Buzz Aldrin defende pioneirismo dos EUA em Marte
O astronauta americano Buzz Aldrin, que foi o segundo homem
a caminhar na Lua, disse na quarta-feira que os Estados Unidos precisam liderar
a trajetória rumo à construção de uma colônia humana permanente em Marte.
Falando em uma conferência de especialistas em espaço em
Washington, Aldrin, de 83 anos, disse que os Estados Unidos deveriam aplicar o
que aprenderam décadas atrás ao chegar à Lua na construção de uma colônia no
planeta vermelho.
"Os Estados Unidos precisam começar o estabelecimento e
a colonização de Marte", disse Aldrin na conferência Humanos em Marte na
Universidade George Washington. "Isto está ao nosso alcance",
acrescentou.
Seu apelo por uma liderança americana na corrida espacial
rumo a Marte se alinha com os planos estabelecidos pela Nasa e pelo governo de
Barack Obama de enviar as primeiras pessoas a Marte em 2030. Mas contrariando o
diretor da Nasa, Charles Bolden, que admitiu na segunda-feira, no começo da
conferência de três dias, que ainda há lacunas tecnológicas, Aldrin disse que a
maior parte da pesquisa já foi feita.
"Realmente há muito pouca pesquisa nova que precisa ser
feita", disse Aldrin, enquanto pediu investimentos e vontade política para
sustentar a visão de uma sociedade permanente biplanetária. "Os Estados
Unidos precisam continuar a liderar o transporte espacial humano e eu penso que
podemos capitalizar o dinamismo do mercado comercial para desenvolver um
sistema de pouso que possa realmente se tornar a base de uma auto-estrada
americana para o espaço", acrescentou.
Aldrin, que escreveu um novo livro intitulado "Mission
to Mars: My Vision for Space Exploration" (Missão para Marte: Minha visão
da Exploração Espacial, numa tradução livre) disse que o título deveria ser
"Missions to Mars" (Missões para Marte) uma vez que as viagens serão
muitas e a presença humana naquele planeta, contínua.
"Estamos falando de missões múltiplas para
eventualmente nos fixarmos e colonizarmos Marte", disse Aldrin, que também
falou de seu plano de enviar uma nave em órbitas circulares que execute
trajetórias perpétuas entre a Terra e Marte. "Devemos focar nossa atenção
em estabelecer uma presença humana permanente em Marte na década
2030-2040", acrescentou. "Os Estados Unidos serão o guia para o
desenvolvimento da humanidade", emendou.
Aldrin descreveu como poderia haver diferentes hábitats
modulares em Marte, talvez construídos pelas várias agências espaciais, como de
China, Europa, Índia, Japão e Rússia, com os Estados Unidos no papel de líder.
Ele disse que um primeiro passo deveria ser enviar três pessoas à lua marciana
de Phobos "e usar aquele ano e meio para supervisionar a montagem robótica
da base internacional de Marte".
Aldrin ironizou aqueles que sugerem que as pessoas que
viajarem a Marte poderão retornar à Terra. "Não há outra escolha do que se
comprometer com a permanência em Marte", disse.
Aldrin foi o piloto do módulo lunar da missão Apollo 11. Em
20 de julho de 1969, ele e Neil Armstrong se tornaram os primeiros humanos a
pisar na Lua.
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