Há 167 anos, era descoberto o 1º planeta previsto matematicamente
Uma das características da astronomia é que ela consegue
prever com precisão o movimento dos principais corpos estudados. Com muitos
anos de antecedência, sabemos o dia exato de um eclipse, por exemplo.
Contudo, quando o planeta Urano não se movia conforme o
previsto, os cientistas dessa área sabiam que havia algo errado.
Coube a um matemático, o francês Urbain Joseph Le Verrier,
propor a massa e posição de outro corpo que estaria influindo no movimento de
Urano. Esse objeto depois ganhou o nome de Netuno, o primeiro planeta cuja
existência foi prevista matematicamente, e não por observação.
A princípio, Le Verrier foi ignorado pelos astrônomos
franceses. Ele então mandou seus cálculos para Johann Gottfried Galle, do
observatório de Berlim. Este encontrou Netuno logo na primeira noite de busca,
em 1846. Dezessete dias depois, ele achou Tritão, sua maior lua.
Independentemente do colega, John Couch Adams também previu
a existência de Netuno - mas ao contrário de Le Verrier -, nunca publicou seu
trabalho. Galle quis nomear o planeta em homenagem ao matemático francês, mas a
ideia não foi aceita pela comunidade astronômica, que decidiu seguir a tradição
e dar o nome do deus romano dos mares.
Desde o "rebaixamento" de Plutão a planeta-anão, Netuno
é considerado o último planeta do Sistema Solar. A 4,5 bilhões de quilômetros
do Sol, um ano netuniano (o tempo que ele leva para orbitar nossa estrela) leva
165 anos terrestres. Além disso, fica tão distante da Terra que não conseguimos
vê-lo a olho nu.
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