terra, entre elas o telescópio espacial Spitzer, que poderiam ser afetadas.

Carrington

As explosões solares podem ainda enviar bilhões de toneladas de partículas para o espaço. Neste casos, quando erupções muito fortes atingem a Terra, a matéria carregada pode até explodir transformadores.

Em entre os dias 1º e 2 de setembro 1859 ocorreu o chamado Evento de Carrington, que gerou curto-circuitos em fios de telégrafo - dando início a incêndios na América do Norte e Europa.

O fenômeno também fez surgirem auroras boreais em locais incomuns para este fenômeno, como Cuba e Havaí.

A partir de agora os cientistas esperam um aumento em fenômenos como este pois o ciclo normal de atividades do Sol, de 11 anos, está se aproximando de seu auge.

Acredita-se que nos próximos dias o local onde ocorreram as três recentes explosões passe a ficar de frente para a Terra, o que coloca o planeta em risco de ser afetado caso mais destes eventos ocorram.