Estudo prevê empreendimentos comerciais na Lua em 2020
Pesquisadores de várias empresas podem estar vivendo na Lua
quando astronautas da agência espacial americana (Nasa) partirem para visitar
um asteroide na década de 2020, aponta um novo estudo sobre futuras missões
espaciais tripuladas.
A pesquisa feita pela empresa de tecnologia espacial Bigelow
Aerospace foi encomendada pela Nasa e mostra "bastante empolgação e
interesse de várias empresas" nesses empreendimentos, disse Robert
Bigelow, fundador e presidente da companhia, que tem sede em Las Vegas.
Para fazer o estudo da Nasa, a Bigelow Aerospace analisou
cerca de 20 empresas, agências espaciais estrangeiras e organizações de
pesquisa.
A gama de projetos vai desde pesquisas farmacêuticas na
órbita da Terra até missões na superfície da Lua, informou Bigelow em
teleconferência na quinta-feira (23), citando um esboço do estudo, que será
lançado dentro de algumas semanas.
A Nasa também pretende continuar o programa da Estação
Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), com visitas de astronautas a
um asteroide em 2025, e a Marte cerca de uma década mais tarde.
O orçamento proposto pelo presidente dos EUA, Barack Obama,
para o ano fiscal que começa em 1º de outubro é de US$ 105 milhões (R$ 215
milhões) para a Nasa começar a trabalhar na missão de encontrar um pequeno
asteroide e reposicioná-lo ao redor da Lua, na intenção de uma futura visita de
astronautas.
Mas empresas privadas, como a Bigelow Aerospace, têm mais
interesse na própria Lua, disse Bigelow a repórteres durante a teleconferência.
O fundador da empresa também não fez segredo sobre sua ambição de adquirir,
alugar e operar habitats espaciais infláveis na órbita da Terra e na Lua.
O chefe de operações espaciais da Nasa, William
Gerstenmaier, revelou na mesma conferência que "é importante saber que há
algum interesse em atividades na Lua e na superfície lunar".
"Podemos tirar proveito do que o setor privado está
fazendo" em áreas como transporte espacial, sistemas de suporte à vida e
outras tecnologias necessárias para uma viagem além da órbita da ISS, a 400 km,
acrescentou.
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