Voyager 1 cruza limite do Sistema Solar e chega ao espaço interestelar
A sonda espacial Voyager 1 se tornou o primeiro objeto feito
por humanos a cruzar o limite do Sistema Solar e chegar ao meio interestelar.
Há 36 anos vagando pelo espaço, a Voyager 1 está hoje a 19 bilhões de
quilômetros do Sol.
A conclusão foi apresentada por cientistas a partir da
análise de informações enviadas pela sonda reunidas na edição desta
quinta-feira da revista Science.
Cientistas já haviam cogitado em março que a sonda tinha
deixado nosso Sistema Solar e atingido o abismo cósmico além dos confins do
universo até então explorado pelo homem. Apenas agora, porém, informações
obtidas pela Nasa - a agência espacial americana - comprovam que a Voyager 1
tem viajado há cerca de um ano através de plasma (gás ionizado), presente no
espaço entre as estrelas.
A sonda espacial americana Voyager 1 é o primeiro veículo a
iniciar a jornada pelo espaço profundo. Lançada da Terra em 1º de setembro de
1977, a missão vinha percorrendo as bordas da heliosfera mais rapidamente do
que qualquer outro objeto fabricado pelo homem até hoje.
As duas sondas Voyager foram lançadas em 1977, com um mês de
intervalo, e seguem em bom estado e funcionando. A Voyager 1 já percorreu 19
bilhões de quilômetros desde e a Terra, e a Voyager 2 está atualmente a 15
bilhões de quilômetros do Sol. O programa de exploração tinha por objetivo
estudar planetas do sistema solar. As duas sondas passaram por Júpiter,
Saturno, Urano e Netuno, incluindo 48 luas. A potência de suas baterias
nucleares deve manter a missão ainda por alguns anos. Apenas por volta de 2030
não haverá mais energia na sonda.
Os dados obtidos pelos nove instrumentos a bordo de cada uma
das sondas fizeram desta missão a mais bem sucedida da história da exploração do
sistema solar. As Voyagers revelaram numerosos detalhes dos anéis de Saturno e
permitiram descobrir os anéis de Júpiter. Também transmitiram as primeiras
imagens precisas dos anéis de Urano e de Netuno, descobriram 33 novas luas e
revelaram atividade vulcânica em Io, além da estranha estrutura de duas luas de
Júpiter.
O feito é tão importante que até mesmo o presidente dos
Estados Unidos deu os parabéns à Nasa.
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